domingo, 20 de junho de 2010

XII Domingo do Tempo Comum

Presidiu a esta Celebração o P. Nuno Gonçalves, sj. Provincial dos Jesuítas,
a quem saudamos com alegria e agradecemos a presença na nossa Comunidade Paroquial.



Acabámos de ouvir no Evangelho a pergunta que Jesus faz aos seus discípulos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Esta pergunta é pessoal, feita a cada um de nós… uma pergunta que não pode deixar de nos pedir uma resposta consciente e também pessoal.
Quem toma a palavra é S. Pedro, aquele que tem a coragem de se afirmar em nome do grupo dos discípulos. «És o Messias de Deus»! Ele acreditava nas promessas que Deus tinha feito ao seu povo através da Aliança de esperança e de libertação que fizera com Ele.
S. Pedro dizia a verdade (mas uma verdade que poderia levar a triunfalismos perigosos). Por isso Jesus lhes proibiu que o revelassem. Havia o perigo de das pessoas se deixarem levar por um messianismo temporal… E o Seu messianismo era diferente. No seu pensamento não está um trono, mas a entrega da vida por amor.
A esta proibição segue-se o anúncio da paixão. Antes da Ressurreição e da Glória, havia um caminho de sofrimento. Ele não quer enganos nem ilusões, o Seu caminho é o CAMINHO DO MISTÉRIO PASCAL: Entrega - Paixão, Morte - Ressurreição.
Quem O quer seguir tem de estar preparado para aceitar este estilo de vida de Jesus! Perder a vida, dar a vida, para finalmente a salvar. Este é o caminho do cristão, renunciar a si mesmo, tomar a cruz todos os dias e fazê-lo sem desfalecer, porque Ele está connosco.
Hoje, S. Paulo diz-nos na carta aos Gálatas: «Pelo Baptismo fostes revestidos de Cristo».
É uma expressão e uma imagem (plástica) que quase podemos ver… No entanto, não se trata só de um revestimento exterior mas também interior. Somos assim identificados com Jesus e o grande momento de identificação, recebemo-lo no dia do nosso Baptismo.
Por vezes a vida parece-nos difícil e dolorosa… é exactamente nesses momentos que Jesus não nos deixa sós. E quando nos parece mais ausente é que a Sua presença está mais garantida.
“E tu, quem dizes que Eu sou"? Há cerca de um mês, Santo Padre insistiu connosco para que sejamos Evangelizadores e Missionários. Nada temos para impor aos outros, mas sim para propor, e estas palavras devem fazer parte da nossa vida e da nossa acção.
Precisamos de celebrar e viver a nossa fé e para isso necessitamos de momentos que a alimentem, momentos de formação para que sejamos idênticos a Cristo e sigamos o Seu estilo de vida.
Precisamos de pedir a Sua coragem para podermos ser testemunhas na Comunidade.
Que esta Comunidade seja Evangelizadora e Missionária, que sejamos capazes de irradiar o rosto de Cristo à nossa volta, nesta cidade, na família, no ambiente de trabalho… É esse o primeiro campo da nossa missão…
Estejamos sempre atentos às transformações do mundo de hoje, para que, conhecendo-as, estejamos presentes nelas, não ficando a assistir, mas sendo intervenientes… para que os valores do Evangelho continuem a fazer parte da nossa história e da história da nossa cidade.

(Notas tiradas da homilia do P. Nuno Gonçalves, s.j.
por Alice Matos)

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