Jesus Ressuscitou! É este o canto de alegria que renovamos
todos os anos na Páscoa! Nele ressoa, através dos tempos, o espanto e a alegria
que as Santas Mulheres e os Apóstolos viveram no “primeiro dia da semana”, no
primeiro dia da eternidade sem tempo em que o Verbo de Deus encarnado
ressuscitou dos mortos e se manifestou, vivo, aos discípulos!
Dos relatos
canónicos, que a Igreja conservou ao longo dos séculos, podem esboçar-se quatro
quadros que nos ajudam a reviver o acontecimento.
1º A dedicação pela
Pessoa de Jesus, manifestada no amor e coragem das Santas Mulheres, de quem,
Maria Madalena é o melhor exemplo (não considerando o caso muito especial da
Mãe de Jesus). São elas que O acompanham ao Calvário, o que parecia ser o fim
de tudo, e são ainda elas as primeiras a querer ultimar os cuidados devidos ao
corpo do Senhor.
2º A surpresa do
sepulcro vazio! “Levaram o Senhor”, foi a primeira reacção! “Ainda não tinham
entendido as Escrituras”! Mas o sepulcro aberto ajudou também a abrir-lhes o
entendimento!
3º “Viram e acreditaram!”
É estranho que tenham acreditado só pelo que viram: um sepulcro aberto, os
lençóis e ligaduras arrumadas! Mas foi então que tudo começou a fazer
sentido!... Os escritos dos Profetas e os sucessivos anúncios que o próprio
Jesus tinha pronunciado… Faltava-lhes a manifestação do Senhor vivo! De
qualquer modo, mereceram a aparição de Jesus Ressuscitado, mesmo antes dos
Apóstolos.
4º O testemunho da
Ressurreição. Foram elas, em primeiro lugar, a levá-lo aos Apóstolos que até
não as tomaram muito a sério. Mas, depois, “testemunho” e seus derivados são as
palavras mais usadas nos Actos dos Apóstolos. A cada passo, estes recorrem à
força do testemunho para convencer os seus ouvintes de que Jesus está vivo
junto do Pai e quer atrair a Si todos os homens, para ao salvar, lhes dar um
sentido de existir!
Até que ponto é que
a minha dedicação pela Pessoa de Jesus me leva também ao “testemunho”? Não há
outro modo de dar a conhecer a força da Sua Ressurreição!
MUITO BOAS-FESTAS NA ALEGRIA DO SENHOR RESSUSCITADO!
P. Manuel Vaz Pato, sj
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