“Vinde, retiremo-nos para um lugar solitário,
e descansai um pouco” (Mc.6,31)
Jesus, olha à sua volta e vê, sente as carências das pessoas, necessidades inerentes a todo o ser
humano: Buscar e encontrar o tempo para parar da agitação do dia-a-dia, o lugar
do descanso e da beleza escondida, porque “invisível aos olhos…” Assim, com
simplicidade convida-os a descansar n’Ele e com Ele.
Em contacto com o nosso
eu profundo, encontramos a PAZ e readquirimos a força para continuar o caminho... e assim, podemos rezar com confiança:
Dá-nos, Senhor
Dá-nos,
Senhor,
depois de todas as fadigas
um tempo verdadeiro de paz.
depois de todas as fadigas
um tempo verdadeiro de paz.
Dá-nos,
depois de tantas palavras
o dom do silêncio
que purifica e recria.
depois de tantas palavras
o dom do silêncio
que purifica e recria.
Dá-nos,
depois das insatisfações que travam
a alegria como um barco nítido.
depois das insatisfações que travam
a alegria como um barco nítido.
Dá-nos,
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
a possibilidade de viver sem pressa,
deslumbrados com a surpresa
que os dias trazem pela mão.
Dá-nos
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
a capacidade de viver de olhos abertos,
de viver intensamente.
Dá-nos
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
de novo a graça do canto,
do assobio que imita
a felicidade aérea
dos pássaros,
das imagens reencontradas,
do riso partilhado.
Dá-nos
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
a força de impedir que a dura necessidade
esmague em nós o desejo
e a espuma branca dos sonhos
se dissipe.
Faz-nos peregrinos que no visível
escutam a melodia secreta
do invisível.
escutam a melodia secreta
do invisível.
José Tolentino Mendonça
Foto: Ericeira
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