terça-feira, 29 de julho de 2014

Solenidade de Santo Inácio de Loyola


Santo Inácio com o papa Paulo III

No dia 31 de Julho, celebra-se a Solenidade de S. Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus

Haverá festa para toda a Comunidade Jesuíta, mas contrariamente ao habitual e porque os Jesuítas portugueses se reúnem em Soutelo para celebrar os duzentos anos da Restauração da Companhia de Jesus, os nossos padres estarão ausentes. Queremos contudo, viver este dia de agradecimento ao Senhor, por tanto bem recebido através de Inácio e da  Companhia de Jesus unidos a todos os Jesuítas.

Que cada um de nós, na medida das suas possibilidades, possa encontrar o momento e o local apropriado para celebrar e agradecer a alegria de fazer parte desta Paróquia confiada à Companhia de Jesus.

NOTÍCIAS DA NOSSA COMUNIDADE DE JESUÍTAS


Nos Duzentos anos da Restauração da Companhia de Jesus (7 de Agosto de 1814 a 7 de Agosto de 2014)

Pediram-me para o “MAR DA GALILEIA, o último Boletim deste ano pastoral, umas palavras que fossem de acção de graças por tudo o que nos foi dado viver, durante este ano, como comunidade paroquial e também para dar algumas notícias sobre a nossa comunidade de Jesuítas. Faço-o com todo o gosto e muito desejo que estas palavras aqui lançadas hoje às ondas do “MAR DA GALILEIA cheguem muito suavemente às vossas casas, não só as minhas, mas as palavras de todos aqueles e aquelas que o fizerem durante o próximo ano pastoral. São as vivências comuns que nos fazem viver na alegria e acolher também o peso do quotidiano e até o sofrimento como redentor.



O PADRE JOSÉ FRAZÂO ENTRE NÓS: Ninguém jamais duvidaria de que o padre José Frazão seria bem acolhido entre nós. Desde que fez connosco a experiência pastoral da Terceira Provação, ficou-nos sempre o gosto da sua palavra jovem, banhada na imagem, esclarecedora, cheia de luz e de esperança. Agora que nos visita como Provincial, poderemos aproveitar ainda muito mais da sua fé e das vivências espirituais tão ricas com que sempre nos presenteia. Recolhemos aqui algumas ideias encorajadoras do padre Frazão, no seu livro “ENTRE-TANTO, a difícil bênção da Vida e da Fé”. A dada altura, ele diz-nos mais ou menos o seguinte: perante os limites impostos pelo mundo à nossa fé, é preciso morrer para o poder, para o conforto do centro, para viver o trânsito inseguro das periferias. Tal como o Mestre que não tem onde repousar a cabeça, aprendemos a ter o mundo como casa. O papa Francisco fala também da Igreja “em saída” da Igreja em êxodo, em saída para as periferias para testemunhar daquilo que constituiu a nossa esperança.

CELEBRAÇÃO DOS DUZENTOS ANOS DA RESTAURAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS (7 DE AGOSTO DE 1814 A 7 DE AGOSTO DE 2014). Confesso que nós, Jesuítas, podemos correr o perigo de não falar tanto da nossa vida como seria talvez nosso dever. Falo por mim, a quem um certo pudor e uma discrição, talvez exagerada, podem não ser bons conselheiros. Acredito, porém, que, quando vivemos como Jesuítas, o nosso estilo de vida e nosso modo de proceder transparecerão e isso é o mais importante. Em todo o caso, uma coisa que nunca nos falta em S. Tiago (Paróquia de S. Pedro na Covilhã), é a referência aos nossos santos jesuítas. Vem isto a propósito para vos dizer que sempre ficamos muito gratos com vossa participação na festa do nosso Fundador, Santo Inácio, que celebramos cada ano, no dia no dia 31 da Julho e o mesmo se diga da presença do Senhor Bispo D. Manuel, Bispo da Igreja Local da Diocese da Guarda. E não é próprio da Companhia “sentir com a Igreja?!... E, por isso, temos pena de vos anunciar que este ano não vamos celebrar essa festa convosco, aqui, em S. Tiago. E qual a razão? É que este ano celebramos duzentos anos da Restauração da Companhia, pelo Papa Pio VII, no dia 7 de Agosto de 1814. Por que falamos de Restauração? Como sabemos, a Companhia de Jesus foi fundada por Santo Inácio de Loyola e aprovada pelo papa Paulo III, em 1540. Desde esse ano, até ao momento da supressão pelo Papa Clemente XIV, em Julho de 1773, a Companhia de Jesus prosperou rapidamente por toda Europa e por todo o mundo. Não vamos precisar aqui as razões desta supressão que já nos foram explicadas pelo padre Júlio Trigueiros, quando nos falou deste assunto, na conferência que proferiu, uns meses atrás, na Sala de Santo Inácio. Aqui, apenas queremos referir que a data que este ano celebramos dos duzentos anos da Restauração é, para nós, muito festiva e que queremos celebrá-la, todos os Jesuítas, em conjunto, na casa de retiros de Soutelo, no dia 31 De Julho.            Mas esta celebração festiva é de todos nós, daquela que podíamos chamar a família Inaciana (a Companhia de Jesus, os benfeitores e amigos e também as mais de 30 Congregações Religiosas Inacianas, os milhares de leigos e leigas, membros da Comunidades de Vida Cristã (C.V.X)), mas também a festa é de todos vós, os que procurais connosco viver o amor a Cristo a exemplo de Santo Inácio de Loyola. Recolhamos a consolação que nos dará esta data festiva da Restauração e de que tanto se fala nos Exercícios!.. Quando Inácio fala de consolação, apoia-se na união com Deus. Consolação é sentir em si mesmo o crescimento da fé, da esperança e da caridade, é ter a impressão duma proximidade com Deus e de confiança nos outros. São os frutos da Ressurreição. S. Paulo fala destes frutos: a caridade, a alegria, a paz, o serviço, a  longanimidade, a confiança e a doçura do coração (Gálatas, 5,22).

DESPEDIDA DO PADRE HERMÍNIOI E VINDA DOS PADRES RAFAEL MOURÃO E HENRIQUE RIOS. Foi de todos conhecida a recente despedida do Padre Hermínio e a Companhia agradece tantas manifestação de carinho no dia em que ele partiu para a sua nova missão no Pragal. Uma das coisas que mais nos caracteriza na Companhia de Jesus é a disponibilidade para a Missão. Semear e semear sempre, mesmo que os que vierem a seguir sejam os que recolhem os frutos!.. E, daí, o estar disponível para levantar as estacas do acampamento. Mas vamos receber o Padre Rafael Mourão que me vai substituir a mim como Superior da comunidade e ser pároco “in solidum”, que já sabeis o que significa: “in solidum” com o Padre Manuel Vaz Pato. O Padre Henrique Rios será um homem de dentro e de fora, um apostolado aos modos do mundo de hoje ou, então, se quisermos, nós, Jesuítas, um missionário “discorrente” dos nossos tempos, colorido com as marcas do “missionário discorrente” dos tempos antigos. Bem-vindos os padres Rafael e Henrique. A mim, que me despeço como Superior, mas que fico na Covilhã, digo-vos que, embora o Superior da Comunidade de Jesuítas não seja para vós, aqui na Covilhã, a vossa referência mais imediata, contudo, ele é e deve ser o animador espiritual de tudo e a última palavra de confiança para que a Missão seja levada a bom termo. Bem-haja ao Mar da Galileia por estas minhas palavras poderem ir nas ondas do mar até à casa de cada um, a boa praia, onde têm de amarar, suavemente.

P. José Augusto de Sousa S. J.  


sábado, 12 de julho de 2014

O REINO


SE!
“Se o grão de trigo não morre, fica só.
Se cai na terra e morre, dá muito fruto”. 
Jesus atuou assim. Não fundou nada, não quis ser o Rei-Messias, 
Rejeitou a tentação da popularidade, 
Não escondeu a verdade para se proteger. 
Semeou-Se. 
E o fruto é a humanidade que continua a crer n’Ele, cada vez maior, 
Apesar de todos os messianismos que são os piores abrolhos, 
Os que mais afogam a semente. 
O grão de trigo de Jesus morreu, 
Ressuscitou na comunidade que acreditou n’Ele, 
E continua a ressuscitar nas pessoas que O seguem. 
É uma profunda lição para o nosso “apostolado”, 
O nosso anúncio de Jesus: 
Semear-se, sem espetáculos, falando pouco 
e atuando sempre segundo o evangelho. 
A colheita é assunto de Deus; o nosso é semear.

                                                             José Enrique Ruiz de Galarreta



Acção de Graças e Despedida










Foi celebrada na passada quinta-feira, dia 10, uma Eucaristia de Acção Graças e despedida do padre Hermínio Vitorino. Foi presidida por ele e concelebrada pelos Padres José Augusto Sousa e Manuel Vaz Pato.
Estiverem presentes muitos paroquianos, elementos dos grupos que têm sido por ele acompanhados e ainda muitos amigos, que encheram  a Igreja  para agradecer a Deus pelo seu trabalho e dedicação.
Os Escuteiros animaram a celebração com a sua presença e os seus cânticos, bem preparados e adequados ao momento que se vivia.
Na oferta simples de um pequeno ramo de flores, procurámos expressar a nossa gratidão, por estes quase cinco anos de serviço e dedicação à nossa comunidade Paroquial, bem como os sinais do amor de Deus que deixa em cada um nós.
Rezámos juntos associando-nos ao envio do Padre Hermínio para a nova missão que lhe é confiada e a todas as suas intenções. 
No final da Celebração houve ainda oportunidade de saudar e cumprimentar o Pároco que se despede para abraçar a nova missão, que o levará para a Paróquia da Charneca da Caparica - Pragal.

Seguiu-se um jantar convívio/partilhado, e houve emoção, alegria, esperança e muita amizade entre todos.