A 31 de Julho celebramos o dia de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, ordem religiosa a que pertencem os padres jesuítas da Igreja de S. Tiago. Quem conhece a história deste grande homem e santo do século XVI, dificilmente ficará alheio ao legado que deixou à Igreja e ao mundo do seu tempo. De facto, Santo Inácio de Loyola, só porque permitiu que Deus o trabalhasse como barro nas mãos do oleiro, deixou um rico tesouro espiritual que nos nutre espiritualmente e marca o nosso modo próprio de ser Igreja. Por isso, celebrar Santo Inácio de Loyola não significa olhá-lo como relíquia do passado, mas, sim, reconhecê-lo no presente através da espiritualidade que nos legou, cujo carisma nos caracteriza e identidade nos define. Este modo de acolher e viver o Evangelho torna a espiritualidade inaciana sempre actual. De facto, em Inácio de Loyola foi notável o modo como descobriu Deus no meio de contratempos, sofrimentos e paradoxos da vida. Mais: Inácio de Loyola ficou para a história como o homem do Magis (mais). Mas ele, ao descobrir o Magis reconheceu-se como discípulo, ouvinte, disponível para aprender e fazer caminho. Sim, Inácio descobre-se pequenino, mas com os olhos fixos no Magis que o remete para Deus. Esta vivência espiritual só foi possível na medida em que ele descobriu e saboreou o essencial da vida. De facto, a espiritualidade que nos deixou está recheada de ‘essencial’. Face ao essencial, tudo passa: passam as pessoas, os tempos e as vontades, passam as culturas, as modas e as mentalidades, mas o carisma e a proposta espiritual de Inácio de Loyola não passa, porque radica no essencial e o essencial para santo Inácio consiste em encontrar e conhecer Jesus intimamente.
No termo deste ano pastoral, desejamos que tenha sido este o mote inspirador: conhecer internamente a Jesus em tudo o que fizemos, fomos, vivemos e construímos. Não pode haver outra motivação para tudo o que fomos e nos juntou como comunidade. Se assim não fosse, não falaríamos a mesma linguagem, não seriamos guiados pelo mesmo Espírito, não nos alimentaríamos da mesma mesa, a mesa da fracção do pão. Agradecemos a Deus o ano que vivemos, pedimos-Lhe perdão e uns aos outros por nem sempre sermos pessoas de fé. Agradecemos-Lhe o passado, reconhecemo-Lo no presente como ‘Presente’, e confiamos-Lhe o futuro; um futuro cheio de esperança, ânimo e desejo de construir. Desejamos e pedimos-Lhe que cada vez mais, Ele purifique as nossas motivações. Que a espiritualidade inaciana nos inspire a sermos mais fieis, mais simples e mais dóceis a Deus e à Igreja a que pertencemos. E que tudo seja AMDG (Ad Majorem Dei Gloriam - para maior glória de Deus).
No termo deste ano pastoral, desejamos que tenha sido este o mote inspirador: conhecer internamente a Jesus em tudo o que fizemos, fomos, vivemos e construímos. Não pode haver outra motivação para tudo o que fomos e nos juntou como comunidade. Se assim não fosse, não falaríamos a mesma linguagem, não seriamos guiados pelo mesmo Espírito, não nos alimentaríamos da mesma mesa, a mesa da fracção do pão. Agradecemos a Deus o ano que vivemos, pedimos-Lhe perdão e uns aos outros por nem sempre sermos pessoas de fé. Agradecemos-Lhe o passado, reconhecemo-Lo no presente como ‘Presente’, e confiamos-Lhe o futuro; um futuro cheio de esperança, ânimo e desejo de construir. Desejamos e pedimos-Lhe que cada vez mais, Ele purifique as nossas motivações. Que a espiritualidade inaciana nos inspire a sermos mais fieis, mais simples e mais dóceis a Deus e à Igreja a que pertencemos. E que tudo seja AMDG (Ad Majorem Dei Gloriam - para maior glória de Deus).
Padre Francisco Rodrigues, s.j.
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