segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A Espiritualidade Inaciana como inspiração

 ENCONTROS COM A ESPIRITUALIDADE INACIANA


Tudo pode causar “admiração e encantamento”. Como não se extasiar diante da majestade da Criação?
Para S. Inácio, tudo está “amorizado”, ou seja, cheio de Amor, tudo está “cristificado” e cheio de sentido. O cosmos abria para ele um espaço de “totalidade”, onde a graça de Deus, depois de consolá-lo, enchia sua existência de um desejo sempre maior de servir a Deus e ao próximo.

“A maior consolação que descobrira então era contemplar o céu e as estrelas. Fazia-o muitas vezes e por muito  tempo, porque com isto sentia em si um muito grande esforço para servir a Nosso Senhor” (Autobiografia nº 11).

Pe. Renato, SJ 
Ciclo de Espiritualidade - Manaus



domingo, 23 de fevereiro de 2014

VII Domingo Comum - A

Um coração que aprende a amar os inimigos

Arco-íris (det.)

William Turne
Ouviste o que foi dito: olho por olho... Mas eu digo-te, se alguém te bate na face direita, dá-lhe a outra; desarma-te, não inspires o medo, mostra que não tens nada a defender, e o outro compreenderá o absurdo de ser teu inimigo.
Dá-lhe a outra face; não a passividade doentia de quem tem medo, mas uma iniciativa decidida: reata tu a relação, dá tu o primeiro passo, perdoa, recomeça, volta a coser corajosamente o tecido da vida, continuamente rasgado.
O cristianismo não é uma religião de servos que se mortificam, humilham e não reagem; não é «a moral dos fracos que nega a alegria de viver» (Nietzsche).
O cristianismo é a religião dos reis, dos homens totalmente livres, senhores das próprias escolhas diante do mal, capazes de neutralizar a espiral da vingança e inventar reações novas através da criatividade do amor, que não paga com a mesma moeda, que desconstrói as regras e traz felicidade.
Amarás o próximo e odiarás o teu inimigo. Mas eu digo-te: ama o teu inimigo. Jesus pretende eliminar o próprio conceito de inimigo. Violência produz violência, como uma cadeia infinita. Ele escolhe interrompê-la. Pede-me para não replicar nos outros aquilo que sofri. É assim que me liberto. Todo o Evangelho passa por aqui: amai-vos, porque de outra forma sereis destruídos.
Sê perfeito como o Pai, sê santo porque Eu, o Senhor, sou santo. Santidade, perfeição, palavras que parecem distantes, destinadas a pessoas que fazem outra vida, dedicada à oração e à contemplação. E no entanto são palavras muito concretas: «não odiarás do íntimo do coração os teus irmão», não «guardarás rancor», «amarás o teu próximo como a ti mesmo» (Levítico 19, 17-18, primeira leitura de Domingo).
A concretude da santidade: nada de abstrato, distante, separado, mas o quotidiano, santidade terrestre como perfume da casa, do pão, dos gestos. E do coração. Sê perfeito como o Pai. Mas ninguém poderá alguma vez sê-lo, é como se Jesus nos pedisse o impossível.  Mas não diz «quanto Deus», mas «como Deus», que faz nascer o sol sobre bons e maus.
Assim o farei, farei nascer um pouco de sol, um pouco de esperança, um pouco de luz a quem só tem a escuridão diante de si; transmitirei o calor da ternura, a energia da solidariedade. Testemunho de que a justiça é possível, que se pode crer no sol mesmo quando não brilha, no amor mesmo quando não se sente.
E tudo isto porque és filho do teu Pai celeste, que faz nascer o sol sobre bons e maus. Do Pai aos filhos: é como uma transmissão da herança, uma herança de comportamentos, de afetos, de valores, de força.
É um desejo que dirijo a cada criança que batizo, quando o pai acende a vela no círio pascal: que possas encontrar sempre, nos teus dias, quem saiba despertar em ti a aurora. Quantas vezes vi nascer o sol nos olhos de uma pessoa: uma escuta feita com o coração, uma ajuda concreta, um abraço verdadeiro.
Ama os teus inimigos. Faz nascer o sol no seu céu; que não nasça frieza, condenação, recusa, medo. Podes fazê-lo, mesmo que pareça impossível. "Podes", e não "deves".
Podes amar até os inimigos, podes fazer o impossível, Eu dar-te-ei essa capacidade se o desejares, se mo pedires, e então continuarás no caminho da mudança interior, de te conformares ao Pai.
Agora compreendo: posso (poderei) amar como Deus! Ser-me-á dado um dia o próprio coração de Deus. De cada vez que peço «Dá-me um coração novo», estou a invocar poder ter um dia o coração de Deus, de me conformar aos mesmos sentimentos do coração de Deus.
Ao amar, sinto que me realizo, sinto que dar aos outros nada tira do que é meu, que no dom há grande ganho, torna a minha vida plena, rica, bela, feliz. Dar aos outros não se opõe ao meu desejo de felicidade, porque amor ao próximo e amor a si mesmo não são atitudes inconciliáveis, mas cruzam-se entre si. Deus dá alegria a quem gera amor.
É extraordinário: virá o dia em que o nosso coração, que tanto se cansou a aprender o amor, será o coração de Deus, e então seremos capazes de um amor eterno, que será a nossa alma, para sempre, e a alma do mundo.

Evangelho do VII Domingo do Tempo Comum
Recolha de textos do P. Ermes Ronchi
In Lachiesa.it



sábado, 22 de fevereiro de 2014

A Espiritualidade Inaciana como inspiração

                                    ENCONTROS COM A ESPIRITUALIDADE INACIANA



Para a pessoa que vive a experiência dos Exercícios, cada criatura torna-se uma irradiação de Deus, um lampejo do Absoluto, um recipiente onde se conservam gotas de transcendência. Cada vida, seja animal ou vegetal, é um cenário de manifestação de Deus.
Tudo fala de Deus, tudo manifesta e revela o seu Amor. Tudo pode ser lugar de encontro com Deus; tudo é “sacramento” de Deus (Deus nos fala a linguagem das coisas, das criaturas, dos acontecimentos, da festa...)
Pe. Renato, SJ 
Ciclo de Espiritualidade - Manaus

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A Espiritualidade Inaciana como inspiração

ENCONTROS COM A ESPIRITUALIDADE INACIANA

       “Ao ver uma planta, uma pequena erva, uma flor, uma fruta, um pequeno verme ou qualquer outro animal, S. Inácio contemplava e levantava os olhos aos céus,  penetrando no mais interior e no mais remoto dos sentidos”
         (P. Ribadeneira)

Evangelho do dia

Pieter Bruegel, o Velho

Marcos 8, 14-21
Naquele tempo, os discípulos esqueceram-se de arranjar comida e só tinham consigo um pão no barco. Então Jesus recomendou-lhes:
«Tende cuidado com o fermento dos fariseus e o fermento de Herodes».
Eles discutiam entre si, dizendo:
«Fala assim porque não temos pão».
Mas Jesus ouviu-os e disse-lhes:
«Porque estais a discutir que não tendes pão? Ainda não entendeis nem compreendeis? Tendes o coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, ouvidos e não ouvis? Não vos lembrais quantos cestos de bocados recolhestes, quando Eu parti os cinco pães para as cinco mil pessoas?».
Eles responderam:
«Doze».
«E quantos cestos de bocados recolhestes, quando reparti sete pães para as quatro mil pessoas?».
Eles responderam:
«Sete».
Disse-lhes então Jesus:
«Não entendeis ainda?».

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Evangelho do dia

Pieter Pietersz Lastman

Marcos 7, 24-30
Naquele tempo, Jesus dirigiu-se para a região de Tiro e Sidónia.
Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse. Mas não pôde passar despercebido, pois logo uma mulher, cuja filha tinha um espírito impuro, ao ouvir falar dele, veio prostrar-se a seus pés.
A mulher era pagã, sirofenícia de nascimento, e pediu-lhe que expulsasse o demónio de sua filha. Mas Jesus respondeu-lhe:
«Deixa primeiro que os filhos estejam saciados, pois não está certo tirar o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos».
Ela, porém, disse:
«Senhor, também é verdade que os cachorrinhos comem debaixo da mesa as migalhas das crianças».
Então Jesus respondeu-lhe:
«Dizes muito bem. Podes voltar para casa, porque o demónio já saiu da tua filha».
Ela voltou para casa e encontrou a criança deitada na cama. O demónio tinha saído.

© SNPC - Evangelho das Imagens



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Evangelho do dia

Henri Matisse

Marcos 7, 14-23
Naquele tempo, Jesus chamou de novo para junto de si a multidão e disse-lhes:
«Escutai-me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça».
Quando Jesus, ao deixar a multidão, entrou em casa, os discípulos perguntaram-lhe o sentido da parábola. Ele respondeu-lhes:
«Vós também não entendestes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não pode torná-lo impuro, porque não entra no coração, mas no ventre, e depois vai parar à fossa?».
Assim, Jesus declarava puros todos os alimentos.
E continuou:

«O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior dos homens é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro».

© SNPC - Evangelho das Imagens

domingo, 9 de fevereiro de 2014

V Domingo do Tempo Comum


Ilumina e serás iluminado, cura e serás curado
«Vós sois o sal da terra ... Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens.» 
(Mateus 5, 13-16)

Jesus tinha acabado de proclamar o núcleo da sua mensagem, as bem-aventuranças, e acrescenta, dirigindo-se aos seus discípulos e a nós: se as viverdes, sereis sal e luz da terra.

Uma afirmação que surpreende: que Deus é a luz do mundo já o tínhamos ouvido, o Evangelho de João repetiu-o, e nós acreditamos; mas ouvir - e crer - que também o ser humano é luz, que o somos também eu e tu, com todos os nossos limites e sombras, é surpreendente.
E não se trata de uma exortação de Jesus, "esforçai-vos por vos tornardes luz", mas "sabei que já o sois". A lâmpada, se estiver acesa, não tem de se esforçar por dar luz, porque é da sua natureza; assim também vós. A luz é o dom natural do discípulo.

É incrível a consideração, a confiança que Jesus comunica, a esperança que repõe em nós. E encoraja-nos a tomar consciência disso: não fiques na superfície de ti mesmo, na porosidade do barro, mas procura em profundidade, no reduto secreto do coração, desce ao centro de ti próprio e lá encontrarás uma lâmpada acesa, uma mão cheia de sal.
Vós que viveis segundo o Evangelho, sede luz no mundo. E sede-o não com a doutrina ou as palavras, mas com as obras: resplandeça a vossa luz nas vossas boas obras. Tu podes realizar obras de luz! E são as mansas, as puras, as justas e as pobres as obras alternativas às escolhas do mundo, a diferença evangélica oferecida à flor da vida.

Quando segues o amor como única regra, então és luz e sal para quem te encontra. Quando duas pessoas se amam, tornam-se luz na escuridão, lâmpada para os passos de muitos. Em qualquer lugar onde se quer o bem, é espalhado o sal que dá o bom sabor à vida.
Na primeira leitura, Isaías sugere a estrada onde a luz deve estar: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar».

Ilumina os outros e serás iluminado, cura os outros e serás curado. Não te curves sobre a tua história e sobre as tuas derrotas, mas ocupa-te da terra, da cidade do outro; senão nunca te tornarás um homem ou mulher radiosa. Quem olha só para si nunca se ilumina.
Então serás lâmpada sobre o candelabro, mas segundo a forma própria da luz, que não faz ruído e não violenta as coisas. Acaricia-as e faz emergir o belo que existe nelas. Assim também «nós do Evangelho» somos pessoas que a cada dia acariciamos a vida e revelamos a sua beleza oculta.

P. Ermes Ronchi
In Lachiesa.it
Trad.: SNPC/rjm
 





sábado, 8 de fevereiro de 2014

Evangelho do dia

Ivan Shishkin

Naquele tempo, os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Então Jesus disse-lhes:
«Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco».
De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer.
Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá primeiro que eles.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Evangelho do dia

                                                                                                   James Tissot

Marcos 5, 1-20
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram ao outro lado do mar, à região dos gerasenos.
Logo que Ele desembarcou, saiu ao seu encontro, dos túmulos onde morava, um homem possesso de um espírito impuro. Já ninguém conseguia prendê-lo, nem sequer com correntes, pois estivera preso muitas vezes com grilhões e cadeias e ele despedaçava os grilhões e quebrava as cadeias. Ninguém era capaz de dominá-lo. Andava sempre, de dia e de noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras.
Ao ver Jesus de longe, correu a prostrar-se diante dele e disse, clamando em alta voz:
«Que tens a ver comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes».
Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito impuro, sai desse homem».
E perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?».
Ele respondeu: «O meu nome é "Legião", porque somos muitos».
E suplicava instantemente que não os expulsasse daquela região.
Ora, ali junto do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os espíritos impuros pediram a Jesus:
«Manda-nos para os porcos e entraremos neles».
Jesus consentiu.
Então os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. A vara, que era de cerca de dois mil, lançou-se ao mar, do precipício abaixo, e os porcos afogaram-se.
Os guardadores fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos; e, de lá, vieram ver o que tinha acontecido.
Ao chegarem junto de Jesus, viram, sentado e em perfeito juízo, o possesso que tinha tido a legião; e ficaram cheios de medo. Os que tinham visto narraram o que havia acontecido ao possesso e o que se passara com os porcos. Então pediram a Jesus que se retirasse do seu território.
Quando Ele ia a subir para o barco, o homem que tinha sido possesso pediu-lhe que o deixasse ir com Ele. Jesus não lho permitiu, mas disse-lhe:
«Vai para casa, para junto dos teus, conta-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti».
Então ele foi-se embora e começou a apregoar na Decápole o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

© SNPC - Evangelho das Imagens

Concílio Vaticano II



domingo, 2 de fevereiro de 2014

Evangelho do dia

                                                                                          Andrei Rublev
Lucas 2, 22-40
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor.
Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito.
Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-o em seus braços e bendisse a Deus, exclamando:
«Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo».
O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que dele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe:
«Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Havia também uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o Menino crescia e tornava-se robusto, enchendo-se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Evangelho do dia

                                                                                     Pieter Brueghel, o Jovem

Marcos 4, 35-41
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos:
«Passemos à outra margem do lago».
Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo na barca em que estava sentado. Iam com Ele outras embarcações.
Levantou-se então uma grande tormenta e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água. Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada.
Eles acordaram-no e disseram:
«Mestre, não te importas que pereçamos?».
Jesus levantou-se, falou ao vento imperiosamente e disse ao mar:
«Cala-te e está quieto».
O vento cessou e fez-se grande bonança. Depois disse aos discípulos:
«Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».
Eles ficaram cheios de temor e diziam uns para os outros:
«Quem é este homem, que até o vento e o mar lhe obedecem?».