Onde está
‒preguntaram eles ‒ o rei dos judeus que
acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lO».
Os Magos caminham
para Belém, mas, depois, voltam para as suas terras. Poderiam ter ficado
em Jerusalém e aí adorar o verdadeiro Deus, mas estes sábios perceberam
que já não é somente em Jerusalém que se adora Deus, mas o
verdadeiro Deus adora-se em cada homem, em cada mulher, em cada lugar, em
cada um de nós. Deus presente, em Cristo e por Cristo, enche o Universo.
Não podemos, pois,
ficar a meio caminho, mas olhar sempre para diante, sobretudo, neste ano
2014, que se nos afigura cheio de dificuldades para transpor... Num tempo
de descristianização e de afastamento de muitos que desanimam de buscar
a Luz e de se deixarem iluminar por ela, temos obrigação de acompanhar todos
aqueles e aquelas que, como os Magos, partem para o futuro, sem saberem
muito bem onde a estrela os conduz. Ir por diante, sem desencorajar-se, é o
sentido da festa da Epifania que estamos a celebrar. É também
aquilo que nos devemos desejar uns aos outros para este novo ano. Esta
festa dos Magos diz-nos que onde quer que vamos ou estejamos, Cristo já está presente.
Os homens de todas as raças e de todas as culturas são trabalhados secretamente
pela luz de Cristo. Mas todos necessitamos da revelação feita a Israel e
os Magos não esqueceram isso. Com a luz que já estava neles, foram a
Jerusalém perguntar pelo Menino e foram os judeus que lhes disseram onde
devia nascer: em Belém de Judá.
O Verbo está em toda
a existência. E Ele vem a nós através do povo judeu, através deste homem e
desta mulher em particular, através do povo que contempla o Invisível, através
dos astros como aconteceu com os Magos.
P. José Augusto Sousa, sj
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