Ressurreição
Algumas considerações prévias à meditação dos textos do Domingo de Páscoa:
1. Não confundamos o que costumamos chamar a ressurreição de Lázaro com a Ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição de Lázaro não é senão a reanimação dum cadáver, a volta à vida. A Ressurreição de Cristo é a entrada numa vida completamento nova. Tudo se passa no “invisível”, num universo que escapa ao nosso tempo, pois ninguém viu Jesus a ressuscitar: A Ressurreição é um facto que transcenda a nossa história, mas nem por isso deixa de ser um facto real. Assim o querem revelar as Aparições que não são demonstrações, mas uma experiência única de fé concedida àqueles que estiveram com o Senhor, desde o Baptismo até à Morte e a algumas outras pessoas, entre elas, um grupo de mulheres. Os Apóstolos dão-se conta de que Jesus está vivo, depois de muitas hesitações, dúvidas, perplexidades, surpresas... Mas, quando têm a experiência de que o Senhor que eles amavam, estava vivo e estava com eles, nunca mais deixaram de o amar e todos deram a vida por ele. Antes, as portas aferrolhadas com medo dos Judeus, agora, escancararam-se e todos eles se tornam testemunhas deste facto: Jesus ressuscitou e é vida para nós. Este facto transforma radicalmente o coração do homem. Existem mártires no cristianismo, porque existe a Ressurreição de Cristo.
2. Não precisamos de fazer muitos raciocínios sobre a Ressurreição. Mas devemos estar conscientes de que a ressurreição não chega depois da morte, mas é uma realidade nova que começa hoje e aqui. Uma comparação imperfeita: assim como a borboleta deixa de ser crisálida e se torna uma linda borboleta (metamorfose), assim é preciso tempo para que o homem ressuscite, se desprenda da ganga da terra que o envolve e se torne um filho de Deus, um filho da luz. Saímos do nosso “eu biológico”, para nos tornarmos verdadeiros homens e mulheres e atingirmos a maturidade. Desde aqui e agora, acolhendo a Jesus ressuscitado, vamo-nos tornando verdadeiramente vivos.
3. Dois nascimentos: um biológico e outro é aquele de que nos fala Jesus: é preciso nascer do alto. Nascer do alto é a Ressurreição em Cristo.
4. A Ressurreição em nós é uma vida nova, uma vitória sobre as forças da morte, um dinamismo interior que nos faz ultrapassar qualquer desejo de posse ou domínio sobre o outro e transforma a nossa vida numa oblação contínua e numa entrega ao serviço gratuito. Quem acredita na Ressurreição não pode ter medo à morte biológica, porque esta se torna na Irmã Morte como cantava S. Francisco de Assis.
5. Encontrar o Cristo da Páscoa é já re-nascer e a libertação de tudo aquilo que nos escraviza, dos determinismos que nos abafam, uma vitória associada è vitória de Cristo vitorioso do mal. Aqui se joga o nosso futuro de homens livres e de verdadeiros filhos de Deus que querem fazer de suas vidas um santuário de luz de amor e de esperança para os homens do nosso tempo.
P. José Augusto Alves de Sousa, s.j.
Algumas considerações prévias à meditação dos textos do Domingo de Páscoa:
1. Não confundamos o que costumamos chamar a ressurreição de Lázaro com a Ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição de Lázaro não é senão a reanimação dum cadáver, a volta à vida. A Ressurreição de Cristo é a entrada numa vida completamento nova. Tudo se passa no “invisível”, num universo que escapa ao nosso tempo, pois ninguém viu Jesus a ressuscitar: A Ressurreição é um facto que transcenda a nossa história, mas nem por isso deixa de ser um facto real. Assim o querem revelar as Aparições que não são demonstrações, mas uma experiência única de fé concedida àqueles que estiveram com o Senhor, desde o Baptismo até à Morte e a algumas outras pessoas, entre elas, um grupo de mulheres. Os Apóstolos dão-se conta de que Jesus está vivo, depois de muitas hesitações, dúvidas, perplexidades, surpresas... Mas, quando têm a experiência de que o Senhor que eles amavam, estava vivo e estava com eles, nunca mais deixaram de o amar e todos deram a vida por ele. Antes, as portas aferrolhadas com medo dos Judeus, agora, escancararam-se e todos eles se tornam testemunhas deste facto: Jesus ressuscitou e é vida para nós. Este facto transforma radicalmente o coração do homem. Existem mártires no cristianismo, porque existe a Ressurreição de Cristo.
2. Não precisamos de fazer muitos raciocínios sobre a Ressurreição. Mas devemos estar conscientes de que a ressurreição não chega depois da morte, mas é uma realidade nova que começa hoje e aqui. Uma comparação imperfeita: assim como a borboleta deixa de ser crisálida e se torna uma linda borboleta (metamorfose), assim é preciso tempo para que o homem ressuscite, se desprenda da ganga da terra que o envolve e se torne um filho de Deus, um filho da luz. Saímos do nosso “eu biológico”, para nos tornarmos verdadeiros homens e mulheres e atingirmos a maturidade. Desde aqui e agora, acolhendo a Jesus ressuscitado, vamo-nos tornando verdadeiramente vivos.
3. Dois nascimentos: um biológico e outro é aquele de que nos fala Jesus: é preciso nascer do alto. Nascer do alto é a Ressurreição em Cristo.
4. A Ressurreição em nós é uma vida nova, uma vitória sobre as forças da morte, um dinamismo interior que nos faz ultrapassar qualquer desejo de posse ou domínio sobre o outro e transforma a nossa vida numa oblação contínua e numa entrega ao serviço gratuito. Quem acredita na Ressurreição não pode ter medo à morte biológica, porque esta se torna na Irmã Morte como cantava S. Francisco de Assis.
5. Encontrar o Cristo da Páscoa é já re-nascer e a libertação de tudo aquilo que nos escraviza, dos determinismos que nos abafam, uma vitória associada è vitória de Cristo vitorioso do mal. Aqui se joga o nosso futuro de homens livres e de verdadeiros filhos de Deus que querem fazer de suas vidas um santuário de luz de amor e de esperança para os homens do nosso tempo.
P. José Augusto Alves de Sousa, s.j.
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