A cerimónia de canonização do Beato Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, terá lugar no próximo dia 26 de Abril. O anúncio foi feito pela Santa Sé, no final do Consistório deste Sábado, presidido pelo Papa.
O Consistório Público Ordinário representou o passo final do processo para a canonização do Santo Condestável. Juntamente com o novo santo português serão canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli. Outras cinco canonizações terã lugar a 11 de Outubro.
O homem que conduziu este processo no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, referiu à Agência ECCLESIA que "depois de tanto tempo e tantos anos chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa”, frisando que “a canonização vai ser um dia histórico”.
O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela “um sentimento de gratidão a Deus pelo privilégio que me deu por poder concluir praticamente o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira”.
“É um dom de Deus à Igreja portuguesa, que todos os portugueses devemos agradecer”, assegura.
Quanto ao local, o Cardeal Saraiva Martins lembra que “o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma” e as beatificações nas igrejas locais. “Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma”, sublinha.
O Cardeal português diz que “todos os santos são modelos para serem imitados” e no caso do Beato Nuno: destaca “a caridade para com os pobres”.
Hoje, com os pobres a aumentar, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é “extremamente actual”.
“É um modelo muito interessante”, assinala D. José Saraiva Martins, que lembra ainda a devoção do Santo Condestável a Nossa Senhora.
O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro.
O processo de canonização foi reaberto no dia 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa.
A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.
A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa.
A história deste processo já poderia ter conhecido o seu epílogo quando, em 1947, o papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa.
Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratificado e aprovado pelo Papa Bento XV em 23 do mesmo mês e ano. Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a já referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse.
O Consistório Público Ordinário representou o passo final do processo para a canonização do Santo Condestável. Juntamente com o novo santo português serão canonizados Arcangelo Tadini, Bernardo Tolomei, Gertrude (Caterina) Comensoli e Caterina Volpicelli. Outras cinco canonizações terã lugar a 11 de Outubro.
O homem que conduziu este processo no Vaticano, Cardeal José Saraiva Martins, referiu à Agência ECCLESIA que "depois de tanto tempo e tantos anos chegou ao seu termo a causa de canonização desta grande figura da hagiografia portuguesa”, frisando que “a canonização vai ser um dia histórico”.
O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos revela “um sentimento de gratidão a Deus pelo privilégio que me deu por poder concluir praticamente o processo de canonização do Beato Nuno Alvares Pereira”.
“É um dom de Deus à Igreja portuguesa, que todos os portugueses devemos agradecer”, assegura.
Quanto ao local, o Cardeal Saraiva Martins lembra que “o princípio é que as canonizações sejam feitas em Roma” e as beatificações nas igrejas locais. “Se não houve nenhum pedido por parte de Portugal, é natural que seja em Roma”, sublinha.
O Cardeal português diz que “todos os santos são modelos para serem imitados” e no caso do Beato Nuno: destaca “a caridade para com os pobres”.
Hoje, com os pobres a aumentar, a mensagem do Nuno Álvares Pereira é “extremamente actual”.
“É um modelo muito interessante”, assinala D. José Saraiva Martins, que lembra ainda a devoção do Santo Condestável a Nossa Senhora.
O Beato Nuno de Santa Maria (1360-1431) foi beatificado em 1918 por Bento XV e nos últimos anos, a Ordem do Carmo (onde ingressou em 1422), em conjunto com o Patriarcado de Lisboa, decidiram retomar a defesa da causa da canonização. A sua memória litúrgica celebra-se, actualmente, no dia 6 de Novembro.
O processo de canonização foi reaberto no dia 13 de Julho de 2003, nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa.
A cura milagrosa reconhecida pelo Vaticano foi relatada por Guilhermina de Jesus, uma sexagenária natural de Vila Franca de Xira, que sofreu lesões no olho esquerdo por ter sido atingida com salpicos de óleo a ferver quando estava a fritar peixe.
A cura de Guilhermina de Jesus, depois de ter pedido a intervenção do Santo Condestável, foi observada por diversos médicos em Portugal e foi analisada por uma equipa de cinco médicos e teólogos em Roma, que a consideraram miraculosa.
A história deste processo já poderia ter conhecido o seu epílogo quando, em 1947, o papa Pio XII se manifestou interessado em canonizar o Beato português por decreto. O estado de uma Europa destruída pela II Guerra Mundial fez, porém, com que a Igreja portuguesa recusasse este motivo de festa.
Trabalhos levados a cabo pelos Cardeais Patriarcas de Lisboa D. José III (1883-1907) e D. António I (1907-1929), secundados pela Ordem do Carmo, culminaram com o Decreto da Congregação dos Ritos “Clementissimus Deus” de 15 de Janeiro de 1918, ratificado e aprovado pelo Papa Bento XV em 23 do mesmo mês e ano. Esses trabalhos, retomados pelo Episcopado Português, culminaram com a já referida permissão de Pio XII para que o processo da canonização prosseguisse.
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