domingo, 19 de setembro de 2010

XXIV Domingo do tempo Comum

O Administrador infiel

Esta Parábola deixa-nos baralhados. Como é que o Senhor pode admirar este Administrador desonesto, poderíamos até dizer, aldrabão? Com efeito, depois do relato em que há uma desonestidade flagrante, Jesus conclui, elogiando o Administrador, ou seja: “deve ser imitado”. Esperávamos uma conclusão diferente de Jesus em relação aos seus discípulos, isto é, Jesus devia dizer-lhes “não vos comporteis como este Administrador desonesto, matreiro, mas sede honestos”. Contudo, muita atenção: Jesus não aprova o que fez o Administrador mas elogia o modo como o fez. Mesmo assim, a parábola tem a sua dificuldade. Como se pode propor; como modelo, uma pessoa desonesta?
Antes de responder mais directamente a esta dificuldade, poderíamos enumerar este princípio que ressalta da leitura da Parábola: se Jesus elogia este administrador, não significa que está de acordo com o que ele fez. Interpretando a Parábola, confirma-se isso mesmo e, então, deveríamos chamar-lhe: a parábola do Administrador, astuto, espertalhão, em vez de infiel. O Administrados foi esperto, porque compreendeu no que devia apostar: não nos bens, ou seja, naquilo a que tinha direito pelo seu trabalho e diligência na administração dos bens que o senhor lhe havia confiado, mas em arranjar amigos. Com efeito, os devedores deviam 400, 200…ao seu senhor e ele tinha direito a 50 por cento, porque fez que os devedores pagassem a dívida. Mandou, por isso, que cada devedor entregasse só o que era devido ao senhor e ele renunciou ao que era seu e disse aos devedores para ficarem com ele. Por isso, merecia ser premiado. Mas ele renuncia ao prémio em favor dos devedores. Deixa, pois, que eles fiquem com o que lhe pertencia pelo seu trabalho e não o entregam ao seu senhor. A Parábola devia pois chamar-se o Intendente astuta, matreiro e não o Administrador infiel. E a conclusão é: Jesus quer fazer-nos compreender que os tratantes deste mundo, ou seja, os filhos deste mundo são mais espertos nas suas malvadezes do que os filhos da luz, isto é, do que nós próprios na nossa vida de fé e nos meios que utilizamos para a cultivar
Recapitulação da Parábola:
Não é possível dizermos aos cristãos que imitem este Administrador. A primeira coisa que há a dizer é que o Senhor não admira nele nem admite a desonestidade, mas a sua habilidade para gerir os negócios.
Não podemos servir a Deus e ao dinheiro, porque neste caso, seria fazer do dinheiro um equivalente a Deus, um ídolo. O dinheiro não é aquilo a que devemos servir, mas aquilo de que nos devemos servir para servir a Deus e aos Irmãos e para nosso bem: para arranjarmos amigos que nos recebam nas tendas eternas. Neste caso, vale a pena lutar para o adquirir.
Não devemos pôr a nossa confiança no dinheiro que é enganador Muitas vezes, confiamos no dinheiro para provarmos que somos alguma coisa na sociedade. Duvidamos que assim seja e por isso compramos o prestígio com o dinheiro. Ora, nós somos apenas alguma cosa confiados ao Amor que é Deus. Esta fé no Amor nos dá uma grande paz. “Tudo posso nAquele que me conforta”. “Nas tuas mãos entrego o meu espírito”. O dinheiro é bom, mas se não temos cuidado pode transformar-se num instrumento para explorarar os mais fracos, como se vê na leitura de Amós. Deus no Centro e tudo o resto é utilizado para nos conduzir a Ele.

P. José Augusto Alves de Sousa S.J.

domingo, 12 de setembro de 2010

AFTER BEN – “O Amanhã que nos espera”

Para aprofundar a visita que o Papa Bento XVI fez a Portugal os jesuítas (Padres e Irmãos) organizam um grande encontro de juventude intitulado “AfterBen”, ou seja, depois de Bento XVI.
A pastoral juvenil da Companhia de Jesus fez-se presente na visita do Papa Bento XVI em Lisboa e em Fátima através do Eu Acredito (movimento notável de comunhão eclesial entre Schoenstatt, as Equipas de Jovens de N. Senhora, a Pastoral Juvenil do Patriarcado e os Jesuítas) e na organização, através do Centro Universitário Creu-il, da vigília de oração prévia à missa com Papa no Porto.
À inesquecível visita do Papa, segue-se agora a vontade de conhecer e assimilar as suas palavras sábias e acutilantes e os seus gestos humildes e proféticos. Assim, seguindo o desejo do próprio Santo Padre “que a minha visita se torne num renovado incentivo apostólico”, reforçado posteriormente pelas palavras dos nossos Bispos, a pastoral juvenil dos jesuítas mete “mãos á obra” e convida todos os jovens que quiserem, em particular os que estão ligados à espiritualidade inaciana, a encontrarem-se no colégio de Cernache, perto de Coimbra, nos próximos dias 1, 2 e 3 de Outubro para inspirados pela visita do Santo Padre sonharem sem medo o futuro da Igreja e do mundo.

Assim, l a 3 de Outubro próximo terá lugar, no Colégio dos Jesuítas de Cernache – Coimbra, um Mega-Encontro de Jovens, dos 16 aos 30 anos, e intitula-se: "AfterBen" (depois de Bento XVI). Os jovens interessados em participar nesta actividade, devem contactar o Padre Hermínio Vitorino, (email: vitorino66@gmail.com) ou para a Paróquia, (telefone: 275 086 549) para que tudo se possa organizar e possamos estar presentes nesse grande encontro.

Mais informações e acesso ao programa, consulta o site: http://www.afterben.com

XXIV Domingo do tempo Comum



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

NATIVIDADE DA VIRGEM MARIA

Giovanni da Milano

Evangelho de S. Mateus 1,18-23

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela acção do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de David, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela acção do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está connosco”.


Hoje celebramos liturgicamente o nascimento de Maria de Nazaré, mãe de Jesus e nossa mãe. É uma oportunidade de agradecer o dom da vida e agradecer, de um modo particular, o dom de Maria de Nazaré pela qual veio ao mundo Jesus Cristo, Senhor dos vivos e dos mortos.
O nascimento de Maria foi motivo de esperança para o mundo inteiro: “Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da Sua beleza” (Liturgia Bizantina).
- Tenho consciência de que a Mãe de Jesus é também a minha mãe? Ela é a grande intercessora junto de Deus, porque Ele assim o quis.
Foi no momento de grande amor, na cruz, antes de morrer, que Jesus nos entregou a Sua mãe e nos entregou à Sua mãe.
“Não temas!” Diz o Anjo a José. Não temas diz-nos Deus a nós! Não temas porque o nosso Deus é um Deus atento às nossas necessidades e nos protege todos os dias e em todas as horas. Entrega-te tal como Maria e nada te perturbará nunca.
Convidamos cada pessoa a reler este Evangelho e a meditá-lo, deixando-se tocar e embalar pela ternura e beleza do Nascimento de Jesus. Que o Senhor derrube as barreiras e muros que fomos construindo ao longo dos anos e que nos impedem de sentir no coração tanta delicadeza, ternura e Amor de Deus por nós.
Terminemos a nossa reflexão felicitando a Mãe do Salvador, e nossa mãe, pelo seu aniversário Natalício. Peçamos a graça de, à Sua semelhança, colaborarmos generosamente na Salvação do Mundo.
DEUS CONOSCO (EMANUEL), está connosco pela mão de Maria.
Assim, podemos concluir a nossa reflexão, rezando três Avé-Marias.

P. Hermínio João Vitorino, s.j.
(Fonte: passo-a-rezar.net)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010