terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tomada de posse do Padre Rafael Morão



A nossa paróquia acolheu com alegria o novo pároco, padre Rafael Morão, que tendo sido nomeado “in solidum” com o padre Manuel Vaz Pato, tomou posse na Eucaristia das 19h00 do passado sábado 27 de setembro.
A Celebração que foi presidida pelo Bispo da diocese D. Manuel Felício e concelebrada pelos padres Manuel Vaz Pato e José Augusto de Sousa. Teve a presença e participação de muitos paroquianos, do CNE - agrupamento XX e Fraternidade Nuno Álvares - de familiares e amigos. 
É com alegria e esperança que estou aqui, para caminhar convosco com a ajuda de Deus e de Maria nossa Mãe a quem me quero consagrar, tal como fiz no dia da minha ordenação sacerdotal nesta mesma Igreja. Conto também com a vossa ajuda. ”
Depois da homilia, o padre Rafael realizou a sua profissão de fé e juramento de fidelidade a Cristo e à Igreja, e no final foi lida e assinada da acta da tomada de posse.  
Terminada a cerimónia, o novo pároco foi cumprimentado por todos seguindo-se um jantar de confraternização nas instalações da paróquia, para o qual todos os presentes foram convidados.






domingo, 28 de setembro de 2014

Párocos "in solidum"



Pe. Manuel Vaz Pato, S.J.
Nasceu em 1940, em Oliveira do Hospital,
Entrou no Noviciado da Companhia de Jesus em Soutelo,
arredores de Braga, em Fevereiro de 1960.
Em 1972 foi ordenado Sacerdote na Igreja do Coração de Jesus, na Covilhã.
Foi nomeado Pároco coordenador "in solidum" de S. Pedro da Covilhã 
em 4 de setembro de 2011


Pe. Rafael Fernando de Melo e Castro Forjaz Morão, S.J.
Foi nomeado Pároco "in solidum" de S. Pedro da Covilhã 
e tomou posse em 27 de setembro de 2014

sábado, 27 de setembro de 2014

26º DOMINGO COMUM – A


As leituras deste Domingo 26º: Ezequiel 18,25-28, Filipenses 2,1-11 e Mateus 21,18-32, proporcionaram-me a seguinte reflexão:

Não ao determinismo
Parece que os exilados em Babilónia, no tempo do Profeta Ezequiel, viviam sob um determinismo como nos relata a primeira leitura deste Domingo (Ez.18,25-28). “Os nossos Pais, dizem, comeram as uvas verdes e nós, seus filhos, é que ficamos com os dentes embotados” (Ez.18,2). Mas não é assim, como pensam os exilados e Babilónia e nós, juntamente com eles, em determinadas situações da vida, quando nos são adversas. Não, não é assim, não vivemos sob um determinismo, sob o peso do irreversível!.. Não vivemos amarrados a um destino inexorável: os nossos antepassados pecaram e nós, os seus filhos, somos tratados como culpados ou então: se nós, os filhos pecamos, os nossos antepassados carregam o nosso pecado. O profeta Ezequiel responde não e explica porquê: em primeiro lugar, que há, de facto, consequências do pecado que nos atingem, mas que nós não temos que viver “atenazados” por actos que não seriam os nossos. Ele diz-nos até que o nosso passado não nos liga e que também a nossa justiça de ontem não é um título de que nos possamos valer, hoje. Como o maná, a nossa justiça não nos serve senão por um dia. Porquê? Porque somos sempre livres para fazer o bem, mas também para praticar o mal. O nosso mau viver do passado não se amarra a nós indefinidamente, mas sempre é possível arrotear caminho e entrar pela porta da salvação. Não digamos, pois, como os exilados de Babilónia, “isto não muda”, abandonando-nos a um determinismo sem retorno, mas levantemos cabeça e digamos, sem nunca desistir: é possível vencer o mal; somos sempre livres para nos libertarmos do pecado e começar uma vida nova. Atiremos para trás das costas com este raciocínio maléfico: ”isto não muda”; “isto é fatal”. Vivamos a realidade mais profunda do nosso ser: somos sempre livres, responsáveis e podemos andar no bom sentido e não em contra mão. Depende de nós. Este texto de Ezequiel é uma defesa da nossa liberdade e um convite à esperança: “E porque morreis vós, casa de Israel?” (Ez.18,31); “escolhei a vida e vivereis” (Dt.3,19)
E os dois filhos de que nos fala o Evangelho de hoje. Qual é o primeiro filho? Qual é o segundo?
Estamos no tempo das vindimas e um pai pede aos seus dois filhos que ajudem a colher as uvas. Parece, desde logo, evidente que o primeiro filho, aquele que disse não, que andava arredado do campo do Reino, acabaria por não ir para a vinha, mas foi. Entendeu o Evangelho! E o segundo filho será verdadeiramente o judeu que segue o caminho inverso? Disse que sim: “Meu Pai, vou” e, depois, não foi e acabou por não acolher o Evangelho e, quem diz o Evangelho, diz Cristo. Historicamente poderá ser essa a interpretação da parábola. Porém, quando Cristo fala do binómio sacerdotes e os notáveis do povo e os publicanos e mulheres de má vida, a interpretação pode ser outra. Os publicanos e mulheres de má vida, os marginalizados em relação ao Reino, gentes que não contam, parece serem os primeiros, porque abriram o coração ao ensinamento de João Baptista e de Jesus. Pelo contrário, os que representam a elite, sacerdotes e notáveis do povo, disseram não. E o que quererá dizer Jesus com tudo isto? Quer dizer-nos certamente que não conta o nosso estatuto social para abraçarmos o Reino, nem o nosso valor, nem o nosso prestígio. São certamente credenciais importantes e que devem ser tidas em consideração, mas que finalmente não são absolutamente necessárias para entrar no Reino de amor, na vinha do Pai… De facto, historicamente, parece que quem foi chamado primeiro e aceitou o convite foi Israel e que os não israelitas, os pagãos, recusaram o convite. Mas eis que, agora, os pagãos (gregos, romanos, todos os homens de tribos e línguas diversas) e, também nós, nos “convertemos” e entramos na vinha do Senhor. Mas entremos com humildade e nunca esqueçamos que é Israel (Maria, Pedro, Tiago, João, Paulo e outros judeus…) que acolheram os pagãos e nós, com eles, no Novo Povo de Deus, na vinha do Senhor… E oxalá que agora pelo tempo das vindimas não deixemos de saborear o doce mel das uvas e depois, o mosto e, pelo S. Martinho, ir à adega e provar o vinho. “Tu afinal, guardaste o melhor vinha até agora!” (Jo.2,12).
Nota para bem da interpretação do texto: Nele não se diz que os sacerdotes do Templo e os notáveis de Israel não entram no Reino, na Vinha para saborearem connosco os seus saborosos frutos. Diz-se tão só e apenas que eles são precedidos pelos seres de desejo (publicanos, mulheres de má vida, Israelitas e outros…) que saem de si próprios e se deslocam para saborearem o vinho novo e se encontrarem com o Amor gratuito. “Quem tem ouvidos para ouvir, que oiça!..”

P. José Augusto de Sousa, sj

domingo, 21 de setembro de 2014

XXV Domingo do Tempo Comum


O CUIDADO DA VINHA
Um senhor que sai durante todo o dia enfrentando o calor do sol, somente pelo grande cuidada que tem da sua vinha.
Sai pelas 9 horas, pelo meio-dia, pelo fim do dia. O Povo da Israel é a vinha do Senhor. O novo povo de Deus, a Igreja, é a vinha do Senhor. Eu sou a vinha do senhor. E que cuidado tem o Senhor por mim!..
No momento em que o Evangelho vai irradiando e lançando raízes no mundo não judaico, os pagãos entram no campo longamente cultivado por Israel e os judeus admiram-se. Afinal, nós somos os trabalhadores da primeira hora, eles vieram depois de nós e agora são os mais bem pagos!

DESLOCAR O OLHAR
Não eu e eles, mas tu e eu. Tu segue-me porque o que se passa entre mim e Pedro não é da tua competência O perigo é fazer-se a comparação: eu e eles. O mestre da vinha nesta perspectiva é classificado injusto. Mas a parábola convida-mos a lançarmos o nosso olhar sobre uma outra relação: Tu e eu. É o que o Pai diz ao filho mais velho: Tu sempre estiveste comigo e o que é meu é teu... Mas este teu irmão... Ou então: Senhor que será feito deste? Não é contigo: tu segue-me! O que se passa entre Deus e os nossos irmãos, não é connosco. Connosco é o que se passa entre Deus e nós.
Mas é também uma graça poder levar o peso do dia com Deus.

A INVEJA E O LOUVOR
A inveja leva à tristeza porque o outro tem e não tenho. O olhar torna-se mau porque Deus é bom O contrário da inveja é o louvor. O louvor é um verdadeiro sacrifício (sacrifício de louvor)

A JUSTIÇA DE DEUS  
Não é a nossa justiça, a Sua lógica não é a nossa lógica, nós que desejamos, mesmo que não façamos sempre, que cada um receba o que lhe é devido. S. Paulo dia aos Romanos: 5,20 “onde abundou o pecado superabundou a graça”. Deus não nos ama porque somos bons, mas nós somos bons, tornados bons porque Deus nos ama.
O dom de Deus não se mede pelos nossos valores. O dom de Deus mede-se pelo amor que vem dele e que deixamos passar através de nós para atingir os nossos irmãos. Nós é que lhe fixamos a medida: “a medida com que medirdes ser-vos-á medida” (2Ped.1,4). O amor de Deus é total, ama-nos sem motivo nenhum para nos amar.

P. José Augusto Alves Sousa, sj


domingo, 7 de setembro de 2014