O P. Manuel Vaz Pato nasceu em 1940, em
Oliveira do Hospital, o quinto de seis irmãos. Fez os estudos secundários no
Colégio das Caldinhas (Santo Tirso), da Companhia de Jesus. Frequentando o 2º
ano de engenharia na Universidade de Coimbra, entrou no Noviciado da Companhia
de Jesus em Soutelo, arredores de Braga, em Fevereiro de 1960. Depois de
completados os primeiros anos de formação na Companhia, voltou a Coimbra, onde,
em 1966, terminou o Curso de Matemática. Os estudos de Filosofia e Teologia
fê-los na Universidade Católica (em Braga e em Lisboa) e no Teologado da
Companhia de Jesus em Dublin.
Em 1972 foi ordenado Sacerdote na Igreja do
Coração de Jesus, na Covilhã. Logo a seguir, frequentou o curso de Sociologia,
no Boston College, a universidade da Companhia de Jesus em Boston. Voltou a
Portugal em Janeiro de 1974 para ingressar no corpo docente do Instituto
Superior de Economia e Sociologia, instituição fundada, anos antes, em Évora,
pela Província Portuguesa da Companhia de Jesus. No ano seguinte, regressou a
Boston para completar o mestrado em Sociologia que terminou em 1976.
Foi professor de Sociologia na Universidade
de Évora e, mais tarde, na Universidade do Minho. Na Companhia de Jesus exerceu
o cargo de Provincial e o de Superior das Comunidades de Évora, de Braga e do
Centro Inaciano do Lumiar, em Lisboa.
Foi também, por vários anos, responsável do
Centro Académico de Braga (CAB), um centro universitário da Companhia de Jesus. A 4 de Setembro de
2011, foi nomeado Pároco na Paróquia de S. Pedro da Covilhã pelo Senhor D.
Manuel Felício, Bispo da Guarda.
S F – Depois de uma formação académica tão
longa e variada e de uma vida activa que acumulou o exercício do sacerdócio com
o de professor universitário e com o de Provincial da Companhia em Portugal (6
anos como Provincial , 19 como professor em Évora e em Braga, e ainda vários anos como Superior de diversas Comunidades), o que é que o
trouxe à Covilhã, como Pároco?
Depois de uma
formação académica tão longa, tão variada e tão rica, em simultâneo com uma
vida de sacerdote, de professor e de responsável máximo pela Companhia de Jesus
em Portugal ( durante 6 anos exerceu o cargo de Provincial da Província
Portuguesa da Companhia de Jesus; durante 13 anos, foi professor na
Universidade do Minho; durante aproximadamente 7 anos, foi superior do Centro
Inaciano do Lumiar em Lisboa)...
S F — O que o trouxe à Covilhã, como pároco?
P .Vaz Pato — Bom, fui proposto ao Sr. Bispo da Guarda pelo Provincial da Companhia de Jesus
e fui por ele aceite e nomeado. Eu manifestara vontade ao Provincial de ajudar numa paróquia
e ele achou por bem propor o meu nome ao Sr. Bispo
S F Porquê, essa vontade de ser pároco?
P.V P — A minha intenção não era propriamente a responsabilidade de ser pároco, mas penso que, como pároco, ainda posso fazer alguma coisa pelo reino de Deus, fico mais liberto para a pastoral
S F — Que género de trabalho gostaria de desenvolver nessa condição?
P. V P — O que acho estimulante neste trabalho é o estar disponível para todas as actividades, para pessoas de todas as idades...Um pároco é um especialista da generalidade.
5 F — Mas a gestão de uma casa como a casa dos Jesuítas da Covilhã deve absorver uma parte importante do seu tempo.
P.V P — Há que distinguir entre a Comunidade — e dessa o P. Sousa é o Superior — e Paróquia.
Na Paróquia, tenho um pároco a trabalhar comigo, o P. Vitorino. Quanto a melhoramentos na Igreja, para já, não se prevêem, nem os tempos são propícios...Estamos em recessão.
5 F — Uma última pergunta: Que papel atribui aos leigos dentro da Igreja? Predominantemente passivo ou predominantemente activo?
P.V P — Aí não há escolha: o Concílio Vaticano II, de algum modo, estabeleceu a maioridade dos leigos dentro da Igreja. Hoje não há opção, não só pela orientação da Igreja, mas também pela necessidade resultante da falta de sacerdotes.
O que vou dizer-lhe não é uma ideia minha, original, mas quase podemos afirmar que esta falta de padres é uma oportunidade “aproveitada” pelo Espírito Santo para a Igreja se dar conta do papel que os leigos devem assumir e pela graça do Espírito Santo, que vai orientando a Igreja, há um empenhamento cada vez maior de cada vez mais leigos...
S F — Antes de lhe desejar as maiores felicidades neste seu novo trabalho, ainda pergunto: tem-se sentido bem recebido, bem enquadrado, por todos nós?
P. V P — Maravilhosamente! O melhor possível!
5 F — Seja então bem vindo, P. Vaz Pato, e fique connosco por muito, muito tempo!
S F — O que o trouxe à Covilhã, como pároco?
P .Vaz Pato — Bom, fui proposto ao Sr. Bispo da Guarda pelo Provincial da Companhia de Jesus
e fui por ele aceite e nomeado. Eu manifestara vontade ao Provincial de ajudar numa paróquia
e ele achou por bem propor o meu nome ao Sr. Bispo
S F Porquê, essa vontade de ser pároco?
P.V P — A minha intenção não era propriamente a responsabilidade de ser pároco, mas penso que, como pároco, ainda posso fazer alguma coisa pelo reino de Deus, fico mais liberto para a pastoral
S F — Que género de trabalho gostaria de desenvolver nessa condição?
P. V P — O que acho estimulante neste trabalho é o estar disponível para todas as actividades, para pessoas de todas as idades...Um pároco é um especialista da generalidade.
5 F — Mas a gestão de uma casa como a casa dos Jesuítas da Covilhã deve absorver uma parte importante do seu tempo.
P.V P — Há que distinguir entre a Comunidade — e dessa o P. Sousa é o Superior — e Paróquia.
Na Paróquia, tenho um pároco a trabalhar comigo, o P. Vitorino. Quanto a melhoramentos na Igreja, para já, não se prevêem, nem os tempos são propícios...Estamos em recessão.
5 F — Uma última pergunta: Que papel atribui aos leigos dentro da Igreja? Predominantemente passivo ou predominantemente activo?
P.V P — Aí não há escolha: o Concílio Vaticano II, de algum modo, estabeleceu a maioridade dos leigos dentro da Igreja. Hoje não há opção, não só pela orientação da Igreja, mas também pela necessidade resultante da falta de sacerdotes.
O que vou dizer-lhe não é uma ideia minha, original, mas quase podemos afirmar que esta falta de padres é uma oportunidade “aproveitada” pelo Espírito Santo para a Igreja se dar conta do papel que os leigos devem assumir e pela graça do Espírito Santo, que vai orientando a Igreja, há um empenhamento cada vez maior de cada vez mais leigos...
S F — Antes de lhe desejar as maiores felicidades neste seu novo trabalho, ainda pergunto: tem-se sentido bem recebido, bem enquadrado, por todos nós?
P. V P — Maravilhosamente! O melhor possível!
5 F — Seja então bem vindo, P. Vaz Pato, e fique connosco por muito, muito tempo!