sábado, 25 de dezembro de 2010

NO PRESÉPIO… O milagre do amor faz-se fraternidade!


Que a alegria deste tempo de paz contagie as nossas vidas, inspire os nossos gestos e nos faça sonhar um mundo melhor!

Celebremos a alegria do Nascimento de Jesus.
Jesus já nasceu, só necessita de renascer nos nossos corações
.

A Comunidade dos Padres Jesuítas deseja-lhe um Santo e Feliz Natal

UM MENINO NOS É DADO


Textos: Isaías 52,7-10; Salmo 97; Hebreus 1,1-6; João 1,1-18.

Hoje, com o Nascimento de Jesus, chegamos ao termo de toda a Revelação Bíblica. Melhor será dizer: neste Nascimento chegou ao fim a Primeira Aliança, como se diz na Carta aos Hebreus da Liturgia de Hoje: “Deus falou de muitos modos…nestes tempos que são os últimos, falou-nos por seu Filho…” Uma criança, um recomeço. Eis diante de nós, um Novo Futuro, uma Nova Aliança, um Homem Novo, uma Nova Criação.

Tudo isto se passa discretamente por entre um recenseamento decretado pelo Imperador César Augusto que levou à deslocação de Maria e de José de Nazaré a Belém, cidade de David. Este recenseamento é simbólico. O Imperador queria, por meio dele, conhecer as pessoas que estavam sob o seu domínio para as reduzir à submissão, mas Deus que escreve direito por linhas tortas, serve-se do recenseamento para nos dizer que uma Luz saída de Belém iluminas, agora, o coração de todos os homens sob a face da terra: do Oriente ao Ocidente, de Norte a Sul… (Isaías). Jesus não ocupará nem sequer uma linha desse recenseamento, pois Ele ainda estava no seio de Maria, quando José e Maria se aproximaram para a inscrição nas listas, mas Nele latia já, o pulsar duma Nova Lista que será a Lista da Humanidade inteira, essa humanidade que ele funda e que recapitula (João no Prólogo do Evangelho de Hoje), quer dizer, da qual, Ele será, agora, a cabeça, o Pastor (João 10).

Esta refundação ou recriação para o surgimento da Nova Humanidade, lhe vai exigir a entrega de toda a sua vida que somente terminará na Cruz e na Ressurreição. Então, começará para os homens, Uma Nova História da qual, Ele será o começo e o termo: No princípio era o Verbo… e o Verbo Incarnou e se fez homem…” Mas, se é cero que esta história nova já começou, a História de Cristo, isto é, a História de Deus com o homem ainda não chegou ao fim e, por isso rezamos: “ vinde Senhor Jesus”. O seu nascimento, a sua vida, a sua morte e a sua ressurreição são momentos proféticos dessa volta na glória que Ele anunciou como fim dos tempos: um fim que é começo e fim, ao mesmo tempo.

Em Belém, não encontrou lugar na hospedaria, lugar de residência do encontro com os homens, mas encontramo-lo deitado numa manjedoura, no lugar onde se deita a comida aos animais. Um dia dirá: “Tomai e comei…” Eis como a Escritura nos apresenta a vinda do Filho de Deus ao mundo. Nós teríamos talvez imaginado que o Filho de Deus viria como na Teofania do Antigos Testamento com a Montanha do Sinai a arder e Deus descendo sobre a montanha como fogo e um relampejar terríveis. Mas não é assim, na Nova Aliança. Ele vem nas palhinhas dum bercito, na doçura dum sorrio de criança, no acolhimento das mãos duma Mãe. É assim, o nosso Deus, o Deus Menino e quem o pensa doutra maneira, afoga-se no poder e na força do prestígio. Uma entrada discreta no mundo, quase furtiva. Apenas anunciada por uns pobres pastores que viram a sua luz e pelos Magos vindos do Oriente. Será sempre assim a vinda de Deus que se propõe sem nada impor e não força a mão de ninguém para lhe arranjarmos um outra estalagem no meio da cidade dos homens. É este Deus que nos convida a segui-Lo. Um Deus já excluído, porque nascido numa manjedoura e que, mais tarde, será crucificado fora dos muros da cidade, mas por Ele e N’Ele, nasceu um Novo Corpo que é a Igreja. Quando meditamos no que acabamos de dizer, este Novo Corpo de Cristo - a Igreja, está ainda nos começos. A nossa comunhão com Cristo está ainda na infância, mas sempre em crescimento. “de graça em graça…” (João)

Um Deus ao nosso dispor.
Uma criança é um futuro, um prolongamento dos seus pais, mas é também um ser fraco, necessitado. A criança ainda não fala, não tem palavra. Eis que Deus se entrega nas nossas mãos e nós faremos dele o que quisermos, com a grande responsabilidade de falarmos por Ele, com a Palavra e com o testemunho de Vida.

Ele é a vida;
a nossa vida. E que fazemos nós da vida? Que fazemos da vida dos outros que é vida de Deus, porque nela, Deus se diz e se dá.

Deus à mercê das nossas decisões.
Já a narração do Nascimento de Cristo nos faz pressentir os acontecimentos de Páscoa. De momento, Ele não pode sobreviver, senão com cuidados constantes. Paulo nos diz em Filipenses 2, 6-8 que “Ele se despojou assumindo a condição humana” e que, por nós, morreu na Cruz e Ressuscitou.

Mas, de momento
entreguemo-nos à alegria do Natal. Os anjos cantam o Glória de Deus, d’Aquele que não se refugiou no poder, mas vem ter connosco na nossa vida e na nossa morte. Por agora, o Menino vai aprender a obediência e a ser um de nós. Um dia, a Ressurreição terá a última palavra.

Natal:
Recusa ou aceitação : “veio para o que era seu e os seus não o reconheceram”.

Natal:
Deus para sempre no meio de nós. Palavra sempre acessível até ao fim: “ este é o meu Filho”

Natal:
Deus ao nosso dispor, sempre disponível. Não O encontramos nas nuvens, nos sentimentalismos, nas luzes exageradas desta quadra, No deslumbramento to dos presentes, mas na sua sobriedade e na leitura correcta do presente, porque o presente, nesta quadro natalícia, é sinal do Grande Presente do Pai do Céu: o Menino Jesus, o Presente por excelência. Encontramos o Menino perdido entre os pequenos, os mais simples?

Natal:
Reconhece que Deus é Pai e que os homens são nossos Irmãos e cantemos a reconciliação e a paz na convivência fraterna, na reconciliação entre as famílias, hoje reunidas…”Anuncio-vos uma Boa Nova que será de grande alegria para todo o Povo. Nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador que o Cristo, Senhor…” Como são belos sobre os montes, os pés do Mensageiro que anuncia a paz…”

BOAS FESTAS


P. José Augusto de Sousa, sj

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Caminhamos para Belém...


Informações úteis

  • Dia 24 haverá a tradicional missa do Galo à Meia-Noite. Pede-se a todas as pessoas que puderem e quiserem que se disponibilizem para preparar com solenidade e beleza a liturgia da missa em que celebraremos o Nascimento de Jesus. Neste sentido haverá uma reunião para preparar a liturgia da missa (acólitos, leitores, ministros da comunhão, e outras pessoas que se quiserem envolver) na próxima quinta-feira, às 18:30.
  • No dia de Natal, as missas terão o horário de domingo.
  • Informa-se que de terça-feira a sexta, haverá atendimento de confissões, no horário previsto. O sacramento da reconciliação é a melhor maneira de acolher o Menino no coração de cada um de nós.
  • Na passada quarta-feira, dia 15, foi apresentado o livro: “A recepção do Concílio Vaticano II na Diocese da Guarda”, da autoria do Padre Henrique Manuel dos Santos. A obra é o resultado de um grande estudo de investigação sobre a realidade da nossa diocese e o modo como acolheu o Concílio Vaticano II. Vale a pena adquirir esta obra. Encontra-se na secretaria da nossa paróquia.
  • Está a decorrer a campanha nacional da Caritas: 10 milhões de estrelas. Quem pretender adquirir uma vela-estrela, dirija-se à secretaria.
  • Na secretaria da nossa comunidade podem ser adquiridos diversos produtos alusivos à época que estamos a entrar: postais de Natal, presépios, calendários, CD’s (gravado pelo coro da catequese). Passe por lá, aprecie e adquira.
  • Como é do conhecimento de todos, o grupo de lavores da nossa comunidade paroquial reúne-se semanalmente durante todo o ano pastoral para fazer bordados, rendas, e demais trabalhos do género. Durante o mês de Dezembro, o grupo faz a exposição e venda dos trabalhos feitos, o que aconteceu este ano de 5 a 11 de Dezembro. Este ano, o resultado das vendas foi: €3.420,00. Estas receitas revertem na íntegra a favor da nossa Igreja. As receitas deste ano serão aplicadas nas obras ainda em curso em benefício da catequese e demais actividades da nossa Igreja. Ao grupo de lavores, estamos todos muito gratos. Que Deus, feito menino, abençoe as pessoas que constituem o grupo de lavores.

  • Por último: gostaríamos de embelezar os altares, para a quadra natalícia, com flores naturais. Isso só será possível com a vossa colaboração. As pessoas que puderem e quiserem, poderão fazê-lo através do Padre Francisco, ou da secretaria, ou simplesmente colocando a sua oferta, dentro de um envelope, e colocá-lo no cesto das colectas. Desejamos a todos uma boa preparação para acolhermos o Emanuel, Deus connosco.

domingo, 19 de dezembro de 2010

IV Semana de Advento


Com MARIA e JOSÉ...Vamos Preparar e celebrar o Natal de Jesus!

domingo, 12 de dezembro de 2010

III Semana de Advento


"Alegrai-vos sempre no Senhor, de novo vos digo: alegrai-vos: o Senhor está perto".
Continuamos a caminhar para o grande acontecimento... e hoje temos este convite à alegria, a dar força e sentido às nossas vidas.
De facto o mundo, nós todos, vivemos carentes e em busca de alegria, de bem-estar. Mas de que alegria se trata afinal? Daquela alegria ilusória que nos proporciona momentos fugazes de prazer. Ou da alegria que nos ajuda a entregar a vida sem medo de a perder?
Todos esperamos algo na vida, todos esperamos que chegue o Natal. Mas será que de facto esperamos a vinda de Jesus? Será que desejamos que Ele venha fazer parte das nossas vidas, renová-las? Buscamo-Lo no lugar certo? No pobre, no doente, naquele que está só ou vive só?
A Boa Nova que nos recorda o Natal é para toda a terra mensagem de alegria...
Os sinais exteriores são necessários, mas não podemos esquecer que têm de conter em si mesmo a força do amor de um Deus, que nos dá tudo ao dar-nos o Seu filho para viver no meio de nós, para viver a nossa vida.

Fica este pensamento:

“A única pessoa realmente cega na época de Natal é aquela que não têm o Natal em seu coração.” (Helen Keller)
A.M.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Maria e a nossa cidade

"Eu sou a Imaculada Conceição."

Foi com estas palavras que a Virgem se apresentou a Bernardette em Loures no ano de 1858. Vestia de branco, com véu da mesma cor e com uma fita azul que caía até aos pés. Das mãos pendia um rosário de contas brancas e nos pés nus, duas rosas douradas, tal como a figura que aqui se encontra.
A cidade da Covilhã distinguiu-se desde sempre pela sua devoção à Virgem Santíssima. Assim sendo, tem a dominá-la constantemente o olhar carinhoso e protector da Nossa Senhora, representada num monumento comemorativo das bodas de ouro da proclamação dogmática da Imaculada Conceição, inaugurado a 10 de Outubro de 1904. Aquando dos 50 anos de existência do monumento, foi aqui realizada a Sessão Solene do grandioso Congresso Mariano da Diocese da Guarda, organizado pela cidade da Covilhã, onde todos os municípios do Bispado foram consagrados à Virgem pelo então Presidente da Câmara Dr. Carlos Coelho. Tendo a Cidade realizado neste ano uma das maiores e mais sentidas manifestações de fé religiosa. Com o passar dos anos o monumento foi circunscrito por um espaço ajardinado, onde o silêncio convida à oração. Tornou-se num lugar de singular beleza.

(http://www.cm-covilha.pt/simples/?f=4797)

Solenidade da Imaculada Conceição


“FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA” (Lc 1,38)

O Sim de Maria

“A Palavra de Deus convoca e envia”, é o tema do nosso Plano Pastoral, para este e os próximos dois anos pastorais. Este Plano pastoral lembra-nos a importância da Palavra de Deus na nossa vida. Cada cristão e toda comunidade é convocada para escutar a Palavra e assimilá-la /vivê-la!

Foi o que aconteceu com Maria. Ela escutou, acolheu a Palavra de Deus e foi enviada em missão. E que missão! Maria converteu-se na colaboradora, por excelência, do maior acontecimento / missão da história: a Encarnação de Jesus! Maria, esta jovem entusiasmada e confiante, escuta a Palavra e põem-na em prática, ao comprometer-se com o crescimento do Reino, isto é, com o cumprimento da vontade Deus, anunciada pelo anjo. A Palavra de Deus interpela e provoca Maria, por isso, ela pronuncia um Sim generoso e feliz!

O Sim de Maria inaugurou a era do amor na terra e imprimiu um rumo novo à história. Deste facto nasce a nossa vocação e missão, se soubermos seguir o seu exemplo.
O sim de Maria firme e absoluto imprime em nós como que um choque decisivo e feliz, que nos conduz a dizer sim à concórdia, à comunidade, ao amor pleno que é a presença de Jesus, em cada um de nós e a Sua plenitude entre todos.

O sim de Maria, aceite, assumido e assimilado em cada um de nós, como que abafa o nosso ego, ensinando-nos a substituir o orgulho e o egoísmo, afim de que o reino do Amor, da solidariedade, da justiça, da paz triunfe no mundo.

O sim de Maria é uma verdadeira Páscoa que varre as sombras da morte e ressuscita a Vida para sempre, a quantos nos associamos à resposta fiel ao projecto de Deus em nós e nos outros, à semelhança de Nossa Senhora.
O sim de Maria abriu-nos o caminho da realização autêntica e o sentido da vida, à contemplação maravilhosa e gozosa da grandeza de Deus.

O sim de Maria trouxe-nos a tomada de consciência, o sentido dos projectos de Deus para cada um de nós: a encarnação do mesmo Cristo em nós, se soubermos captar a obediência e fidelidade de Maria como a suprema realização do Amor.

O sim de Maria deu início à regeneração pessoal e comunitária, totalmente verdadeira e de âmbito universal, porque desejamos construir a nossa vida com o exemplo da sua radicalidade, numa obediência activa e responsável.

O Salmo 118 diz: "Tua Palavra, Senhor, é um facho a iluminar os meus passos, uma luz a guiar-me nos caminhos da vida". (Sl 118, 109). Que a Palavra de Deus seja realmente para nós, a luz do nosso sim pessoal.
Quase mesmo a terminar, peço para nós, e para as nossas famílias, como estrela e guia, a amável companhia de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da nossa cidade, e que nos acompanha sempre.

O Tempo de Advento e de Natal, mais do que outros tempos litúrgicos, é por excelência, o tempo do silêncio, o tempo de Maria.

Por isso, faço, finalmente, um pedido a Nossa Senhora: ó Mãe bendita, neste tempo de Advento e de Natal “coloca-me com o teu Filho”, o Emanuel, Deus-connosco, e seja feita a Sua vontade e não a minha! Senhora Nossa, eu não me quero esquecer que o teu Sim e o teu Amor me ajudam a viver, e a dizer também o meu Sim à Palavra, ao projecto de Deus para mim. Ámen!

P. Hermínio Vitorino, sj (texto e foto do Monumento na Covilhã)

domingo, 5 de dezembro de 2010

II Semana de Advento


«Convertei-vos». E não se trata apenas de uma mudança de estilo, de um verniz religioso, mais ou menos acentuado, na árvore decorativa da nossa fé. Não. João Baptista diz outra coisa: Deus está aí. Está próximo. Mas é sempre um Deus a vir, um Deus, sempre em devir, sempre por vir, pronto, e mais uma vez, a chegar de vez. Mas a Sua vinda, só pode mudar a nossa vida, se nos convertermos a Ele.

O sonho do profeta

O lobo viverá com o cordeiro! Que ternura!
Queremos colocar na árvore o precioso fruto da ternura!

A pantera dormirá com o cabrito!
Queremos colocar na árvore o fruto amável da proximidade!

O bezerro e o leãozinho andarão juntos!
Queremos colocar na árvore o fruto saboroso da amizade!

E um menino os poderá conduzir.
Queremos colocar na árvore o fruto escondido da humildade!

A vitela e a ursa pastarão juntamente, suas crias dormirão lado a lado!
Queremos colocar na árvore o fruto tão necessário do acolhimento!

Como os animais acolhem as crias, como uma mãe acolhe uma criança!
O leão, tal como o boi, comerá feno.
Queremos colocar na árvore o fruto verdadeiro da partilha!

A criança de leite brincará junto ao ninho da cobra!
Queremos colocar na árvore o fruto apetecido da felicidade!

O menino meterá a mão na toca da víbora.
Queremos colocar na árvore o belo fruto da harmonia!

Não mais praticarão o mal nem a destruição em todo o meu santo
monte!
Queremos colocar na árvore o fruto da Paz, sumo de todos os frutos!

O amor do Senhor encherá o país, como as águas enchem o leito do mar.
Queremos colocar na árvore o fruto essencial do Amor!

(ABC da catequese - Homília)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

S. Francisco Xavier

São Francisco Xavier, (Xavier, 7 de Abril de 1506 - Sanchoão, 3 de Dezembro de 1552) foi um missionário cristão do padroado português e apóstolo navarro. Pioneiro e co-fundador da Companhia de Jesus, a Igreja Católica Romana considera que tenha convertido mais pessoas ao Cristianismo do que qualquer outro missionário desde São Paulo, merecendo o epíteto de "Apóstolo do Oriente". Ele exerceu a sua actividade missionária no Oriente, especialmente na Índia e no Japão. É o padroeiro dos missionários.