Ano da Fé
Fé,
Esperança e Caridade são as três virtudes teologais. O nome deriva do facto de
terem o fundamento em Deus, de se referirem imediatamente a Deus e de serem, para
nós, o caminho pelo qual atingimos Deus directamente (ver Youcat, 305). Bento XVI já lhes dedicou duas encíclicas: “Deus caritas est” (Deus é amor), em 2005,
e “Spes salvi” (Salvos na esperança),
em 2007. Agora, proclamou um Ano da Fé que, começando a 11 de
Outubro de 2012 (dia do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II), se
prolonga até 24 de Novembro de 2013, festa de Cristo Rei. O acontecimento
inicial deste Ano é o Sínodo dos Bispos (de 7 a 28 de Outubro
de 2012) com o tema “A
nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
O Sínodo foi estabelecido depois do Concílio
Vaticano II como uma assembleia de representantes dos Bispos católicos do mundo
inteiro, com a função de aconselhar o Papa em relação ao governo da Igreja
universal. Nas palavras de João Paulo II, o Sínodo é “uma expressão
particularmente frutuosa e um instrumento da colegialidade episcopal”. Tratando-se
de uma instituição de caracter permanente, só reúne e actua, no entanto, quando
o Papa considera oportuno consultar o episcopado por este meio.
Bento XVI
tem frequentemente mostrado grande preocupação pela secularização da nossa
civilização, muito particularmente nos países de longa tradição cristã. A nova evangelização não aponta para um
novo Evangelho. Será nova na busca de modalidades de expressão adequadas aos
tempos actuais; será nova porque dirigida de preferência aos países que
receberam, há séculos, o anúncio do Evangelho; será nova, sobretudo, se
resultar de uma renovada abertura interior dos cristãos à acção do Espírito na
Igreja. Num contexto social em que a convicção religiosa tende a ser relegada
para a esfera do privado, o esforço da nova
evangelização deve começar pela coragem dos crentes em não esconder a sua
FÉ.
P. Manuel Vaz Pato, sj
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