segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

III DOMINGO DA QUARESMA

HÁ SEMPRE UMA OPORTUNIDADE


Os domingos terceiro, quarto e quinto da Quaresma formam a segunda parte do tempo litúrgico da Quaresma, desta caminhada para a Páscoa que cada um de nós está a percorrer, neste ano, acompanhados das meditações tão saudáveis e carregadas de esperança que nos inspira o Papa Francisco sobre o Ano da Misericórdia. Afinal, no Mistério Pascal vamos celebrar a Misericórdia que a todos nas acolhe, a nós, os Baptizados para renovarmos as Promessas do Baptismo na Vigília Pascal, aos catecúmenos para serem baptizados nessa noite e, a partir do seu Baptismo em idade a adulta, começaram a saborear o leite da consolação. Como meditaremos no Evangelho de hoje há sempre mais uma oportunidade que o Senhor nós dá para acolhermos o Evangelho. É o sentido da Parábola da Figueira meditada no Evangelho de S. Lucas, deste Domingo.
Cada ano, nesta segunda parte da Quaresma que hoje começamos, há um tom próprio marcado pelo Evangelho que proclamamos: no Ciclo A, a preparação para o baptismo; no Ciclo B, o caminho para a Cruz; no Ciclo C, o Ciclo deste ano litúrgico, a conversão e a Misericórdia. “O Nome de Deus é Misericórdia” (Papa Francisco).
O Evangelho de hoje apresenta com muita exigência a conversão. Não se trata de mais uma penitência externa, embora também seja necessária, mas sim dum convite à mudança: “Dai-me Senhor, um coração novo; um espírito novo”... Mudança da minha mentalidade, duma mentalidade de vingança como era desejada por aquele que trouxeram a Jesus o caso do assassinato de alguns compatriotas pelo tirano Pilatos e aqueles que, desprevenidos ficaram sobre os escombros da Torre de Siloé. Jesus refuta a doutrina tradicional dos fariseus, segundo a qual os que são atingidos por alguma desgraça são culpados, por algum pecado e merecem ser castigo de Deus. E o que dizemos nós muitas vezes às nossas crianças quando fazem alguma birra ou alguma partida? “Olha que Deus te castiga”. O Deus punidor ou castigador está longe de desaparecer da nossa mentalidade. O problema dos Galileus não está neles que coitados morreram, o problema está connosco, os vivos que, quantas vezes, damos por certo, que nada é connosco. Sim, eu não mato, nem roubo!..
Mas o Senhor dá-nos sempre uma oportunidade para a conversão como se ilustra na Parábola de Figueira. Se temos alguma coisa de que me acusa a consciência, aproveitemos o Ano da Misericórdia para nos ajoelharmos diante de algum sacerdote e fazermos a Confissão Sacramental.
Porque não, aproveitar este tempo da Quaresma como um tempo especial para se atenderam Confissões em todas as Paróquias da nossa Diocese, nas casas religiosas, nos Hospitais?
E se não for hoje, amanhã ou depois, não deixemos de o fazer, porque o Senhor dá sempre mais um ano à figueira para dar bons frutos!..
O santo Padre Francisco diz muitas vezes: “Deus não se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de lhe pedir perdão”.


Padre José Augusto Alves de Sousa S.J.






Conferências Quaresmais - A Misericórdia


Neste Domingo do mês, faremos um peditório especial à porta da Igreja para a Conferência de S. Vicente de Paulo, assim estaremos a ajudar os pobres da nossa Paróquia. Desde já o nosso muito obrigado pela vossa generosidade.

Terça-feira, dia 1, entre as 21.00 e as 23.00 horas e quarta-feira, dia 2, entre as 16.00 e as 18.00 horas, haverá o Curso Bíblico, orientado pelo P. Henrique Rios.

Quarta-feira, dia 2 de março, às 21.00 horas teremos a segunda Conferência Quaresmal da Cidade da Covilhã, no Anfiteatro das Sessões Solenes da Universidade da Beira Interior. O tema é: necessidade de arrependimento e conversão coletivas. Será orador o Prof. Doutor Manuel Braga da Cruz, antigo Reitor da Universidade Católica Portuguesa, sociólogo. Todos somos convidados a participar. A entrada é livre.

Sexta-feira, dia 4 de março, é a primeira sexta-feira do mês, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Teremos a adoração eucarística entre as 10.00 e as 11.00 horas na Igreja de S. Tiago. De tarde às 15:00 haverá Via-Sacra na Igreja de S. Tiago.
No próximo domingo, dia 28 de fevereiro, teremos um tempo de oração, orientado pelo Noviço Vasco, entre as 17 e as 18.45 horas, na sala de Santo Inácio.


domingo, 21 de fevereiro de 2016

II Domingo da Quaresma

"Este é meu Filho, a quem Escutai-O." 


A Quaresma é esta estrada de Luz e de Jesus.

A quaresma é uma estrada
Entrecortada
Por estações de serviço de paz e de perdão,
Uma avenida
Florida
De oração,
Uma praça
De graça
E contemplação.

A quaresma é uma escada,
Que do céu desce,
Trazendo até nós a mão de Deus,
E ao céu se eleva,
Levando até Deus a nossa prece.

A quaresma é um caminho
Direitinho
Ao coração.
É preciso limpá-lo
De todo o lixo ali acumulado.
É preciso entregá-lo a Deus,
Limpo e cultivado.

Senhor desta estrada deserta,
Que vai de Jerusalém a Gaza,
Conduz os meus passos
Até ao limiar da tua casa.

António Couto


Informações

INFORMAÇÕES ÚTEIS


Quarta-feira, dia 24, às 21.00 horas - Primeira Conferência Quaresmal da Cidade da Covilhã, no Anfiteatro das Sessões Solenes da Universidade da Beira Interior. 
O tema é: As dimensões da misericórdia, será orador o Prof. Gabriel Augusto Magalhães, Departamento de Letras da UBI e Escritor. Todos somos convidados a participar. A entrada é livre.

Sexta-feira, dia 26, às 15.00 horas,  haverá a Via-Sacra na Igreja de S. Tiago. 




sábado, 13 de fevereiro de 2016

I Domingo da Quaresma



Igreja Jubilar de S. Tiago - PROGRAMA



Informações

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Neste 2º Domingo do mês, faremos um peditório especial à porta da Igreja para as obras da Igreja de S. Tiago e para as obras da Capela de S. João de Malta. Desde já o nosso muito obrigado pela vossa generosidade.

Terça-feira, dia 16, entre as 21.00 h. e às 23.00 h. e quarta-feira, dia 17, entre as 16.00 h e às 18.00 h, haverá o Curso Bíblico, orientado pelo P. Henrique Rios.

Sexta-feira, dia 19, às 15.00 h. Haverá a Via-Sacra na Igreja de S. Tiago.

No Domingo, dia 14, teremos uma Eucaristia especial às 17.00 h. Para a abertura da porta santa na nossa Igreja de S. Tiago e começo do tempo jubilar desta igreja para o Arciprestado da Covilhã. Apelamos à vossa participação. 


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

QUARTA FEIRA DE CINZAS

QUARTA FEIRA DE CINZAS 
ENTRADA NA QUARESMA, PARA ENTRAR NA PÁSCOA 
E VIVER A PÁSCOA COM CRISTO


Com a liturgia da Quarta Feira de Cinzas começa o tempo litúrgico da Quaresma. Quarenta dias, é o tempo que a Igreja nos propõe que consagremos para que se opere em nós uma verdadeira conversão e mudança de vida. Este ano, o Ano Santo da Misericórdia, é mais um incentivo para que cada um e cada uma de nós consagre algum tempo do dia à oração, à reflexão individual ou colectiva. Sabemos, por experiência própria que, mergulhados nas preocupações profissionais do dia, falta-nos, por vezes, força de vontade para consagrar um pouquinho que seja de tempo, para estarmos a sós com o Senhor, pois esta pausa nos ajuda a concentrar a nossa atenção no essencial. Sabemos como as nossas convicções amolecem ao longo da vida e o Papa Francisco, neste Ano Santo da Misericórdia, nos convida a fixar o olhar na Misericórdia, a fim de se tornar mais forte e eficaz o nosso testemunho de crentes, diante do mundo que nos cerca, um mundo que teima em atirar para o vazio ou reduzir a um  intimismo malsão, a nossa fé, esvaziando-a da sua riqueza que é ser, antes de mais, testemunho da caridade.
Reunimo-nos, hoje, na Quarta Feira de Cinzas para entrarmos dentro de nós mesmos e nos reconhecermos pecadores: “Perdão, Senhor, porque pecamos…” Só reconhecendo-nos pecadores, frágeis e instáveis, sem fazermos “diagnósticos desalentadores”, poderemos “experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança” (Papa Francisco). E não façamos coisas espectaculares, neste caminho. Há dias, no 14ºDomingo Comum, Paulo nos dizia no capítulo 13 da Carta aos Coríntios: “vou indicar-vos o caminho da perfeição” e acrescenta: “esse caminho da perfeição, é a prática da Caridade. A Quaresma é também um tempo privilegiado para olharmos para os outros, sobretudo para aqueles que mais precisam, os homens e mulheres das periferias.
Nada de espectacular, portanto, neste tempo da Quaresma. É um caminho pessoal que será mais autêntico quanto mais for discreto. “Voltai para mim com todo o coração” (Profeta Joel). E Mateus nos diz que “o Pai vê no segredo”. Mas sabemos também que por mais pessoal que seja, a caridade se concretiza em actos corajosos e discretos. Por isso, o Evangelho que proclamamos, no dia de Cinzas, pede-nos que saiamos de nós próprios. E isto se faz pela ESMOLA que representa a nossa relação com os outros, sobretudo com aqueles que mais necessitam. O JEJUM representa a nossa ralação com a natureza. Na actualidade o Jejum reveste um certo carácter ecológico, saber utilizar os bens de consumo para os colocar à disposição da casa comum (o mundo) e não somente da minha própria casa. O Jejum não é, portanto, para nos felicitar da nossa capacidade a renunciar provisoriamente a alguns prazeres (guloseimas, tabaco, álcool, noitadas, televisão…), mas porque despojados do acessório, discernimos e acedemos mais facilmente ao essencial. Não jejuamos para sermos vistos, mas para dominarmos a nossa relação à natureza e, através da natureza, a nossa relação com o próprio Deus. Pela ORAÇÃO, abro-me ao Outro, a Deus, e, através da Outro, a Origem, me abro aos outros. Encerrados em nós próprios, caímos no círculo da morta. Abertos a Deus, vivemos o Êxodo de Jesus Cristo que é a Páscoa para a qual nos prepara a Quaresma.
Tempo de Quaresma, tempo da minha revisão de vida, para sair de mim mesmo e entrar na PÁSCOA!..


P. José Augusto Alves de Sousa, sj