domingo, 13 de novembro de 2016

Ano Jubilar da Misericórdia - Encerramento

«É meu vivo desejo que o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos. Redescubramos as obras de misericórdia…» 
PAPA FRANCISCO, Bula Misericordiae Vultus, 15


Encerrámos hoje o Ano Jubilar da Misericórdia, onde todos experimentámos a graça e a misericórdia do Senhor. 
Nesta celebração eucarística quisemos, em comunidade, manifestar o nosso de louvor e a nossa ação de graças, pelos dons que Ele nos concedeu e ainda e rezar pelos seminários, para que não faltem pastores segundo o coração de Cristo, movidos pela misericórdia de Deus.
Fomos convidados a aprofundar cada vez mais o conhecimento das obras de misericórdia a fim de que  que o Ano da Misericórdia, não acabe hoje mas continue a ser para a Comunidade um desafio para a vida. 

Obras de Misericórdia

ESPIRITUAIS:
1º Dar bom conselho
2º Ensinar os ignorantes
3º Corrigir os que erram
4º Consolar os tristes
5º Perdoar os que nos ofenderam
6º Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo
7º Rezar pelos vivos e defuntos

CORPORAIS:
1º Dar de comer a quem tem fome
2º Dar de beber a quem tem sede
3º Vestir os nus
4º Dar pousada aos peregrinos
5º Assistir os enfermos
6º Visitar os presos
7º Enterrar os mortos

INFORMAÇÕES ÚTEIS
Na Sé Catedral da Guarda, o encerramento será na Eucaristia às 16.00 horas, presidida pelo Senhor Bispo.
No próximo sábado, dia 19, haverá a formação anual para os Ministro Extraordinários da Eucaristia. Será no Centro Cultural da Covilhã, com início às 10.00 horas e termina às 16.00 horas. 
Estão disponíveis as rifas para ajudar a nossa Paróquia. Quem desejar adquirir estas rifas dirija-se à Secretaria Paroquial ou à sacristia. Desde já muito obrigado. 


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Publicações de Jesuítas

     “NAMASTÉ – A luz de Deus em mim saúda a luz de Deus em ti.” padre Paulo Teia, sj


“Namasté” não é mais um livro, muito menos um livro qualquer. É o registo de uma paixão por Deus e pela fotografia vivida entre «os mais pobres dos pobres» por terras indianas. Em 2014, Paulo Teia, apaixonado pelo mundo e pela vida, partiu para Calcutá e de lá para Ahmedabad, Surat, Tamil Nadu, Kerala, Goa e Bombaim. Foi ao encontro de Dalits e Adivasi, os que vivem para lá de todas as periferias e que gritam em silêncio através de sorrisos sofridos e olhares resignados.
Paulo Teia captou estas pessoas sem invadir o seu mundo. Surpreendeu-as com a objetiva e retratou o essencial de cada uma delas: as expressões sem filtro e sem disfarce que evidenciam bem o que é viver num mundo verdadeiramente ao lado do mundo.
Biografia do autor: Paulo Teia nasceu a 31 de maio de 1969, em Lisboa. É o primeiro de quatro irmãos. Viveu em Almada até aos seis anos. Passou parte da adolescência e juventude em Aveiro e Vila Nova de Gaia. Aos 18 anos ingressou na Universidade de Coimbra e conheceu os padres jesuítas. Descobriu a sua vocação aos 20 anos. Prosseguiu a formação na Companhia de Jesus, estudando Filosofia na Universidade Católica de Braga. Lecionou, durante dois anos, no Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso. Fez os estudos teológicos em Madrid e Paris. Foi ordenado padre em 2002 e assumiu uma paróquia na margem sul do Tejo, acompanhando as famílias e crianças dos bairros sociais do Pragal. Onze anos depois de chegar ao Pragal, pediu um ano sabático em Madrid, Camboja e Índia. Esta experiência fora de Portugal despertou-lhe o desejo de partir para as missões. Em 2015, foi enviado para Moçambique. Desenvolve atividade pastoral em Tete. A fotografia acompanhou-o ao longo da vida como linguagem e como forma de expressão e sentir.

(O Padre Paulo Teia, esteve por diversas vezes na nossa Comunidade em trabalho e dando Exercícios Espirituais, alegramo-nos com ele e por ele)


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Contactos

Morada:
Rua de S. Tiago, 26
6200 113 Covilhã


Secretaria
Tel. 275 086 549

paroquiaspedro@gmail.com




domingo, 6 de novembro de 2016

XXXII Domingo Comum

1. Há quem diga que o mês de novembro é o mês dos mortos! No dia 1, muitas pessoas passaram pelos cemitérios, para recordar os que partiram antes de nós. Nesse dia e no dia seguinte, muitos realizaram um gesto de carinho, com os seus familiares e amigos: acenderam uma vela, puseram uma flor, rezaram um pouco! Com esses gestos simples, os amigos dizem aos amigos: “Tu estás sempre vivo no meu coração”. “Eu não te esqueço”. “Tu não morres, porque te amo”! Na verdade, “amar alguém, é dizer-lhe «Tu não morrerás»”. Se passarmos pelo cemitério veremos lápides, com frases semelhantes a estas. E, qualquer um de nós, tenho a certeza, se pudesse, restituiria a vida, a quem tanto amou e já partiu. Mas todos sabemos que este nosso grande “amor” é ainda assim muito pequenino e frágil; esta lembrança, esta saudade, não bastam, para não deixar morrer para sempre alguém, que partiu antes de nós. É preciso um amor mais forte do que a morte, para vencer a morte.

2. Jesus diz-nos que, para Deus, seu Pai, todos vivem! Só o Seu amor é mais forte do que a morte. O nosso Deus não é um Deus que vê os seus filhos morrer e vai ficando, cada vez mais, rodeado de mortos! Não. O nosso Deus não é um Deus de mortos, mas um Deus de vivos, porque para Ele todos vivem! Jesus diz-nos que o nosso Deus é amigo da vida e que dá vida aos seus amigos: não nos dá uma vida igual à que já temos, como quem prolonga a vida presente; não se trata menos ainda de uma vida de regresso ao passado. Não. A vida que Deus nos dá é uma vida nova, porque é uma vida transformada pelo Seu amor; é uma vida já sem dor, sem lamento. Esta é a vida futura dos filhos da ressurreição, dos filhos de Deus! Quem nos alcançou esta vitória da vida sobre a morte, foi Jesus, ao morrer como nós, para nos ressuscitar com Ele.

3. Mas, como assim? Como ressuscitam os mortos? São Paulo autoriza-nos a recorrer à imagem exemplar da semente e do seu fruto. Apesar de uma aparência diferente, entre a semente e o fruto, trata-se de uma mesma realidade, que ali estava escondida, mas que, uma vez lançada à terra, se manifesta em toda a sua beleza (Col 3,3).

Eis uma vida que não acaba, apenas se transforma! Assim também acontece com a ressurreição dos mortos. Graças ao poder de Deus, em dar vida, também a semente do nosso corpo, ganha, pela ressurreição, uma existência plena, nova! É algo de tão belo que já mais poderemos prever ou imaginar (cf. 1 Cor 5,42-44). Seremos como anjos, que refletem a luz de Deus!

Padre Amaro Gonçalo
Paróquia da Senhora da Hora (subsídios)


Calendário - mês de novembro


TERÇA-FEIRA DIA 1
Solenidade de todos os Santos
Missas às 9:00 - S. João de Malta
11:30 e 19:00 - S. Tiago

QUARTA-FEIRA DIA 2
Dia dos Fiéis defuntos
Missas às 9:00 - S. João de Malta
11:00 e 19:00 - S. Tiago

SÁBADO DIA 5
17:30 - Catequese
19:00 - Missa com a Catequese
Festa do acolhimento – 1º ano

DOMINGO DIA 6
Missas às 9:00 - S. João de Malta
11:30 e 19:00 - S. Tiago

SÁBADO DIA 12
17:30 - Catequese
19:00 - Missa com a Catequese

DOMINGO DIA 13
Missas às 9:00 - S. João de Malta
11:30 e 19:00 - S. Tiago

SÁBADO DIA 19
Solenidade de Cristo Rei
17:30 – Catequese
19:00 - Missa com a Catequese

DOMINGO DIA 20
Solenidade de Cristo Rei
Missas às 9:00 - S. João de Malta
11:30 e 19:00 - S. Tiago

SÁBADO DIA 26
I do Advento
17:30 – Catequese
19:00 - Missa com a Catequese

DOMINGO DIA 27
I do Advento
Missas às 9:00 - S. João de Malta
11:30 e 19:00 - S. Tiago



domingo, 31 de julho de 2016

Festa de Santo Inácio de Loyola

Foi com alegria que tivemos entre nós, durante a semana que passou, o Diácono João de Brito sj, que continuará ainda durante o próximo ano os seus estudos de Teologia em Madrid sobre: Fontes inacianas, história SJ, teologia jesuíta, espiritualidade inaciana. Ou seja, o "Master Ignaciano".
Hoje, na Festa de Santo Inácio de Loiola, o João trouxe à nossa Eucaristia uma bonita reflexão, recordando o carisma e Missão de Santo Inácio e ajudando-nos a interiorizar e a reafirmar  a pertença a esta Paróquia Jesuíta e à espiritualidade inaciana. 
De coração agradecido pelo bem recebido através dos jesuítas, deixamos a reflexão que foi feita, pedindo ao Senhor o guie no caminho que o espera até ao próximo ano em que será ordenado Sacerdote.



Feliz dia de Santo Inácio!

Que bom estar hoje aqui a celebrar este dia convosco. Estive cá há oito anos, como noviço, num tempo que me ficou como uma das memórias mais queridas do noviciado. Agradeço muito à comunidade jesuíta e à paroquial terem-me recebido tão bem nestes dias. Agradeço também ao Pe. Manuel/Rafael por ter-me confiado a homilia de hoje, com a oportunidade que é de vos dirigir a todos algumas palavras neste dia de festa. É curioso que, entre tantos nomes que tem esta igreja e a paróquia (São Pedro, São Tiago, Sag. Coração de Jesus), Santo Inácio não é um deles. No entanto, acredito que está discretamente presente em tudo, em modos de funcionar e critérios de decisão.

As leituras para esta solenidade são escolhidas a dedo. A primeira leitura e o salmo falam-nos de dois caminhos. Um de vida, felicidade e bênção e outro de morte, infelicidade e maldição. Dois caminhos entre os quais há que escolher, tal como as duas bandeiras de que nos fala Santo Inácio nos Exercícios Espirituais que nos propõe. Uma bandeira que é a de Cristo, de pobreza, humilhações e humildade, e outra do inimigo, de riquezas, honras e orgulho. Paradoxalmente, o caminho da vida, da felicidade e da bênção está escondido na cruz. Na segunda leitura, São Paulo faz uma menção autobiográfica relatando uma passagem da sua vida que se assemelha à de Santo Inácio. Um homem convertido a Deus, uma vida que muda ao encontrar-se com Jesus não querendo já mais que a sua maior glória.

Centrando-nos no Evangelho, encontramos duas perguntas. A primeira é só para aquecer. “Quem dizem as multidões que Eu sou?”. E vão respondendo. “Um dos profetas… João Baptista…” Mas a segunda já é mais séria: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” Podemos imaginar os discípulos. Têm Jesus diante deles com aquela pergunta… “E agora? O que é que respondemos?” Pedro enche-se de coragem e chega-se à frente: “Tu és o Messias de Deus”. E tem razão, é mesmo. Mas Jesus ajuda-o a ver que o seu messianismo não é feito de riquezas, honras e orgulho, mas de pobreza, humilhação e humildade.

Mas o Evangelho devolve-nos também a mesma pergunta. E nós? Quem dizemos nós que é Jesus? Na verdade, a nossa vida responde sempre a esta pergunta. Umas vezes de forma mais consciente, outras inconscientemente. Olhemos para as nossas outras relações quotidianas. Uma mãe relaciona-se de uma forma particular com o seu filho e vice-versa. Sorrio para a minha mãe da forma que sorrio e tenho para com ela os gestos que tenho porque ela é a minha mãe. Um patrão para com o seu empregado e este para com o seu patrão também actuam segundo essa relação. Da mesma forma para com os nossos amigos ou inimigos. Ou se uma pessoa é interessante ou, pelo contrário, aborrecida. Mesmo sem dizer nada, o nosso modo de olhar e actuar manifesta quem é aquela pessoa para nós.

Da mesma forma, a nossa vida decorre toda diante do Senhor. E em cada circunstância, com o que fazemos ou deixamos de fazer, dizemos ou deixamos de dizer, vamos respondendo a esta pergunta: “Quem digo eu que é Jesus para mim?”. Algumas vezes tocar-nos-á também responder de forma consciente a esta pergunta. Hoje, no entanto, em vez de responder, proponho que façamos duas perguntas.

Primeiro, perguntemos-lhe a Santo Inácio: “Quem dizes tu que é Jesus?”. E Santo Inácio dir-nos-ia:

Ele é o Cristo pobre e humilde. (uma expressão que lhe era tão querida, usada por ele frequentemente nos seus escritos)

É o Cristo que na cruz me diz que a minha miséria própria, feita de faltas e fragilidades, não é o fim do mundo. Se fosse, Ele não se tinha entregado por mim. É o Cristo que responde ao meu pecado com a entrega amorosa na cruz.

É o Cristo que se fez homem por mim, nascido pobre em Belém e anunciando, com palavras e gestos a chegada do Reino de Deus. O Cristo que desejo conhecer internamente, para mais o amar e seguir.

É o Cristo que aceita a dor e o sofrimento da sua Paixão porque me quer salvar. Que sofre a condenação injusta que tantos, antes e depois dele, sofreram e sofrem. Sofre-a, até das minhas próprias mãos, porque me ama.

É o Cristo glorioso da Ressurreição, que tanta alegria me traz e vem com o ofício de consolar a todos em qualquer aflição em que se encontrem, em qualquer sofrimento, como um amigo consola o outro.

É o Cristo a quem devo eterna gratidão por tanto bem recebido.

Este é o Cristo de Santo Inácio, por quem se fez peregrino da maior glória de Deus.
A segunda pergunta, proponho que a façamos ao próprio Senhor. Na eucaristia de hoje, em particular na comunhão, perguntemos-lhe nós: “Senhor, quem dizes Tu que eu sou?”. E, sem respostas feitas, ouçamos o que Ele nos disser. É a partir dessa resposta que poderemos dar a nossa.

Assim seja.

(João de Brito, sj)


domingo, 15 de maio de 2016

Solenidades do Pentecostes

O medo não habita a nossa casa
O medo transforma a nossa casa em fortaleza
Tranca portas e janelas
Esconde-se debaixo da mesa.

Mas vem Jesus e senta-nos à mesa
Começa a contar histórias e estrelas
Leva-nos até ao colo de Abraão, até à Criação,
Sopra sobre nós um vento novo,
Rasga uma estrada direitinha ao coração:
Chama-se Perdão, Espírito, Amor, Nova Criação.

Varrido para o canto da casa pelo vento,
Rapidamente todo o medo arde.
Ardem também bolsas, portas e paredes,
E surge um lume novo a arder dentro de nós
Mas esse não nos queima nem o podemos apagar.

Estamos lá tantos à roda desse vento, desse fogo,
Com esse vento, com esse fogo dentro,
Portugueses, russos, gregos e chineses,
Começamos a falar e tão bem nos entendemos,
Que custa a crer que tenhamos passaportes diferentes.

E afinal não temos.
Vendo melhor, maternais mãos invisíveis nos embalam,
Nos sustentam.
Sentimos que estamos a nascer de novo,
Percebemos que somos irmãos,
Filhos renascidos deste vento, deste lume.
E não é verdade que falamos,
Mas que alguém dentro de nós fala por nós,
Chama por Deus,
Como um menino pelo Pai.


D. António Couto

       Imagem: Marko Rupnik


domingo, 1 de maio de 2016

«O Espírito Santo vos recordará tudo o que Eu vos disse»

«Reparar no ofício de consolar que Cristo nosso Senhor traz e compará-lo com o modo como os amigos se costumam consolar uns aos outros» 
Inácio de Loiola (EE, 316)



No Evangelho de hoje (S. João 14, 23-29) Jesus, estando com os apóstolos, faz-lhes de novo o convite ao amor e à escuta da Sua Palavra. Promete-lhes a paz, uma paz diferente daquela que o mundo dá, a paz que é Fonte de Alegria e Consolação.
Vai regressar para junto do Pai, mas anuncia que estará sempre com eles e lhes enviará o Espírito Santo, o Paráclito, o Espírito de Amor que os ajudará viver em comunhão uns com os outros e com O Senhor.
Este convite é também para nós hoje. É-nos pedido, mais do que nunca, que vivamos o Mandamento do Amor que Jesus nos deixou e que não se reduz só a palavras, mas sobretudo se oferece em pequenos gestos: de solidariedade, de compreensão, de caridade, de justiça...
Que todos possamos reconhecer verdadeiramente o amor misericordioso de Deus que em Jesus Cristo nos oferece a salvação.
Ao jeito de Santo Inácio de Loiola, peçamos ao Senhor a Graça de sentirmos grande ânimo e consolação pela presença do Espírito Santo na nossa vida, e assim a possamos transmitir aos nossos irmãos.



Informações úteis


Neste domingo, dia 1 de maio, celebra-se o Dia da Mãe
É também o Mês Maria, mês dedicado a Nossa Senhora e um tempo privilegiado para voltarmos nosso olhar para Maria, Mãe de Jesus e nossa mãe. A Celebração do Mês de Maria será na Capela de S. João de Malta, de segunda a sexta-feira às 19:00h e aos sábados às 16:00h. 
Aos domingos, será no Monumento a Nossa Senhora, para todas as paróquias da cidade: às 17:00h.
Também na Igreja de S. Tiago faremos esta oração Mariana, de segunda a sábado às 10:30h, antes da Eucaristia das 11:00h.

Terça-feira, dia 3, entre as 21:00h e as 23:00h e quarta, dia 4, entre as 16:00h e as 18:00h, teremos o Curso Bíblico, orientado pelo P. Henrique Rios.

Sexta-feira, dia 6 de maio, é a primeira sexta-feira do mês, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Haverá, como habitualmente, adoração eucarística entre as 10:00 e as 11:00h, na Igreja de S. Tiago.

No Domingo, dia 8 de maio, às 16:00h será a celebração do sacramento do Crisma, na Igreja da Santíssima Trindade.
Por esse motivo, dia 6, sexta-feira, às 2100h, na mesma Igreja, teremos um encontro com o nosso Bispo D. Manuel Felício, destinado a todos os crismandos, seus pais e padrinhos. Ao sábado, dia 7, às 10:00h, serão as confissões para todos os crismandos, pais e padrinhos.





segunda-feira, 18 de abril de 2016

Tanto bem recebido! Tudo é graça!

Partilha

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

É já com alguma distância de tempo - a necessária para que a experiência vivida desça ao coração - que me resolvi a escrever este “testemunho”. Quis pôr esta palavra entre aspas porque na verdade, tremo um pouco, de cada vez que me pedem um testemunho; fico sempre com a ideia que tenho de ensinar ou convencer alguém. Por isso, o que vou fazer é muito mais uma partilha de como vi e como senti este tempo de Quaresma e semana Santa, em que me foi dada a missão: “de viver numa casa de jesuítas já formados (todos mais velhos do que eu) e ajudá-los no que pudesse e me fosse pedindo na paróquia.”

Estando as introduções feitas, vamos à partilha!

Antes de mais, fui incrivelmente bem recebido! Disso não tenho qualquer dúvida desde o primeiro dia… Senti-me muito rapidamente em casa e a isto muito ajudou a preocupação de todos em acolher-me bem! Quer pelas constantes perguntas que faziam - se estava a gostar ou se já conhecia as coisas mais características da Covilhã; quer pelos convites para ir conhecer as famílias nas suas casas; ou ainda pelos pedidos e solicitações que me faziam para participar em vários grupos, mais ou menos ligados à paróquia de São Pedro.

Outra coisa muito bonita, foi o desejo que muitas pessoas manifestavam que nalgum dia, uns anos mais tarde, aí voltasse. Parece-me que aos poucos passou a ser um desejo partilhado, e “também eu” foi a resposta que interiormente comecei a dar. Sabem, a comunidade cristã em que estamos inseridos, tem um grande papel na confirmação da nossa vocação: ao confiar num padre as suas vidas e dificuldades de fé ou ao dizer a um seminarista que é aguardado nessa mesma comunidade; é uma força muito grande de que uma boa comunidade de fé dispõe. Portanto, está-me a querer parecer que com a constante passagem de noviços por essa terra, vocês se têm tornado uns profissionais na recepção dos jesuítas em formação! Estou a brincar, claro. O mérito não é dos noviços que aí passam, mas conforme percebi rapidamente, está-vos no sangue receber bem. Até porque sendo eu do Porto, sei bem o que isso é!

Depois, não imaginam a alegria que é para alguém que está no início da vida religiosa poder estar a colaborar numa comunidade cristã com o pouco que tem e pode, vendo tanto bem que existe e tanta gente boa que já lá está. É mesmo uma enorme alegria! Talvez já se vão apercebendo que nós jesuítas, nos começos da formação, ficamos muito mais por casa a conhecer a Cristo (as suas subtilezas e exigências) do que fora de casa com aqueles a quem queremos e com quem iremos dar a vida. Mas só é assim para mais tarde podermos viver como enviados numa paróquia ou num colégio, num centro universitário, numa obra social ou em qualquer outro lugar; onde haja a potencialidade de descobrir a Jesus Cristo no interior de cada um e dar-Lhe o primeiro lugar entre todos.

Foi de um enorme entusiasmo para mim, estar numa casa jesuítica, verdadeiramente pobre em Cristo [nisto podem acreditar!]; recheada de tão grandes homens, onde ressalta o zelo missionário que todos têm, sobretudo, pelas preciosas histórias de missão que alguns partilham! Penso que não deve haver casa mais universal na Covilhã (e talvez na Guarda) que a casa dos jesuítas que vos servem, por isso, peço-vos encarecidamente que cuidem bem deles, que aproveitem o olhar que têm acerca da realidade - porque foi sendo treinado pelo Espírito Santo ao longo dos anos - e agradeçam a Deus a graça de terem estes homens à porta das vossas casas.

Também existiram algumas dificuldades, como aliás, sempre existem para que haja fruto. A primeira foi que fiquei doente, de cama uns dias valentes, como ainda não tinha ficado na minha curta vida. Outra dificuldade que tive foi também com o estilo de viver e expressar a fé na paróquia que é diferente em muitas coisas, do estilo a que estou habituado. Nalguns aspectos, a presença aí foi para mim um constante exercício de humildade, paciência e de abnegação (ou seja, de sair dos meus próprios gostos, opiniões e interesses). Depois, devem ter existido outras coisas que se calhar não me apercebi ou não dei a devida importância, por isso, gostava de pedir perdão a quem possa ter desgostado com o meu feitio ou sensibilidade difíceis. Depois também a quem tenha prometido alguma coisa que não consegui fazer. Com esses especialmente, está a minha oração!

Agora que regressei a casa: tenho tido a oportunidade de recordar e guardar algumas boas memórias: de conversas, actividades, reuniões, missas e respectivos coros, de grupos… Enfim, tanto bem recebido! Tudo é graça!

Despeço-me com a certeza de ter ficado aí com uma família espiritual, convidando-vos muito a que vão rezando pela minha conversão e fidelidade ao Senhor (precisamos mesmo de apoio uns dos outros). Saibam que vos levo também no meu coração orante!


Beijos, abraços ou outros, conforme a conveniência!                      Vasco Teixeira, nsj.




domingo, 17 de abril de 2016

Páscoa - IV Domingo - O Bom Pastor


«No domingo que a Igreja Católica dedica à figura do ‘Bom Pastor’, o Papa explicou que esta imagem “indica a estreita relação” que Jesus quer estabelecer com cada crente”.
“Nada nem ninguém nos podem separar das mãos de Jesus, porque nada nem ninguém podem vencer o seu amor”, acrescentou.
Francisco desafiou os jovens que estavam na Praça de São Pedro a pensar se são chamados a “consagrar a vida” no sacerdócio ou na vida religiosa.
A Igreja Católica em Portugal celebrou a 53.ª Semana de Oração pelas Vocações, que se conclui hoje, inspirada na mensagem do Papa para esta data, que convida “todos” os católicos a "responsabilizar-se" por uma área essencial da Igreja.
Na sua mensagem 'A Igreja, mãe das vocações', o pontífice argentino destaca a importância de uma “oração perseverante pelas vocações” e aponta a “comunidade” como “casa e família onde a vocação se desenvolve”.»

quinta-feira, 14 de abril de 2016

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Páscoa - III Domingo

Jo 21, 4-19
Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.» Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.»
 Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar.
Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água. Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão. Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.» Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

« E é sobre o amor o diálogo que se segue entre Jesus e Pedro: «Pedro, amas-me mais…?», pergunta Jesus por três vezes. E por três vezes Pedro responde que sim, que é seu amigo ouvindo de Jesus, também por três vezes a nova missão de «Pastor» que lhe é confiada: «Apascenta as minhas ovelhas». O verbo com que Jesus interroga Pedro acerca do amor é, nas duas primeiras vezes, amor puro e gratuito, sem fronteiras, que não cabe em nenhum grupo de amigos. Mas o verbo com que Pedro responde a Jesus qualifica a amizade que é apanágio de um grupo de amigos. Na sua admirável condescendência, quando pergunta pela terceira vez, Jesus desce ao nível de Pedro, usando o mesmo verbo, para que Pedro acerte com a resposta. Sim, Jesus desce ao nível de Pedro, não para ficar aí, no patamar de Pedro, mas para elevar Pedro a um novo patamar de amor.»

D. António Couto  (adaptação)

Poderei perguntar-me hoje: A minha relação com Jesus é assim espontânea como a de Pedro? Que posso oferecer-Lhe como prova de amor?
Tu segue-Me... Missão confirmada no amor e na fé. Que caminhos novos me indica o Senhor Ressuscitado hoje?

domingo, 3 de abril de 2016

O PERCURSO DE TOMÉ

  O PERCURSO DE TOMÉ

A identidade do Senhor Ressuscitado está para além do rosto. Por isso, vê-lo não implica necessariamente reconhecê-lo. A identidade do Ressuscitado Vem de dentro. Reside na sua vida a nós dada por amor até ao fim, aponta para a Cruz. Por isso, Jesus mostra as mãos e o lado, sinais abertos para entrar no sacrário da sua intimidade, dádiva infinita que rebenta as paredes dos nossos olhos embotados e do nosso coração empedernido.  
Oito dias depois, estavam outra vez os discípulos com as portas fechadas e Tomé estava com eles. Veio Jesus, ficou no MEIO, saudou-os com a paz, e dirigiu-se logo a Tomé desta maneira: «Traz o teu dedo aqui e vê as minhas mãos, e traz a tua mão e mete-a no meu lado, e não sejas incrédulo, mas crente!» (João 20,27). Aí está Tomé adivinhado, desvendado e desarmado. Também ele podia ter pensado: «E como é que ele sabia que eu queria fazer aquilo?». Tomé cai aqui, adivinhado e antecipado, precedido por Aquele que nos precede sempre. Não quer tirar mais provas. Diz de imediato: «Meu Senhor e meu Deus!»

Senhor Jesus,
Há tanta gente que Te procura à pressa e Te quer ver.
Mas quando dizem que Te querem ver,
Não é para Te conhecer.
É o teu rosto, a cor dos teus olhos e cabelos,
A tez da tua pele, a tua forma de vestir que os atrai e contagia.
Querem ver-te como se fosse numa fotografia.

Mas Tu, Senhor Jesus Ressuscitado,
Quando Te dás a conhecer a nós,
Não mostras o rosto,
Uma fotografia,
O cartão de cidadão.
Se fosse assim,
Mal seria que os teus amigos Te não reconhecessem.

E o facto é que,
Quando surges no meio deles,
Não Te reconhecem.
E em vez do rosto,
São, afinal, as mãos e o lado que apresentas.
Entenda-se: é a tua maneira de viver que nos queres fazer ver.
Na verdade, a tua identidade é dar a vida,
É dar a mão e o coração.
É essa a tua lição, a tua paixão, a tua ressurreição.

Senhor, dá-nos sempre desse pão!

D. António Couto (extratos)