sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Gustav Klimt
Marcos 4, 26-34
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos. 




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Joseph Ignaz Mildorfer

Marcos 3, 22-30
Naquele tempo, os escribas que tinham descido de Jerusalém diziam: «Está possesso de Belzebu», e ainda: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios».
Mas Jesus chamou-os e começou a falar-lhes em parábolas:
«Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode aguentar-se. E se uma casa estiver dividida contra si mesma, essa casa não pode aguentar-se.
Portanto, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não pode subsistir: está perdido. Ninguém pode entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens, sem primeiro o amarrar: só então poderá saquear a casa.
Em verdade vos digo: Tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e blasfémias que tiverem proferido; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: será réu de pecado eterno».
Referia-se aos que diziam: «Está possesso dum espírito impuro». 

© SNPC - Evangelho das Imagens




domingo, 26 de janeiro de 2014

III Domingo do Tempo Comum

Mateus 4,  18-23
(...) Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde e segui-me e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-no.

Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu, a consertar as redes. Jesus chamou-os e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-no.
Depois começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. 

DEUS ANDA POR AÍ À PROCURA DE TI

Jesus caminha ao longo das praias do Mar da Galileia, e vê dois irmãos, Simão e André, ocupados nos trabalhos da pesca, e diz-lhes: «Vinde atrás de mim (deûte opísô mou)!» (Mateus 4,19). A resposta é imediata: «Deixaram logo as redes, e seguiram-no!» (Mateus 4,20). E andando um pouco mais, viu outros dois irmãos, Tiago e João, que, com o pai, Zebedeu, consertavam as redes na barca. Também os chamou. E também eles deixaram logo a barca e o pai, e seguiram-no (Mt 4,21-22).
Note-se bem que Jesus desce ao nosso mundo, caminha pelas nossas estradas e vem ter connosco aos nossos lugares de trabalho. E é aí que nos chama. Não espera por nós no cenário sagrado das nossas Igrejas! Não nos obriga a aprender uma doutrina, nem sequer nos entrega um projecto de vida, mas chama-nos a segui-lo («vinde atrás de mim»), e partilha connosco a sua vida, como o Mestre faz com os seus discípulos. Não nos põe a fazer uma espécie de estágio, para que um dia nos tornemos Mestres. Nós permanecemos sempre discípulos, e um só é o Mestre. Não nos coloca num estágio, num estado, num estrado, numa estante, mas num caminho! E um dia mais tarde, ouvi-lo-emos ainda dizer: «Ide!». É sempre no caminho que nos deixa.

Tu, Senhor, Tu falas

E um caminho novo se abre a nossos pés,
Uma luz nova em nossos olhos arde,
Átrio de luminosidade,
Pão
De trigo e de liberdade,
Claridade que se ateia ao coração.
 
Lume novo, lareira acesa na cidade,
És Tu, Senhor, o clarão da tarde,
A notícia, a carícia, a ressurreição.
 
Passa outra vez, Senhor, dá-nos a mão,
Levanta-nos,
Não nos deixes ociosos nas praças,
Sentados à beira dos caminhos,
Sonolentos,
Desavindos,
A remendar bolsas ou redes.
 
Sacia-nos.
Envia-nos, Senhor,
E partiremos
O pão,
O perdão,

Até que em cada um de nós nasça um irmão.

D. António Couto (extratos)



sábado, 25 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes:
«Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal;
e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados».
Marcos 16, 15-18

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Domenico Ghirlandaio (det.)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte. Chamou à sua presença aqueles que entendeu e eles aproximaram-se.
Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar, com poder de expulsar demónios. Escolheu estes doze:
Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, isto é, «Filhos do trovão»; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago de Alfeu, Tadeu, Simão o Cananeu e Judas Iscariotes, que depois o traiu. 

Marcos 3, 13-19



© SNPC - Evangelho das Imagens

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

James Tissot

Naquele tempo, Jesus retirou-se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-o uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia.
Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia.
Disse então aos seus discípulos que lhe preparassem uma barca, para que a multidão não o apertasse.
Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de lhe tocarem. Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Testemunho de João totalmente a favor de Jesus

             Jo 1,29-34: “Eis o Cordeiro de Deus…”

Este é um novo e forte testemunho de João a favor de Jesus, com a particularidade de evidenciar a validade/ a importância de Jesus para todos os tempos, para todos os lugares e pessoas. Jesus caminha em direcção a João Baptista, sem que ele saiba de onde vem e porquê vem ter com ele. Nesta sessão João testemunha em favor de Jesus de modo absoluto e total.
Jesus é apresentado como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, como aquele que baptiza com o Espírito, como Filho de Deus. São 3 aspectos fundamentais da vida de Jesus e portanto também do cristianismo. Encontramo-nos diante de uma confissão de fé colocada na boca de João Baptista. Encontramo-nos diante de um grande nível de profundidade teológica.
Cordeiro de Deus. A que coisa se faz referimento com este título? Que coisa significa? Vamos enumerar brevemente algumas possibilidades:

1.  Referimento ao Cordeiro Pascal (Ex 12) sacrificado pela ocasião da Festa Judaica da Páscoa, e que tinha um aspecto e carácter expiatório.
2.   Uma alusão aos cordeiros que, cada dia, eram sacrificados no templo de Jerusalém (Ex 29, 38-46).
3.     Indicação do capro sobre o qual, com a imposição das mãos, se descarregavam os pecados do povo, e que depois conduzido ao deserto e abandonado (Lv 16, 21-22).
4.    Menção ao cordeiro, quando são descritas as características do servo de Yavhé (Is 53,7).
5. Recordação do cordeiro, que é uma parte importante entre as imagens apocalípticas (por exemplo Ap. 14,1) e que representa o Messias que purifica o seu povo.
Dentro desta multiplicidade de possibilidades, por qual optar? Tendo em conta o contesto geral do quarto Evangelho – que se interessa de modo particular pela Festa da Páscoa e que apresenta Jesus como o verdadeiro Cordeiro Pascal, a primeira das possibilidades apontadas acima seria a mais provável, sem excluir as outras, e particularmente aquela do cordeiro mencionada na descrição do Servo de Yavhé, de Isaías.
Contudo seja qual for a proveniência desta imagem, que não é assim tão importante (a proveniência) não pode condicionar o significado da mesma. Trata-se de facto do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O título implica o significado escatológico decisivo daquele que o leva e que é apresentado como o portador de Salvação, porque tira o pecado do mundo. Neste sentido pensamos no poder expiatório – eliminador da culpa – da morte de Jesus. Encontramo-nos perante um título “existencial”: que diz e oferece ao homem alguma coisa de que ele tem falta; apresenta Jesus como Aquele que responde a uma profunda necessidade humana.
Este pequeno brando, através do testemunho do Baptista, coloca em relevo e justifica ao mesmo tempo a eficácia do Cordeiro, apresentado na função de purificar o homem. E fá-lo colocando 3 razões essenciais: a sua preexistência colocado em ressalvo no prólogo do evangelho Joanino: “antes de mim”; a presença do Espírito n’Ele de um modo permanente “vi o Espírito… descer sobre Ele”, e a sua filiação divina “dou testemunho que Ele é o Filho de Deus”.
Jesus é o Filho de Deus, o Salvador que quer estender a salvação até aos confins da terra. É o Messias esperado das nações. É o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, como rezamos antes da comunhão, na Eucaristia diária.


Jesus vem trazer o dom de Deus, o Espírito Santo. Cada um de nós é apenas uma voz, e devemos apenas ocupar o nosso lugar e apontar para Ele, anunciá-Lo, segui-Lo. Esta é a nossa missão!                                                                           
P. Herminio Vitorino, sj

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Evangelho do dia


Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-lhe!». 
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia. 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Duccio

Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram-no.
Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e seguiram Jesus.
 Marcos 1, 14-20

domingo, 12 de janeiro de 2014

FESTA DO BAPTISMO DO SENHOR


Naquele tempo, Jesus chegou da Galileia e veio ter com João Batista ao Jordão, para ser baptizado por ele.
Mas João opunha-se, dizendo: «Eu é que preciso de ser batizado por ti e Tu vens ter comigo?».
Jesus respondeu-lhe: «Deixa por agora; convém que assim cumpramos toda a justiça».
João deixou então que Ele se aproximasse. Logo que Jesus foi batizado, saiu da água.
Então, abriram-se os céus e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre Ele. E uma voz vinda do céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência».
S. Mateus 3, 13-17

Jesus vai da sua terra, Nazaré, até ao rio Jordão, onde o profeta João faz um ritual de conversão submergindo as pessoas na água, como sinal de lavagem e renascimento.
Coloca-se também Ele na fila e pede o Baptismo de João, quer partilhar a condição da humanidade pecadora. Quer tornar-se semelhante a nós e também tornar-nos semelhantes a Ele.
Ao sair da água, Jesus, tem uma experiência muito forte do amor de Deus: “Este é o meu Filho muito amado…”, tão forte que o faz tomar consciência da sua missão e a partir daí deixa a vida oculta e entrega-se à vida pública: partiu em viagem pelos caminhos poeirentos da Palestina, a testemunhar o projecto libertador do Pai.
Jesus instituiu o Batismo como um dom para nos dar a Sua Vida em abundância. Por Ele renascemos para uma vida nova que nos compromete na missão de baptizados no Espírito Santo e Filhos muito amados de Deus.

Como nos propões Santo Inácio de Loiola nos Exercícios Espirituais (273), passemos algum tempo a rever esta cena como se lá estivéssemos. Enquanto Jesus estava na água, ou na margem do rio  Jordão, depois de João O ter baptizado, qualquer coisa de extraordinário acontece a Jesus. 
Também nós, à medida que crescemos na descoberta do Pai, crescemos na consciência de sermos Filhos muito amados.


sábado, 11 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Annibale Carracci

Naquele tempo, foi Jesus com os seus discípulos para o território da Judeia, onde se demorou com eles, e começou a batizar.

João batizava em Enon, perto de Salim, porque ali a água era abundante e aparecia muita gente para se batizar. João ainda não tinha sido encarcerado.

Surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu a respeito da purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Mestre, aquele que estava contigo na outra margem do Jordão e de quem deste testemunho anda a batizar e todos vão ter com Ele».

João respondeu: «Ninguém pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu. Vós próprios sois testemunhas de que eu disse: "Não sou o Messias, mas aquele que foi enviado à sua frente". Quem tem a esposa é o esposo; e o amigo do esposo, que o acompanha e escuta, sente muita alegria ao ouvir a sua voz. Essa é a minha alegria, que agora é completa: Ele deve crescer e eu diminuir». 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Evangelho do dia

Rembrandt 

Naquele tempo, estando Jesus em certa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Ao ver Jesus, caiu de rosto por terra e suplicou-Lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me».

Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Eu quero; fica curado». E imediatamente a lepra o deixou.
Jesus ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas acrescentou: «Vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».


Cada vez se divulgava mais a fama de Jesus e reuniam-se grandes multidões para o ouvirem e serem curados dos seus males. Mas Jesus costumava retirar-se em lugares desertos para orar.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Evangelho do dia


Naquele tempo, Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todos.

Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-se para fazer a leitura. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito:

«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Ele Me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor».

Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.

Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».

Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam da mensagem da graça que saía da sua boca.
Lucas 4, 14-22a

domingo, 5 de janeiro de 2014

«Vimos a sua estrela e viemos adorá-lO».


Onde está preguntaram eles o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lO». 

   Os Magos caminham para Belém, mas, depois, voltam para as suas terras. Poderiam ter ficado em Jerusalém e aí adorar o verdadeiro Deus, mas estes sábios perceberam que já não é somente em Jerusalém que se adora Deus, mas o verdadeiro Deus adora-se em cada homem, em cada mulher, em cada lugar, em cada um de nós. Deus presente, em Cristo e por Cristo, enche o Universo.
     Não podemos, pois, ficar a meio caminho, mas olhar sempre para diante, sobretudo, neste ano 2014, que se nos afigura cheio de dificuldades para transpor... Num tempo de descristianização e de afastamento de muitos que desanimam de buscar a Luz e de se deixarem iluminar por ela, temos obrigação de acompanhar todos aqueles e aquelas que, como os Magos, partem para o futuro, sem saberem muito bem onde a estrela os conduz. Ir por diante, sem desencorajar-se, é o sentido da festa da Epifania que estamos a celebrar. É também aquilo que nos devemos desejar uns aos outros para este novo ano. Esta festa dos Magos diz-nos que onde quer que vamos ou estejamos, Cristo já está presente. Os homens de todas as raças e de todas as culturas são trabalhados secretamente pela luz de Cristo. Mas todos necessitamos da revelação feita a Israel e os Magos não esqueceram isso. Com a luz que já estava neles, foram a Jerusalém perguntar pelo Menino e foram os judeus que lhes disseram onde devia nascer: em Belém de Judá.  
     O Verbo está em toda a existência. E Ele vem a nós através do povo judeu, através deste homem e desta mulher em particular, através do povo que contempla o Invisível, através dos astros como aconteceu com os Magos.
P. José Augusto Sousa, sj