quarta-feira, 29 de março de 2017

Quaresma V Domingo

Para irmos rezando e saboreando, enquanto o Domingo não chega...e, assim, podermos preparar-nos para um encontro mais íntimo e fecundo com a Palavra do Senhor...

«Então Jesus começou a chorar. 
Diziam os judeus: «Vede como era seu amigo!» (Jo 11:35-36) 


O Senhor dos Amigos

«Aquele a quem chamamos Filho de Deus e Redentor passou no meio de nós como um homem versado em Amizade. Sabia de Amizade e de presença, tinha refinado dentro de si a mais pura ternura e atenção. 

Olhamos para Jesus de maneiras tão míticas e solitárias que nos esquecemos vezes demais que este homem tinha amigos e amigas de verdade. 

Houve verdadeiramente homens e mulheres que disseram do Profeta da Galileia: o meu Amigo Jesus. E se o dissermos hoje, ainda vamos ver o sabor que isto tem. 

Quando Jesus foi ter com Marta e com Maria porque o seu Amigo Lázaro tinha morrido, todos o viram chorar e se espantavam: “Vede como ele era mesmo seu amigo!”… Jesus não entra em cena como um poderoso que vem para fazer milagres. Jesus entra em cena como um Amigo que vem frágil, triste, que sente a ausência de quem ama. E é a partir daí que atua… Não a partir do poder mas das lágrimas! Jesus não nos salva porque “pode fazê-lo”, já que é Filho de Deus; Jesus salva-nos porque “não pode não o fazer”, já que é nosso Amigo de verdade, chora-nos a distância com as lágrimas da saudade de um Irmão. 

As ações de Jesus em favor das pessoas não são um ribombar divino no meio de nós, mas os gestos da sua humaníssima Sensibilidade. O Divino e o Humano falam a mesma língua e exprimem-se na mesma gramática gestual: o Amor que escreve Histórias de Amizade, gestos de Compaixão e uma Sensibilidade Salvadora.» 

P. Rui Santiago Cssr 
Blogue "Derrotar Montanhas"(adaptado)



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