segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Quaresma - II Domingo C



“Jesus tomou Pedro, Tiago e João e subiu a um monte para orar.” (Lc 9,28)

O Evangelho de S. Lucas coloca a oração no centro do ministério de Jesus. Gosto de pensar que este é o Jesus humano que se mantém em contacto com o Seu Pai – no momento do seu batismo, antes de selecionar os apóstolos, antes da crucificação e noutros momentos chave quando estavam para ser tomadas decisões fundamentais.
A minha organização, a CAFOD, acredita muito que a oração é uma parte essencial da nossa missão.
Muitos dos que apoiam o nosso trabalho em prol da justiça social são como eu – impacientes, ativistas, por vezes zangados e acusadores. Por vezes, sentimos que tudo vai mudar através das nossas ações. Que arrogância da nossa parte! É um pouco como Pedro no cimo do monte precipitando-se a construir tendas e a pensar que era isso o que Deus queria, que essa era a única mudança necessária.
A oração requer espaço para reflexão e discernimento. Isto permite-nos reconhecer o dom da graça: que nada pode acontecer sem Deus e que tudo é possível com Ele.
Chris Bain
Presidente da CIDSE (Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade) e líder da CAFOD,
agência correspondente à FEC em Inglaterra e no País de Gales, mandatada pelos Bispos
para lutar contra a pobreza e a injustiça em nome da comunidade católica.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Quaresma - I Domingo C



A FOME DE ISRAEL, A NOSSA FOME E A FOME DE JESUS
Deus poderá pôr-nos a mesa no deserto da nossa vida e matar a nossa fome com um alimento saboroso e que dure para sempre? Era esta a pergunta do Povo de Israel, faminto como estava, quando deambulava pelo deserto do Sinai e também a nossa pergunta, quando vegetamos em solidão pela vida fora, famintos de felicidade. Na prática, tanto a pergunta do Povo de Israel, como a nossa pergunta traduz-se no seguinte: Deus está verdadeiramente connosco, é nosso amigo, quando submetidos à provação, ao sofrimento? Israel duvidou de Deus e nós também duvidamos, quando nos sentimos provados. É a nossa fé posta à prova, que não vê, por vezes, uma porta que se abra ou uma luz no fundo do túnel. E, como é importante, nesses momentos de crise, que a nossa fé não vacile!...; que não desconfiemos de Deus, mas que acreditemos n´Ele que sempre nos cobre, e acarinha com o seu amor, na tempestade e nas ondas encapeladas dos maremotos? Só Ele matou a fome aos Israelitas com o maná, no interior do deserto. Só Ele pôs a mesa a Seu Filho Jesus no deserto, como se diz no Evangelho de hoje e o alimentou com um pão especial, o da flor da farinha e com o mel do rochedo, como se diz no livro da Sabedoria. E somente Ele nos porá também a nós a mesa da Palavra e do Pão. Mas, como é que isto é possível?

A ÁRVORE DA VIDA E A ÁRVORE DO CONHECIMENTO
         Duas Árvores plantadas no meio do Jardim do Eden como, se diz hoje na primeira leitura. Para qual das árvores, estendemos as mãos para delas colhermos os frutos e podermos matar a fome?... Para que Deus possa continuar a caminhar connosco no paraíso da vida, temos que estender as mãos à árvore de vida e dela colhermos os seus saborosos frutos. Escolher a árvore do conhecimento, seria desafiar a Deus como fez Adão e Eva. Jesus, no deserto, escolheu a árvore da vida: nem só de Pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus!... A Palavra que sai da boca de Deus é Palavra encarnada de Deus, Jesus Cristo Encarnado levantado no meio dos homens, como o contemplamos no Natal e a atrair-nos desde a árvore da Cruz para ser pão imolado para sempre, o verdadeiro Pão da Vida.

A ÚNICA ÁRVORE

Na Paixão, a árvore do conhecimento e a árvore da vida reduzem-se apenas a uma única árvore, a árvore da cruz. A árvore da cruz é árvore do conhecimento, porque, como diz Paulo, é o único livro aberto e a única sabedoria, onde se revela o amor de Deus para connosco. Mas, a árvore da cruz é também árvore da vida, porque, do lado aberto do Senhor, saiu sangue e água, os sacramentos do Baptismo e da Eucaristia, o Pão da Vida que nos mata a fome para sempre. Na árvore da cruz, Deus é Sabedoria para aqueles que creem e entrega-se a nós como Alimento e Bebida. O Pão e o Vinho para o peregrino que empreende o caminho nesta Quaresma até à Cruz e à Glória da ressurreição!...
Que importância se dá, na vida das vossas comunidades e dos fiéis à celebração da Eucaristia? Como é a frequência na participação da Santa Missa aos Domingos? Por ocasião das grandes festas do Ano Litúrgico?
                                                                                  
P. José Augusto Alves de Sousa, SJ



sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2013


MENSAGEM
Crer na caridade suscita caridade 
"Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele"
(1 Jo 4, 16) 


Queridos irmãos e irmãs! 
A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da ação do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.

1. A fé como resposta ao amor de Deus

Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade. Partindo duma afirmação fundamental do apóstolo João: "Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele" (1 Jo 4, 16), recordava que, "no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um 'mandamento', mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro" (Deus caritas est, 1). A fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e "apaixonado" que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: "O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no ato globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está 'concluído' e completado" (ibid., 17). Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os "agentes da caridade", a necessidade da fé, daquele "encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor" (ibid., 31). O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor - "caritas Christi urget nos" (2 Cor 5, 14) - , está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo (cf. ibid., 33). Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus."A fé mostra-nos o Deus que entregou o seu Filho por nós e assim gera em nós a certeza vitoriosa de que isto é mesmo verdade: Deus é amor! (...) A fé, que toma consciência do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz – fundamentalmente, a única - que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir" (ibid., 39). Tudo isto nos faz compreender como o procedimento principal que distingue os cristãos é precisamente "o amor fundado sobre a fé e por ela plasmado" (ibid., 7).

2. A caridade como vida na fé 

Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o "sim" da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20). 
Quando damos espaço ao amor de Deus, tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade. Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma "fé que atua pelo amor" (Gl 5, 6) e Ele vem habitar em nós (cf. 1 Jo 4, 12). 

A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é "caminhar" na verdade (cf. Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30).

3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade 

À luz de quanto foi dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas, e seria errado ver entre elas um contraste ou uma "dialética". Na realidade, se, por um lado, é redutiva a posição de quem acentua de tal maneira o carácter prioritário e decisivo da fé que acaba por subestimar ou quase desprezar as obras concretas da caridade reduzindo-a a um genérico humanitarismo, por outro é igualmente redutivo defender uma exagerada supremacia da caridade e sua operatividade, pensando que as obras substituem a fé. Para uma vida espiritual sã, é necessário evitar tanto o fideísmo como o ativismo moralista.

A existência cristã consiste num contínuo subir ao monte do encontro com Deus e depois voltar a descer, trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus. Na Sagrada Escritura, vemos como o zelo dos Apóstolos pelo anúncio do Evangelho, que suscita a fé, está estreitamente ligado com a amorosa solicitude pelo serviço dos pobres (cf. At 6, 1-4). Na Igreja, devem coexistir e integrar-se contemplação e ação, de certa forma simbolizadas nas figuras evangélicas das irmãs Maria e Marta (cf. Lc 10, 38-42). A prioridade cabe sempre à relação com Deus, e a verdadeira partilha evangélica deve radicar-se na fé (cf. Catequese na Audiência geral de 25 de Abril de 2012). De fato, por vezes tende-se a circunscrever a palavra "caridade" à solidariedade ou à mera ajuda humanitária; é importante recordar, ao invés, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o "serviço da Palavra". Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana. Como escreveu o Servo de Deus Papa Paulo VI, na Encíclica Populorum progressio, o anúncio de Cristo é o primeiro e principal fator de desenvolvimento (cf. n. 16). A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem (cf. Enc. Caritas in veritate, 8).

Essencialmente, tudo parte do Amor e tende para o Amor. O amor gratuito de Deus é-nos dado a conhecer por meio do anúncio do Evangelho. Se o acolhermos com fé, recebemos aquele primeiro e indispensável contato com o divino que é capaz de nos fazer "enamorar do Amor", para depois habitar e crescer neste Amor e comunicá-lo com alegria aos outros.

A propósito da relação entre fé e obras de caridade, há um texto na Carta de São Paulo aos Efésios que a resume talvez do melhor modo: "É pela graça que estais salvos, por meio da fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque nós fomos feitos por Ele, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas ações que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos" (2, 8-10). Daqui se deduz que toda a iniciativa salvífica vem de Deus, da sua graça, do seu perdão acolhido na fé; mas tal iniciativa, longe de limitar a nossa liberdade e responsabilidade, torna-as mais autênticas e orienta-as para as obras da caridade. Estas não são fruto principalmente do esforço humano, de que vangloriar-se, mas nascem da própria fé, brotam da graça que Deus oferece em abundância. Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos: estas duas virtudes implicam-se mutuamente. A Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola.

4. Prioridade da fé, primazia da caridade 

Como todo o dom de Deus, a fé e a caridade remetem para a ação do mesmo e único Espírito Santo (cf. 1 Cor 13), aquele Espírito que em nós clama:"Abbá! – Pai!" (Gl 4, 6), e que nos faz dizer: "Jesus é Senhor!" (1 Cor 12, 3) e "Maranatha! – Vem, Senhor!" (1 Cor 16, 22; Ap 22, 20). 

Enquanto dom e resposta, a fé faz-nos conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado, adesão plena e perfeita à vontade do Pai e infinita misericórdia divina para com o próximo; a fé radica no coração e na mente a firme convicção de que precisamente este Amor é a única realidade vitoriosa sobre o mal e a morte. A fé convida-nos a olhar o futuro com a virtude da esperança, na expectativa confiante de que a vitória do amor de Cristo chegue à sua plenitude. Por sua vez, a caridade faz-nos entrar no amor de Deus manifestado em Cristo, faz-nos aderir de modo pessoal e existencial à doação total e sem reservas de Jesus ao Pai e aos irmãos. Infundindo em nós a caridade, o Espírito Santo torna-nos participantes da dedicação própria de Jesus: filial em relação a Deus e fraterna em relação a cada ser humano (cf. Rm 5, 5).

A relação entre estas duas virtudes é análoga à que existe entre dois sacramentos fundamentais da Igreja: o Batismo e a Eucaristia. O Batismo (sacramentum fidei) precede a Eucaristia (sacramentum caritatis), mas está orientado para ela, que constitui a plenitude do caminho cristão. De maneira análoga, a fé precede a caridade, mas só se revela genuína se for coroada por ela. Tudo inicia do acolhimento humilde da fé ("saber-se amado por Deus"), mas deve chegar à verdade da caridade ("saber amar a Deus e ao próximo"), que permanece para sempre, como coroamento de todas as virtudes (cf. 1 Cor 13, 13). 

Caríssimos irmãos e irmãs, neste tempo de Quaresma, em que nos preparamos para celebrar o evento da Cruz e da Ressurreição, no qual o Amor de Deus redimiu o mundo e iluminou a história, desejo a todos vós que vivais este tempo precioso reavivando a fé em Jesus Cristo, para entrar no seu próprio circuito de amor ao Pai e a cada irmão e irmã que encontramos na nossa vida. Por isto elevo a minha oração a Deus, enquanto invoco sobre cada um e sobre cada comunidade a Bênção do Senhor! 


Vaticano, 15 de Outubro de 2012 





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quaresma - Celebrações


Missas 

11:00 H e 19:15 H 


Oração para jovens 

18:15 H



domingo, 10 de fevereiro de 2013

V DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C

O nada de uma noite de cansaço e a abundância das redes lançadas 
em nome de Jesus…


Deus chama-nos e convoca-nos pela suavidade da Sua presença. Olhemos para Pedro que é chamado agora a ser pescador de homens,
Como homens e mulheres, todos somos convocados para a vida. Somos um acto de chamamento pela Palavra de alguém. O que seríamos sem isso? O que seria eu se ninguém me tivesse chamado à vida e criado? 
A existência é o chamamento maior, a palavra foi-nos dada para que a dirijamos aos outros. Como estou a fazer brotar esta vida que me foi dada? O que estou a fazer com este dom que me foi dado?

Hoje todos somos convocados/chamados, para o anúncio do reino. O profeta Isaías chamado a ser evangelizador considera-se um homem de lábios impuros. Diante da grandeza daquele que nos chama sentimos a pequenez.
Quem sou eu para falar em nome de Deus? Mas o anjo vem ao seu encontro e diz-lhe: “sou eu que te purifico para que possas falar em nome de Deus.” O mesmo diz a Nicodemos… “quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”! E a Pedro: Não digas que não sabes pescar! …
Deus toca-nos e purifica-nos, torna-nos aptos para o anúncio da Palavra. Santo Inácio de Loiola, coxo, doente… na sua debilidade é chamado. Sim, na pequenez do que somos, podemos ser tocados pelo carvão de Deus. Não há nada maior do que ser-se enviado. Adquire-se a liberdade porque não precisamos de qualquer estatuto ou apresentação especial. 

Assim a grandeza do enviado está Naquele que o envia. Se houver êxitos não ficará inchado, se não obtiver também não ficará deprimido. É livre, a força é-lhe dada por um outro.
Porque é que muitas vezes não pescamos nada? Andamos toda a noite e não pescamos nem um único peixe? Será que vamos em nosso nome?
Jesus diz-nos hoje a nós: lança as redes novamente mas não em teu nome! Só com os teus meios, não pescarás nada. Em teu nome lançarei as redes… se vierem cheias ficarei contente, se vierem com um só peixe também ficarei feliz.
O nada de uma noite de cansaço e a abundância das redes lançadas em nome de Jesus…
E a Pedro diz ainda: Em meu nome serás pescador de homens! O peso em nome de Jesus será leve, será Missão em nome do Senhor e instrumento do Seu espírito. Tudo muda porque o que faz sentido vem de outro e não de mim.

Porque andamos muitas vezes tão cansados? Não andaremos a pescar em nome próprio?
Vale a pena lançar as redes! Tenhamos a coragem de ouvir novamente a Palavra do Senhor… A força virá de nos sentirmos chamados. Que tudo seja feito em nome do Senhor e a nossa vida será mais fecunda porque Ele a purifica.
Peçamos a graça de podermos aprender a escutar, para podermos aprender a responder e IR EM NOME DO SENHOR. 


(notas da homilia do P. José Frazão, sj - por Alice Matos)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013