domingo, 28 de dezembro de 2008

Sagrada Família de Nazaré

Celebramos na Igreja Universal o Dia da Sagrada Família. O dia de todas as famílias...
Sabemos que também Jesus precisou de uma família, precisou de ser acolhido pela ternura de um coração materno e amparado pela presença amorosa de um pai.
Todas as leituras de hoje, estão focadas nesta festa que estamos a viver. A Liturgia deste Domingo, pega no exemplo de José, Maria e Jesus, e o apresenta-no-lo como modelo para todas as famílias.

Fala-se muito, hoje em dia em “crise económica”…
Mas será que temos ouvido falar na crise das famílias? Na crise do respeito pelos outros? Na Crise do respeito pela autoridade: pais, avós, professores? Crise de humanidade e de responsabilidade? Crise de partilha gratuita e generosa, sem nada esperar receber?
Onde está então a origem de todas as crises, poderemos perguntar-nos?
Provavelmente está no seio da família, habitat natural de toda a pessoa humana.

A Segunda Leitura tem uma mensagem para cada um de nós, fixemo-nos nas recomendações de S. Paulo:
«Esposas, sede submissas aos vossos maridos… Maridos, amai as vossas esposas … Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais… Pais, não exaspereis os vossos filhos»
No entanto esta submissão, não é uma submissão qualquer! Não me custa submeter a Deus porque tenho a garantia de que Ele me ama…
Uma submissão assim é um acto de confiança…
Se somos cristãos comprometidos com o mundo em que vivemos, marquemos a nossa sociedade pelos valores que promovam a família, por um apreço pela vida em todas as circunstâncias… Acabaremos por recolher os frutos dessa nossa escolha.

O Evangelho fala-nos de Jesus que é apresentado no Templo:
“Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor…”
Temos hoje o Baptismo do Luís que é apresentado à Comunidade pelos seus pais e padrinhos e entra dum modo especial em comunhão com a Igreja, da qual faz parte, como Filho de Deus.
Muitas vezes é isso que nos falta: Trazer a nossa vida ao Templo e levar o Templo para a nossa vida, fazendo com que Deus nela habite.

Que Jesus nos ajude a permanecer, e estando no Templo, sejamos Templos de Deus e do Espírito Santo.

(Extractos da Homilia do P. Francisco Rodrigues, sj. por Alice Matos)

Notícias
O Padre José Augusto Alves de Sousa participará, em representação do Padre Provincial, na celebração do Centenário da Missão de Lifídzi, em Moçambique, no dia 4 de Janeiro de 2009. Partirá a 26 de Dezembro e regressa a 15 de Janeiro. A comunidade paroquial deseja ao Padre Sousa boa viagem de "Ida e Volta".

No próximo dia 1 de Janeiro as missas terão o horário de domingo.

No domingo, dia 4 de Janeiro, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegará à nossa cidade. A sua chegada será solenizada com a celebração da eucaristia, pelas 15:30, junto a Câmara Municipal, e será presidida pelo Sr. Bispo D. Manuel Felício.

Os horários das eucaristias da paróquia permanecem os mesmos.

Foram colocadas nas portas principais da Nossa Igreja, umas portas de vidro. Espera-se que deste modo possa diminuir a intensidade do frio que se fazia sentir. Estas portas foram oferecidas pelo Sr. Victor Rebordão, proprietário da Vidreira Ideal do Fundão. Ao Sr. Victor Rebordão, membro da Nossa Paroquia, e de todos conhecido, a comunidade paroquial expressa os seus sinceros agradecimentos.

A catequese, na nossa comunidade paroquial reinicia as suas actividades no dia 10 de Janeiro.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

É Natal... Feliz Natal!


Nesta Noite, celebramos:
O Deus – Menino, o Deus que aprende a falar e andar
Ficaríamos certamente menos surpreendidos, se, nesta noite, Deus tivesse tomado o corpo de algum homem adulto, poderoso, dum senhor de prestígio…Mas não foi assim. Ele tomou a forma de Menino. Ele é o Deus que aprende a falar, apesar de ser o Verbo, Palavra do Pai. É Aquele que deve aprender a andar, mesmo que o Salmo 19, 1-7 diga que “Ele vai dum extremo ao outro do mundo”.
Nesta noite, se celebrássemos o Pai – Natal, que não é o nosso caso, estaríamos longe daquilo que é o essencial, aquilo que conta, a celebração do Deus - Menino, o Deus – Criança - figura da humanidade dependente, que é necessário alimentar, vestir, assistir em tudo…Somente Deus faz maravilhas!…

Nesta Noite, celebramos:
O Deus - Menino, o Deus que se desarma totalmente
Em Deus - Menino, em Deus – Criança, em Deus – Bebé, ousamos dizer, aprendemos que Deus perde, por nós, todo o seu poder. N’Ele, recebemos a possibilidade de tornar-nos “como Deus”, porque Deus se torna “como homem”. Vontade de semelhança e de unidade! Ele se desarma totalmente e se submete às escolhas da nossa liberdade. Ele faz-nos existir, dando-nos todo o poder sobre o mundo, sobre nós mesmos, sobre Ele mesmo: “Maria envolveu o seu Menino em paninhos e o colocou na manjedoura”. É por isso que, nos evangelhos, Jesus multiplica estas palavras: “ se tu queres”…; “aquele que quiser”… Ninguém é forçado a entrar na vontade de Deus. Sabemos apenas que uma criança obedece. Jesus obedeceu até à morte e morte de cruz. No berço, somos convidadas a ser criança, a esta entrega, obediente à vontade de Deus, por amor.

Nesta Noite, celebramos:
O Deus – Menino, o Presente Principal

O nascimento de Jesus foi um nascimento ordinário. Não aconteceram milagres. Para não olharmos de perto o prodígio desconcertante do Verbo de Deus feito criança, nós enchemos o Natal de costumes que desviam a nossa atenção do essencial: o Pai - Natal, os presentes, os confeitos, o réveillon, as luzinhas…. Tudo isso só tem valor se não nos esquecemos do essencial, se os nossos presentes não abafam ou colocam em último lugar o Presente Principal. E qual é o Presente Principal? “um Menino nasceu para nós, um filho nos foi dado” (Isaías); “nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador que ó Cristo Senhor” (Lucas). Ele é a vinda entre nós da “imagem de Deus - Invisível, primogénito de toda a criação”; Ele é a “ graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens” (Carta a Tito); Ele realiza as núpcias definitivas de Deus com a humanidade: “o Teu autor te desposará”, diz a Escritura. Com Cristo e em Cristo, somos, com Deus, uma só carne. Em Cristo, somos um só corpo. Com efeito, o corpo da criança do presépio carrega já a humanidade inteira (Santo Agostinho). Por isso, Lucas descreve o nascimento desta criança no contexto dum recenseamento de toda a humanidade; Cristo cidadão do mundo. Mateus faz vir ao presépio os habitantes de longe representados pelos Magos.

Pegaremos ao colo o Menino:
Quando, não considerarmos qualquer pessoa como excluída ou marginalizada: “não havia, para Eles, lugar na hospedaria”.
Quando formos capazes de O adorar com um coração de pobre como os pastores.
Quando formos capazes de escapar ao ruído e bulício em que se converteu Natal para voltar a encontrar, no Presépio, o cumprimento das Promessas de Deus.
Oxalá que Maria, a Mãe do silêncio que guardava todas as coisas no coração, nos comova e nos desperte nesta Noite.
E que José, o homem justo, nos ensine também a virtude da fé de que ele foi exímio.
Apesar de estarmos num mundo meio adormecido, sintamos em nossos corações, uma ternura diáfana e profunda que nos leve a exultar de alegria. Que esta alegria não se confunda com as estridências desta noite mas que saibamos cantar com todo o coração, o cântico dos anjos: “glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade…”, esse hino que, cada vez mais, se torna menos perceptível no coração do nosso mundo, um mundo anestesiado, mas sedento de amor. BOAS FESTAS!
Da Homilia do P. José Augusto Alves de Sousa
(Missa do Galo)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Jesus, o Presente dos presentes

Há dias, enquanto repassava o olhar pela TV, estava a ser transmitido um programa sobre a iniciativa de um grupo de católicos que queria viver o Natal de um modo interpelativo, isto é, fizeram um número incontável de presépios a fim de os proporcionarem a quem anda esquecido do verdadeiro sentido do Natal.
Num dos últimos sábados, estando eu a conversar com uma criança da catequese, percebi que estava um pouco ansiosa. Quis saber o motivo; sabe porquê, Sr. padre, disse, estou à espera dos meus pais, vão levar-me para a "Disney-pelourinho". O ano passado também fui e foi muito giro.
Em conversas ocasionais sobre as ceias de Natal que nesta quadra proliferam em muitas instituições, grupos e associações, alguém me dizia: o bacalhau está muito caro, mas a ceia de Natal sem bacalhau, nem é ceia nem mesmo Natal.
Depois de expostos estes três episódios, não esperem que eu diga que os presépios não são importantes, que o carrossel do Pelourinho não faz a criança feliz, ou que o bacalhau não pode ser "fiel amigo" entre amigos e familiares numa noite de afecto sentido à flor da pele. Tudo isto tem a sua importância, e não só: os cartões de Natal, os e-mails com attaches musicais, os SMS's, os presentes, as luzes, a música, o encontro familiar, a missa do galo, tudo pode ter o justo lugar na quadra natalícia. De facto, não reconhecer o lugar próprio de cada manifestação religiosa e humana, seria como tentar celebrar o Natal desencarnado de uma determinada cultura ou tradições. Se assim fosse, entrar-se-ia em contradição com a criatividade de Deus que em Jesus se faz cada um de nós, em tudo, excepto no que desumaniza. O cerne da questão não está em destruir o que não é objectivamente espírito natalício. O ponto central está em purificar tudo o que afasta do espírito natalício. Mas, discernir o que nos leva ao presépio de Jesus e o que dele nos afasta, não é tarefa fácil. O mais fácil seria: ou entrar num espiritualismo ao ponto de deixar escapar o rosto humano de Deus no Menino de Belém, ou cair num Natal materialista ao ponto de até os presentes perderem o seu significado humano e divino. Entre os extremos expostos, encontramos Jesus na manjedoura, rodeado de pessoas que na simplicidade de Maria, José, e outros amigos, descobrem o valor da autenticidade de cada gesto, e presenças feitas Presente. É através desta experiência que partem de Jesus, pois tudo vem d'Ele e remete para Ele, uma vez que o valor de cada coisa, de cada presente, está em remeter para Ele. Só a partir desta perspectiva se pode apreciar ou reconhecer o valor dos presentes, uma vez que estes contêm o Presente dos presentes: a ternura de Deus no rosto de uma criança: Emanuel-Deus Connosco. Por isso, o significado e a validade dos presentes não depende dos prazos, nem mesmo do seu valor material, mas do seu significado simbólico: recordam, transmitem, traduzem a presença de Jesus nas nossas relações. Que neste Natal, tempo de luzinhas coloridas, elas não desfoquem a verdadeira Estrela e Iluminação do Natal, Jesus. Feliz Natal.
Francisco Rodrigues,s.j.

domingo, 21 de dezembro de 2008

IV Domingo do Advento


«À promessa de grandeza» que lhe é feita pela voz do Anjo Gabriel e numa sociedade em que o sucesso humano, o êxito, o facilitismo, fazem parte de uma vida de glória, Maria responde na simplicidade da sua maneira de viver... E ela é de facto “A Escolhida de Deus”Se vivesse para a glória vã, poderia dizer-se que Maria ganhou a “sorte grande”!Mas Não… O convite de Deus é um convite à simplicidade, ao serviço, à confiança e é isso que ela continua a fazer.
Maria considera-se “a escrava do Senhor”, instrumento de Deus para que o Salvador viesse ao mundo, não pelas suas capacidades humanas, mas pelo dom gratuito de Deus que toma a iniciativa de vir ao encontro da Humanidade.
Mais tarde: “Não havia lugar na Hospedaria”… e não havia mesmo!...
Porque também não havia lugar no coração das pessoas! Só quando há lugar para os outros é que também há lugar para Deus.Maria, a quem Deus convida a viver na fé e na alegria, é a pessoa indicada para nos levar ao presépio. Que cada um de nós veja a distância a que se encontra e lhe dê a mão... Contemplemos e admiremos a Sua abertura e disponibilidade e tenhamos a certeza de que sem Ela a alegria do Natal não seria completa”.


(Notas tiradas da homilia do P. Francisco Rodrigues
por Alice Matos)

domingo, 14 de dezembro de 2008

III Domingo do Advento

Caras irmãs e irmãos; gostaria de sublinhar três ideias fundamentais sobre as leituras proclamadas, seguida de uma aplicação às intenções específicas que hoje temos na nossa oração eucarística.
A Primeira Leitura, tirada do livro do Profeta Isaías, refere o significado de um tempo favorável, isto é, tempo de graça. Porquê? Porque a Espírito de Deus está com Isaías, e por ele, chega às comunidades, ao povo Israelita em peregrinação, em busca do encontro com Deus, com os outros, com ele próprio.
Esta é hoje a nossa situação, a realidade, a beleza do nosso tempo: tempo do advento, tempo de espera activa, expectativa, tempo de caminhar em direcção ao Presépio. No presépio, encontrar-nos-emos e reconhecer-nos-emos todos. O Presépio que fazemos nas nossas casas; é um convite a que o façamos no nosso coração. Encontrar Deus de verdade, implica necessariamente reconhecê-lo nos demais, sob pena de vivermos iludidos, alienados, adiados!
A segunda leitura faz-nos um convite a não desperdiçar o privilégio de termos Deus connosco, que, na medida em que a Ele aderimos, colocamos os meios, Ele nos ilumina, concorre, isto é; corre connosco, em direcção ao presépio. Neste sentido, podemo-nos inspirar nas palavras do texto: Pela acção do Espírito Santo, avaliai tudo, e conservai o que é bom. Hoje em dia, sabemos que muitas situações e vidas humanas bloqueiam, emperram, porque sem discernimento, nem se avalia o que é devido, menos ainda se fica com o que é bom; na relação com as coisas; com os outros, connosco próprios. E por isso, há o risco de entender o que é bom como algo que corresponde ao orgulho pessoal; egoísta,
e não como sendo bom o que quer que seja para nós, mas sempre em relação à comunidade, e em família. O que é bom, não nos isola dos outros; mas antes liga-nos aos outros: na alegria, na paz, no respeito, e até no sofrimento partilhado.

O Evangelho fala-nos de uma personagem de todos nós conhecida: João Baptista. Talvez uma das personagens do Evangelho que mais se tenha notabilizado por saber ocupar o seu devido lugar no mundo, na história, na relação com Deus. João foi um homem grande na justa medida em que não quis ser o que não era; menos ainda ser obstáculos de vida, de acção, de reconhecimento para os outros. E neste contexto, os Outros; concretamente o OUTRO é o próprio Jesus por quem João vem à frente a abrir caminhar, preparar o terreno, e tudo fazer para que a Missão de Jesus se concretizasse. E João percebeu, que a Missão de Jesus, começava com ele próprio. De facto, cada um de nós, desempenha um papel insubstituível para que a missão de Jesus se concretize hoje, aqui e agora.
Hoje, nesta eucaristia, celebramos a missa de 7º dia de alguém que peregrinou no verdadeiro sentido da palavra; para além de uma peregrinação visível, fez a sua longa peregrinação interior; em busca das origens que transcendem o imediato; do sentido que está para além da lógica humana. Este nosso irmão; António Alçada Baptista; que a todos nos une: pela oração da eucaristia; pelos laços da Fé; pelos laços do Espírito Santo; pelos laços de sangue, amizade ou laços de interesses culturais. Por isso, com afecto, saudade, e animadas pela fé, recordamo-lo como alguém, como nós, que não era perfeito, (por isso o trazemos à nossa oração) mas que não viveu como número no meio das massas; antes, intuiu a vida que brota da alma; intui o sentido que se descobre através da busca, da procura; experimentou o afecto que vivido na gratuidade, atrai para a respeitosa relação de uns com os outros. Rezamos e confiamos a Deus alguém que vivia numa saudável insatisfação de ser, e ver mais, compreender melhor, deixar-se implicar sempre; sabendo correr riscos; sabendo que o maior risco é ver o mundo a passar, mas não passar pelo mundo com os olhos na eternidade. O sinal Mais é também o sinal da Cruz e só a Cruz nos leva à maior compreensão da vida, dos outros, das coisas. Que o nosso irmão António, que já contempla o amor de Deus, possa obter d’Ele o seu sorriso, terno, afectuoso, misericordioso; veja, face a face, o sorriso de Deus; ou Deus que sorri. Que com Ele agora, contemple e viva, como amigos que se encontram. Deus é tudo para nós, e é também alguém com quem se pode discorrer; num ameno diálogo; enquanto peregrinamos neste mundo, e um dia na eternidade, já não para buscar sentido, mas para saboreá-lo.
Tudo isto também é advento, e também nos pode levar ao presépio.
Homilia do Padre Francisco Rodrigues,s.j.

domingo, 7 de dezembro de 2008

II Domingo do Advento

A Liturgia deste II Domingo do Advento centra-se no convite de João Batista nos: PREPARAR O CAMINHO DO SENHOR.
O desafio é pois preparar o nosso coração para acolher Jesus, que já veio, mas que mais uma vez neste Natal, quer entrar, quer viver connosco, quer fazer parte da nossa vida.


Acendemos a 2ª. Vela do Advento


Deus de fraternidade, ajuda-nos,
A não nos fecharmos apenas em nós.
Quem se sente próximo de Ti,
Não pode deixar de se experimentar irmão de todos.
Que a nossa voz se junte à dos profetas
E que a nossa vida grite solidariedade.

sábado, 29 de novembro de 2008

I Domingo do Advento


“Estai alerta…Vigiai!” O tempo Novo do Advento começa hoje e este é o desafio... Ele está continuamente a chegar, e é preciso estar de olhos bem abertos e coração desperto.

O Senhor vem! Mas não sabemos o momento. É importante vigiarmos para que esse momento aconteça na alegria de quem olha o Céu e percebe que ELE JÁ ESTÁ!

É necessário viver a Espera(nça)... lançando-nos ao trabalho com generosidade apoiando-nos na confiança em Deus que pede a minha/nossa colaboração para renovar a vida de toda a humanidade.
(A.M)

Vem, Senhor Jesus

(Este momento celebrativo de acender a vela de Advento em cada Domingo poderá ser feito em cada casa, em ambiente familiar)

Vem, Senhor Jesus"
eis o clamor do Advento
que nos prepara o Natal.
Mas, se queremos mesmo que Ele venha,
porque Lhe fechamos a porta?!

Talvez o nosso grito
não passe dos lábios
e não brote
mesmo do fundo do coração…

Uma voz ,anuncia que estás para chegar...
uma voz se silencia quando chegas;
uma luz se levanta para guiar aqueles que Te procuram...
uma luz se esconde quando Te encontram!

Como a luz da lua deixa de ter significado quando surge o sol...
assim as vozes deixam de ter sentido quando surge "a Voz"…
assim as luzes deixam de iluminar quando surge "a Luz"!

Que a Tua voz chegue aos ouvidos
de quantos buscam a verdade...
que a Tua luz ilumine os corações
de quantos procuram a felicidade.

INFORMAMOS

Este fim-de-semana, 29 e 30 de Novembro, está a decorrer a campanha do Banco Alimentar Contra a Fome. Seja receptivo aos voluntários que encontrará à porta dos Supermercados.

A Banda da Covilhã celebra o seu 64º Aniversário no próximo dia 1 de Dezembro. Será celebrada eucaristia, em acção de Graças na Igreja de S. Francisco, às 11:00.

No próximo domingo, dia 7 de Dezembro, depois da Eucaristia das 11:30, será aberta a exposição e venda dos produtos feito pelo grupo de Lavores da nossa comunidade paroquial. As receitas revertem a favor da nossa Igreja. Passe por lá, aprecie, reconheça o esforço feito ao longo do ano, adquire os seus produtos.

Também na Secretaria e Barcarola se encontram produtos natalícios e afins. Ao adquiri-los, está a beneficiar a comunidade de que todos fazemos parte.

domingo, 23 de novembro de 2008

Solenidade de Cristo Rei

Na Solenidade de Cristo-Rei que hoje celebramos, vemos Jesus a interpelar os seus discípulos acerca do amor que partilham com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis e os mais desprotegidos.
Jesus não negava o facto de ser Rei mas os seus discípulos nunca perceberam bem, de que Reino Jesus falava até ao dia de Pentecostes. Estes homens tiveram muita dificuldade em purificar a natureza daquilo que para eles significava ser REI. A Cruz era é trono de Jesus! E isto custa a entender.
“O REINO DE DEUS JÁ FOI INAUGURADO!” Já aconteceu, e acontece agora!
Que Reino pedimos nós quando rezamos o Pai-Nosso? Um Reino onde os servos são tratados como reis e Rei é aquele que serve?

‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’

Isto é: “Tu estavas lá... não voltas-te a cara ”!
Sempre que (em família, em comunidade...) assim agimos, estamos a construir o Reino de Deus, aqui e agora. É este o Reino de que Ele fala – O Reino de Verdade, de Justiça, de Compreensão e de Paz.
Ou a nossa vida se traduz em serviço em sinal de esperança e compromisso no mundo, ou andamos completamente iludidos.
QUANDO?
É Jesus que nos diz: “Ainda não percebes-te, que eu estou em cada pessoa?” O Reino de Deus está em Mim!

O Cristão é continuamente convidado à bondade. Mas não nos iludamos! A bondade desligada da FONTE DA BONDADE, acaba por esquecer o essencial. A Bondade é fundamental, mas necessita de se alimentar na Eucaristia, na Oração, na Comunhão fraterna, na verdadeira fonte da VIDA.
Jesus diz à Samaritana: «Se Tu soubesses qual é a Fonte...» (Jo. 4,10) “EU SOU A FONTE”!
Somos pois convidados a construir cada dia o Reino de Deus, a fazer com que ele seja uma realidade presente no nosso mundo. Peçamos isso ao Senhor como Graça.
(Notas tirada da Homilia do P. Francisco Rodrigues, sj)

domingo, 16 de novembro de 2008

XXXIII


Esta parábola de Jesus recorda-nos que o Senhor nos Cria livres e com Ele somos criadores na missão de continuar a torná-Lo presente no mundo.
Os talentos, são o sinal dos dons Ele nos deu gratuitamente “a cada um conforme a sua capacidade”, para que com eles ajudemos a transformar a vida à nossa volta.
Dá-nos as mãos para estender e acolher a cada pessoa como Jesus fez, os pés para caminhar ao encontro de cada irmão que está sozinho ou abandonado, e um coração para amar, levando e oferecendo uma palavra de esperança.
Jesus tem grande confiança em nós e por isso nos deixa livres… Ao dar-nos o “Seu Tesouro” nada exige de nós, mas pede-nos que nos matenhamos vigilantes, activos e atentos ao outro, ao nosso vizinho, ao nosso irmão…
Nós, cristãos, temos a responsabilidade de deixar que, Jesus continue presente e caminhe através de nós pelos caminhos do mundo.
Àquele que enterra o talento, Jesus condena o pecado da omissão, a falta de solidariedade e de amor… de uma palavra de consolo aos que estão tristes e desanimados.

Tenhamos presente esta passagem sempre actual, do Evangelho de S. Mateus:

'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.'
(Notas tiradas da Homilia do P. José Augusto Sousa s.j.)


INFORMAMOS

Campanha de Advento

Recorda-se que aos Catequistas que no dia 19 do corrente às 21:15, haverá a reunião preparatória para a Campanha de Advento.
Pede-se que todos os grupos se façam representar, só assim podemos desenvolver um trabalho motivador que possa proporcionar a todos uma melhor vivência do Advento e Natal.

Reunião geral de Pais

Na próxima semana, dia 27 de Novembro pelas 21:15, haverá reunião geral de pais e encarregados de educação, para todos os que frequentam a catequese nesta Comunidade. Trata-se de um momento importante da caminhada Cristã dos vossos filhos e por isso pede-se que todos estejam presentes.

O Pároco
O nosso Pároco, P. Francisco Rodrigues, encontra-se ausente até ao dia 22, para o seu retiro anual, Exercícios Espirituais Inacianos. Peçamos ao Senhor por ele especialmente neste dias.

A todos uma boa semana

domingo, 9 de novembro de 2008

XXXII - Dedicação da Basílica de S. João de Latrão

Celebramos neste Domingo a Dedicação da Basílica de São João de Latrão. É nesta basílica que está a cátedra do bispo de Roma e sucessor de Pedro, isto é, do Papa Bento XVI.
No evangelho vemos Jesus, a pôr ordem no templo de Deus...

«Tirai tudo isto daqui e não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
Hoje vemos Jesus a entrar com muita dureza na “Basílica” de Jerusalém, é o único gesto violento que Lhe conhecemos, e diz respeito à nossa relação com Deus e com os irmãos.
Procuramos Deus verdadeiramente ou somos negociantes das coisas de Deus? Necessitamos de purificar o nosso coração, para que através das nossas acções, emoções e vivências, nos deixemos conduzir à verdadeira CASA e à verdadeira VIDA.
(Partilha A.M.)

Notícias

O Grupo Bíblico da Noite
– vai reunir-se antecipadamente na Terça-Feira - dia 11 – dia de S. Martinho e não no dia 12.
Como sabem os Grupos Bíblicos estão abertos a quem os queira frequentar e reúnem de 15 em 15 dias às Quartas-feiras.
O Grupo da tarde reúne das 17:00 até 18:30 e o outro depois de jantar das 21:00 às 23: 00

No dia 12 – dia a seguir ao S. Martinho, o nosso Bispo da Guarda – D. Manuel – virá celebrar a Eucaristia de início do Ano Pastoral da Universidade. Celebrará na Capela Românica de S. Martinho – entre o Museu e a Biblioteca – às 21:15. Todo o pessoal a trabalhar nesta instituição - Professores, Alunos e funcionários sintam-se convidados.
A seguir à Eucaristia haverá uma partilha de castanhas no Bar da UBI.

No próximo sábado, dia 15 de Novembro, com início às 14:30, haverá uma actividade de formação Cristã no Seminário do Fundão. Todos os interessados devem-se inscrever na secretaria.
No próximo fim-de-semana, 15 e 16 de Novembro, os ofertórios das eucaristias reverterão a favor do nosso seminário diocesano.
Na nossa comunidade paroquial estão a decorrer várias iniciativas (vendas de rifas, postais de Natal, fatias de bolo -no barcarola-) para angariar fundos em favor das obras a decorrer no salão paroquial da nossa Igreja. Pede-se a todos o favor de corresponderem a estas iniciativas e se comprometerem com as obras que a todos beneficiará.
Desejamos a todos uma boa semana.

domingo, 2 de novembro de 2008

Comemoração dos Fiéis Defuntos

A Eucaristia dos "Fiéis Defuntos" é a Eucarístia da Ressurreição, do Ânimo, da Esperança e do Amor"!

...« Marta diz, então, a Jesus: "Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá."
….Disse Jesus:"Tirai a pedra." Marta, a irmã do defunto, disse-lhe: "Senhor, já cheira mal, pois já é o quarto dia."
Jesus replicou-lhe: «Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?»
Jo. 11. 21-22. 39-40


Lázaro pertence a uma família de amigos de Jesus… E Marta, que como toda a família, tinha percebido a natureza humana e divina de Jesus, vendo-o chegar, dirige-se-Lhe! O momento é de aflição e de perda.

“Eu não te disse que somos peregrinos? Não te disse que perante a vida divina tudo se torna secundário? Então para que todos o saibam e vejam o teu irmão vive!”
Sim...Jesus de facto é o Senhor da Vida! E todos os milagres são sinais para que, pela Fé, vivamos como pessoas ressuscitadas e seguidores do Ressuscitado.
Que a vida de cada um de nós seja contagiada por esta realidade...e porque acreditamos em Cristo e acreditamos que a morte é uma páscoa... uma passagem para a Vida que não tem fim.
(Notas tirada da Homilia do P. Francisco Rodrigues, sj)

Notícias
Hoje, dia de fiéis defuntos, pelas 15:30, realizar-se-á a habitual romagem ao cemitério, a partir da Igreja de Santa Maria. Às 15:30 será rezado o ofício de defuntos, terminando com a romagem e oração conclusiva no cemitério da nossa cidade.

No próximo sábado, dia 8, a CVX promove um encontro subordinado ao tema: "Rezar a Eucaristia". Este encontro é aberto a todos, e será orientado pelo Padre Francisco Rodrigues. Para mais informações e inscrição, dirija-se à secretaria desta comunidade paroquial.

O Instituto de Emprego e Formação Profissional vai iniciar dois cursos de aprendizagem destinado a jovens à procura do primeiro emprego. Para mais informações dirija-se à secretaria.

Desejamos a todos uma boa semana.

sábado, 1 de novembro de 2008

Felizes!


Hoje, S. Mateus começa por nos propor um discurso de Jesus sobre o “Reino” e a sua lógica. É o Discurso da Montanha, que inicia com a proclamação das bem-aventuranças. Elas declaram que a felicidade está ao nosso alcance por caminhos, para nós, desconcertantes.
Felizes os pobres, os mansos, os que choram, os humildes, os famintos e sedentos de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os construtores da paz e os perseguidos. O mundo diz-nos precisamente o contrário. Mas será que as ofertas paradisíacas do mundo já saciaram o coração de alguém? Elas baseiam-se na satisfação dos nossos instintos e lançam-nos uns contra os outros, destruindo-nos e cavando divisões.
O caminho de Jesus é o caminho do "mandamento novo", de que as bem-aventuranças são uma explicitação. Quando Jesus proclama a pobreza como base da felicidade, não está a pensar nos que não têm o necessário para viver, mas dos que tudo orientam para o bem dos outros. Esses sabem que o que são e o que desejam ser, não lhes pertence, mas têm que o receber na fé, na esperança e no amor. Este caminho sim, tem preenchido o coração de tanta gente ao longo das gerações e tem construído humanidade. Jesus Cristo com a sua vida desafia-nos a todos a seguir por aqui - a segui-Lo a Ele - e a encontrar a felicidade.

(Reflexão tirada de anterior boletim " Mar da Galileia")

domingo, 26 de outubro de 2008

XXX Domingo Comum

Mt. 22,34-40
Constando-lhes que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar:
«Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»
Jesus disse-lhe:Amarás ao Senhor, teu Deus,com todo o teu coração,com toda a tua almae com toda a tua mente.Este é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.»

Neste domingo, mais uma vez Jesus nos vem recordar que toda a nossa vida pode/deve ter uma meta: "Amar Deus com todo o nosso coração e a amar o próximo como a nós mesmos."
Para quem segue ou procura seguir Jesus Cristo, o verdadeiro Amor a levava-o a aproximar-me de todo o que lhe é próximo...
E todo aquele que precisa de mim, que depende de mim, que espera de mim a força e o ânimo para continuar na busca de Deus, como sentido para a sua vida, esse é o meu PRÓXIMO!
Toda essa experiência de vida e relação com o outro, com o meu próximo, é a expressão concreta, activa e verdadeira daquilo significa o meu Amor a Deus.

« O mundo, em que vivemos,
precisa redescobrir o amor,
a solidariedade, o serviço,
a partilha, o dom da vida…»
(In Ecclesia)

Notícias

Apesar da mudança de hora a partir deste fim-de-semana, o horário de TODAS AS CELEBRAÇÕES EUCARISTICAS na nossa comunidade paroquial, permanecem os mesmos.

No próximo sábado, dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, as celebrações da Eucaristia têm o mesmo horário de domingo.

No domingo, 2 de Novembro, dia de fiéis defuntos, realizar-se-á a habitual romagem ao cemitério, a partir da Igreja de Santa Maria. Pelas 15:30 será rezado o ofício de defuntos, terminando com a romagem e oração conclusiva no cemitério da nossa cidade.

As obras no nosso salão paroquial estão a decorrer e a bom ritmo. Pede-se a todos para se comprometerem com este projecto que a todos beneficiará. Os envelopes para ofertas encontram-se junto à porta da Igreja. Todas as informações sobre este projecto estão afixadas nos placards das portas principais da Igreja. A visita às obras é possível: entrada pela porta junto ao altar de S. João de Brito.

Desejamos a todos uma boa semana.

domingo, 19 de outubro de 2008

XXXIX - Dia das Missões

Muitos missionários portugueses dedicam a sua vida ao anúncio do Evangelho.
Sabemos que existem, fala-se deles, mas não os conhecemos... Hoje algumas jovens da nossa Paróquia: A Dina a Constança, a Teresa e a Anabela, que estiveram durante as férias de verão em trabalho de missão com a "Família Doroteia", apresentaram-se à Comunidade, deram testemunho do seu trabalho, explicaram as suas motivações, e sentimentos; a experiencia de "ser enviadas" e também as suas dificuldades e alegrias.
Foram experiências missionárias, muito bonitas, e cheias de ternura, ilustradas por um powerpoint, que apresentaram na Eucaristia da Catequese.
Viveram alguns dias numa realidade muito diferente da nossa – por vezes dificil - mas sempre cheia de Deus, que marcou as suas vidas, e de modo particular a da Anabela, que está agora a fazer uma experiência Comunitária nas Irmãs Doroteias. Ficámos muito gratos e felizes por estes momentos de partilha de fé.

Notícias
No fim-de-semana de 7 a 9 de Novembro, realizar-se-á um grande encontro de juventude denominado, "AfterPaul: Visionários no Teatro do Mundo". Este encontro terá lugar em Cernache (Coimbra) e destina-se a jovens dos 16 aos 30 anos.
Para informações e inscrições, contacte a secretaria.

Na próxima quarta-feira, dia 22, não haverá a habitual missa das 11:00, nem haverá atendimento de confissões.

No próximo fim-de-semana, 25 e 26 de Outubro, os grupos da Legião de Maria da nossa comunidade paroquial, farão a peregrinação anual a Fátima. Desejamos, da parte de quem faz a peregrinação e de quem fica: comunhão e oração uns pelos outros.

O projecto das obras (já em andamento) no salão paroquial desta Igreja está afixado nos placards junto às portas principais.
Pede-se a todos o favor de se familiarizarem e comprometerem com este projecto que a todos beneficiará.

O ano catequético na nossa comunidade paroquial já iniciou e a bom ritmo. É importante que os encarregados de educação acompanhem, participem e se comprometam neste processo de formação cristã e humana.

A TODOS UMA BOA SEMANA

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Encontro de agentes pastorais na Casa das Mimosas

Decorreu no passado dia 4 de Outubro, na Casa das Mimosas, S. Romão, Seia, um encontro em que estiveram presentes 22 agentes pastorais da Comunidade Paroquial de S. Pedro, sob a orientação do seu pároco, Padre Francisco Rodrigues, S.J.

Subordinado ao tema "A comunidade que somos, sonhamos e queremos para o futuro", o encontro decorreu num ambiente propício ao recolhimento e reflexão. Pela manhã, o Padre Francisco proferiu uma conferência acerca do tema do encontro que nos pôs a pensar, a rezar, e a sonhar. O que somos enquanto comunidade e o que desejamos para ela, na certeza de que a comunidade começa em cada um de nós; não se encontra 'fora' se não se reconhece presente 'dentro' de cada um de nós. Por isso, a comunidade não existe sem o contributo pessoal, autêntico e fiel, de cada um. Só assim, podemos desejar mais e fazer melhor. Estas foram algumas das ideias chave que deram lugar a um momento rico de oração pessoal nas imediações da Casa.


Após o almoço, preparado por todos e onde reinou a boa disposição, passou-se ao trabalho de grupos, isto é, pôr em comum os frutos da oração pessoal de cada um. De imediato teve lugar o plenário em que foram tantos os pontos postos na mesa: planificar actividades a realizar até Julho de 2009, partilhar o sentir de cada um sobre o ritmo da nossa comunidade, encontrar formas de sensibilização e angariação de fundos para o pagamento das tão necessárias obras de beneficiação de espaços da comunidade, que, quando concluídas, a todos trarão mais conforto e funcionalidade.

Já em S. Tiago, terminámos o encontro com a celebração da Eucaristia. Terminamos como gostaríamos de começar em cada dia: com o desejo de que a nossa Comunidade cresça cada vez mais, se possa fortalecer com laços de fé, amizade e compromisso. Nada está garantido, tudo é graça; nada é de ninguém, nem mesmo "meu", porque em Igreja, tudo pertence a todos e a todos deve comprometer. Este ideal será possível tanto quanto cada um de nós se sentir membro deste corpo em Jesus Cristo.
Luís Miguel Dâmaso

domingo, 12 de outubro de 2008

XXVIII

Deus convida-nos sempre para a Sua festa, o “Banquete do Reino”. A questão que se coloca é a forma como respondemos a este convite... Aceitamos, dizemos sim, ou desculpamo-nos com os nossos afazeres, os nossos projectos, os nossos desejos de viver a vida de uma forma fácil e descomprometida?
Muitas vezes vivemos obcecados com o imediato e o material, deixando para mais tarde, ou abdicando mesmo de responder ou aceitar os convites do Senhor. Esquecemos que a vontade de Deus coincide totalmente com o nosso bem e nos conduz “ao mais” , à liberdade interior que fortalece a nossa adesão ao Senhor e ajuda a nossa realização e a nossa felicidade.
Se não deixamos de lado as nossa certezas e seguranças, nunca teremos o coração aberto e disponível para as propostas de Deus.
Os convidados que aceitaram o convite representam aqueles que, apesar dos seus limites e dificuldades, procuram viver de coração aberto, e esses são muitas vezes os mais "pobres".
Bem-aventuranças os pobres, que o são de facto...(Mt.5)
E... de facto, a Festa, é para os que sentem a alegria de serem escolhidos...
(Notas tiradas da Homilia do nosso pároco)

DESEJAMOS A TODOS UMA BOA SEMANA

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dois anos ao serviço da Comunidade


"Qual é o lugar do homem? Onde os seus irmãos precisarem dele." (Madre Teresa de Calcutá)

A Igreja tem de manifestar a plenitude da beleza de Cristo, como a candeia no candelabro e a cidade sobre o monte, ao invés de se conformar com o mundo".
(Pe. Werenfried)

Estes dois pensamentos não surgiram por acaso. Eles revelam que o Espirito Santo actua na Igreja, e ajudam-nos a agradecer a dedicação e o contributo que o Padre Francisco trouxe à vida da nossa Comunidade Paroquial.
Por estes dois anos de serviço, o nosso bem haja.

domingo, 5 de outubro de 2008

XXVII

Trabalhar na vinha…produzir frutos de amor,de serviço, de paz, de partilha...

Notícias
O ano Catequético inicia no próximo sábado, dia 11 de Outubro.
A catequese inicia às 17:30 e termina às 18:45.
Com a abertura do ano Catequético, reinicia a eucaristia às 19:00, cuja liturgia será preparada pelos grupos da catequese. Os encarregados de educação são encorajados a acompanhar os seus educandos na eucaristia da catequese.
Recorda-se que a inscrição é requerida para todos os catequizandos. As inscrições estão a decorrer até ao dia 8 de Outubro.

DESEJAMOS A TODOS UMA BOA SEMANA!

domingo, 28 de setembro de 2008

Domingo XXVI

Mt 21,28-32
Disse Jesus: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha.’ Mas ele respondeu: ‘Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: ‘Vou sim, senhor.’ Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.»Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder-vos no Reino de Deus.João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»


Partilha
Hoje Jesus volta a dizer coisas que nos surpreendem, no entanto Ele já nos tinha alertado quando disse:

«Seja este o vosso modo de falar: SIM, SIM; NÃO, NÃO. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal.» (Mt 5, 37),

Com esta parábola dos dois filhos que baralham tudo e se arrependem do que tinham dito, podemos perceber melhor que não basta dizer “SIM”. É preciso que as nossas palavras sejam fortalecidas com o nosso agir.
O SIM que nos ajuda a fazer a vontade do Pai, compromete-nos com o Reino de Deus, com os irmãos, com a justiça e sobretudo com a humildade = verdade, de sentirmos que muitas vezes falhamos.
Este SIM não pode/ não deve… passar por algumas palavras ditas ao sabor do momento, mas pede-nos pelo menos, que tenhamos “desejo de desejar” * viver a autenticidade e a verdade que é capaz de ajudar a transformar o nosso mundo.
*S. Inácio de Loiola

Notícias

Estão a decorrer as inscrições para todos os catequizandos, até ao dia 8 de Outubro.
O ano catequético inicia no sábado, dia 11 de Outubro.
Na próxima quarta-feira, dia 1 de Outubro, pelas 21:00, haverá reunião de catequistas.
No sábado, dia 4 de Outubro, um grupo de agentes pastorais da nossa comunidade, estará reunido durante todo o dia para planificar as actividades 2008/09 da nossa comunidade paroquial. Pede-se a todos comunhão e oração para que o Espírito Santo nos ajude a ser cada vez mais comunidade no que somos e fazemos.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CVX - Beira Interior

Abertura do Ano CVX

As actividades da CVX – Beira Interior iniciaram-se hoje, dia 26 de Setembro, pelas 19h:30, com a celebração de uma eucaristia alegre e partilhada, na comunidade paroquial de S. Pedro. Foi presidida pelo Pe. Francisco Rodrigues e concelebrada pelo Pe. Augusto Sousa.
Estiveram elementos de todos os grupos (Grão de Mostarda, Porto de Abrigo, Profissionais,
Paróquia e Grupo Novo) que, ouviram, reflectiram e partilharam, sobre quem é Jesus para cada um de nós. A Rute encarregou-se de preparar e animar com a sua viola, os cânticos que nos ajudaram a viver em alegria o estarmos de novo reunidos.

Após o saboroso e jantar, tivemos um momento de pausa, para ver um vídeo sobre o Dia Aberto (17 de Agosto), na Assembleia Mundial da CVX e ouvir as partilhas de duas das voluntárias que deram o seu contributo durante a Assembleia.
A Isabel Figueiredo do "Grão de Mostarda" e a Susel dos "Profissionais" deram conta da sua experiência, durante esses dias e dos bonitos momentos vividos. Destacaram a forma como os trabalhos da Assembleia decorreram e o modo como sentiram a CVX enquanto Corpo Apostólico que une cristãos do mundo inteiro numa mesma vontade, "Viver como Cristo", apesar da diversidade.
Despedimo-nos com um "até breve", pois o Calendário de Actividades CVX para este ano, que foi oferecido ao Senhor durante a Eucaristia, promete muitos momentos de encontro, para a nossa Beira Interior.
Susel Fonseca

quinta-feira, 25 de setembro de 2008





Uma palavra de Parabéns ao P. César Cavaleiro, que hoje celebra o seu aniversário natalício e se encontra a trabalhar nesta Comunidade Paroquial desde 1987.

No seu ar silencioso e calmo, no seu modo de ser simples e acolhedor, sentimos-lhe um esforço constante em ajudar a mudar o mundo.

Continue P. Cavaleiro, sorriso no rosto, trabalhando incansavelmente, na certeza de que ainda há muito para fazer, ainda há muito que plantar nas nossas vidas. Bem-haja P. Cavaleiro.

sábado, 20 de setembro de 2008

Domingo XXV

Este chamamento de Jesus Cristo: “Vinde também vós para a Minha Vinha”, é para todos! Falta mão-de-obra, simples, generosa, comprometida...
Também a mim, a ti, a nós, Ele chama... Mesmo que seja tarde, ou que as forças, comecem a faltar… Ele pede-nos só, aquilo que estiver ao nosso alcance…
“Faz o que puderes e o mundo, a Igreja, aqueles que de ti se aproximam no dia-a-dia, são parte da tua vinha, são a tua casa…”
Cada nova tarefa, torna-nos pessoas novas, ajuda-nos a descobrir “o nosso mundo interior”, abre-nos a novas possibilidades… Ajuda-nos a descobrir-nos a nós mesmos, e ensina-nos a relacionar com o Senhor.
Vivamos a GRATUIDADE como um Dom de Deus. Um Dom que nos chega como oferta da Bondade de Deus e do Seu infinito Amor.
A.M.


Catequese

As inscrições na catequese, para todos, os catequizandos que já frequentam e os que venham a frequentar, terminam no dia 8 de Outubro.

Recorda-se que não se aceitam catequizandos a frequentar se não estiverem inscritos na secretaria.

O ano catequético inicia no sábado, dia 11 de Outubro.

O acesso ao salão da nossa comunidade paroquial ficará impedido a partir da segunda-feira, dia 22 de Setembro, por motivo de obras. Sobre este assunto, num dos próximos domingos, e em nome da Fábrica da Igreja, o Padre Francisco Rodrigues porá a comunidade ao corrente dos planos em curso.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

História - Inácio de Loiola

1534
Depois de se conhecerem em Paris, Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Simão Rodrigues, Pedro Fabro, Laínez, Salmerón e Bobadilha, fazem Votos em Montmartre (15 de Agosto).
1537
Em La Storta (Roma), visão de Inácio que ouve o Pai dizer ao Filho com a cruz às costas: "Quero que o tomes por companheiro" e o Filho: "Quero que tu nos sirvas".1539 - Broet e outro Companheiro são enviados a Siena. É a primeira missão que o Papa confia à Companhia (19 de Março).
1539
Deliberação dos 10 primeiros companheiros sobre a fundação de uma nova Ordem. A 3 de Setembro o Papa Paulo III aprova oralmente a Companhia.
1540
Francisco Xavier parte de Roma para Lisboa (16 de Março).
Paulo III aprova oficialmente a Companhia com a Bula "Regimini militantis Ecclesiae", que integra a "Fórmula do Instituto" onde está contida a legislação substancial da nova Ordem (27 de Setembro).
Com a chegada de Pedro Fabro (25 de Outubro) começa o apostolado da Companhia na Alemanha.
1541
Reunião dos Primeiros Companheiros para fazer as Constituições (4 de Março). Inácio é eleito por unanimidade 1º Superior Geral (8 de Abril). Profissão dos primeiros companheiros em S. Paulo Fora-de-Muros (22 de Abril). Stº Antão-o-Velho, em Lisboa, é a primeira casa que a Companhia tem como própria em todo o mundo. Francisco Xavier parte para a Índia com mais 3 companheiros (7 de Abril). É cedida à Companhia a Igreja de Nª Sª da Estrada, em Roma (24 Junho). Broet e Salmerón são nomeados Núncios na Escócia (3 de Julho).
1542
Simão Rodrigues toma posse de Stº Antão-o-Velho (5 de Janeiro). Chegada a Coimbra dos primeiros jesuítas (13 de Junho). Fundação do Colégio de Coimbra a pedido de D. João III (2 de Julho).
1543
Fundação em Roma da Casa de Sta. Marta para prostitutas convertidas (16 de Março). Fundação de um Colégio para catecúmenos convertidos do judaísmo (Roma, 19 de Março). Fabro admite na Companhia Pedro Canísio (7 de Maio).
1544
Inácio começa a escrever o seu "Diário Espiritual" (2 de Fevereiro).
1545
Entra na Companhia Jerónimo Nadal (29 de Novembro).
1546
Laínez e Salmerón chegam a Trento para participar no Concílio (18 de Maio). Morre em Roma Pedro Fabro (1 de Agosto). Entra na Companhia Francisco de Borja (9 de Outubro). Criação da Província Portuguesa (a 1ª do mundo) com Simão Rodrigues como Provincial (26 de Outubro).
1547
Inácio escreve a "Carta da Perfeição" aos jesuítas de Coimbra (7 de Maio). Criação da Província de Espanha com Araoz como Provincial (1 de Setembro). Funda-se a Universidade de Gandia, a 1ª da Companhia (4 de Novembro).
1548
Inácio escreve a primeira "Carta da Obediência" aos jesuítas de Coimbra (14 de Janeiro). O Papa Paulo III aprova e louva os Exercícios Espirituais (31 de Julho).
1549
Começa-se a preparar a grande missão na Alemanha com Jayo, Salmerón e Canísio (16 de Fevereiro). Primeiros jesuítas no Brasil. Francisco Xavier chega ao Japão.
1550
A Bula "Exposcit debitum" de Júlio III confirma a Companhia e aprova a "Fórmula do Instituto" corrigida (21 de Julho). Inácio termina a primeira redacção do texto das Constituições.
1551
Inácio tenta em vão renunciar ao Generalato (30 de Janeiro). Inauguração do Colégio Romano (futura Universidade Gregoriana) (22 de Fevereiro). Chegada dos primeiros jesuítas a Viena para fundar um Colégio (27 de Maio). Criação da Província de Itália com Broet como Provincial (5 de Dezembro).
1552
Morte de Cláudio Jayo em Viena (6 de Agosto). Fundação do Colégio Germânico (Roma, 31 de Agosto). S. Francisco Xavier morre às portas da China na Ilha de Sanchoão (2 de Dezembro).
1553
Criação da Província de Aragão com Simão Rodrigues como primeiro Provincial (1 de Janeiro). Inácio escreve a célebre "Carta da Obediência" aos Escolásticos de Coimbra (26 de Março). Manuel da Nóbrega, primeiro Provincial do Novo Mundo (Brasil) e fundador da cidade de S. Paulo.
1554
É criada a Província Bética (Espanha) e Francisco de Borja é nomeado Comissário para as 4 províncias da Península Ibérica. A Companhia compromete-se a fundar um colégio em Praga (22 de Novembro). É admitida na Companhia, excepcionalmente e com obrigação de guardar segredo, D. Joana d' Áustria, mãe de D. Sebastião e filha de Carlos V (26 de Outubro).
1555
Início do "Memorial" do P. Gonçalves da Câmara (26 de Janeiro). É entregue à Companhia o Colégio das Artes (Coimbra, 1 de Outubro)
1556
Entra na Companhia o John Leunis fundador das Congregações Marianas (CVX) (3 de Maio). Morte de Inácio em Roma (31 de Julho). Nessa altura a Companhia contava já com mais de 1000 membros em 100 casas e 12 províncias.
1558
Aprovação definitiva das Constituições, depois de 18 anos de experiência.
1560
Gonçalo da Silveira entra no Monomotapa (Zambeze) e é martirizado no ano seguinte.
1564
Fundam-se em Roma as Congregações Marianas.
1565
2000 Jesuítas em 18 províncias.
1570
Inácio de Azevedo e 39 companheiros, martirizados a caminho do Brasil.
1601
Mateus Ricci passa a trabalhar como astrónomo e matemático no Palácio Imperial da China. Ordenados os primeiros jesuítas japoneses (Setembro).
1605
Bento de Góis vai da Índia à China através da Ásia Central e encontra o Grão Cataio.
1606
Roberto de Nobili trabalha entre os Brâmanes do Maduré.
1609
Marcelo Lorenzana funda a primeira "Redução" (aldeia comunitária) dos índios do Paraguai: é a primeira pedra da República Cristã Guarani.
1615
Pedro Claver inicia o seu trabalho com os escravos negros em Cartagena (Colômbia).
1624
Alexandre de Rhodes chega à Conchinchina e o Ir. António de Andrade é o primeiro europeu a entrar no Tibete.
1626
15544 membros em 36 províncias.
1644
João Adão Shall é nomeado presidente do Conselho Científico de Pequim e encarregado de corrigir o calendário.
1653
O P. António Vieira toma posição no Brasil a favor da liberdade dos índios e dos escravos.
1688
A Companhia recebe a missão de propagar a devoção ao Coração de Jesus.
1693
João de Brito é decapitado no Maduré (4 de Fevereiro). Começa a levantar-se em Roma a "questão dos Ritos Chineses".
1700
20000 jesuítas, 38 províncias.
1703
Um legado do Papa à Índia proíbe os "Ritos Malabares".
1707
Sucede o mesmo aos "Ritos Chineses", o que é confirmado pelo Papa e pela Inquisição.
1750
7 "Reduções" do Paraguai são cedidas pela Espanha a Portugal. Começa a Guerra Guarani.
1759
Os jesuítas são expulsos de Portugal e dos seus domínios (Setembro).
1768
Fim das Reduções do Paraguai com a promulgação do Decreto de expulsão dos
jesuítas de Espanha e dos seus territórios.
1773
Supressão de toda a Companhia pelo Breve "Dominus ac Redemptor" de Clemente XIV (21 de Julho). Nessa altura havia 5 assistências, 39 províncias, 669 colégios, 237 casas de formação, 335 residências missionárias, 273 missões e 22589 membros.
1814
Restauração da Companhia no mundo inteiro pelo Decreto de Pio VII "Solicitudo omnium Ecclesiarum".
1829
Autorizado por D. Miguel o regresso dos jesuítas a Portugal, sendo-lhes restituído o Colégio de Coimbra. Mas com a vitória de D. Pedro e a Convenção de Évora Monte são de novo expulsos do país.
1834
Carta do P. Geral Jan Roothaan a toda a Companhia sobre o estudo e uso dos Exercícios Espirituais, o que contribuiu para uma grande renovação.
1844
Surge a ideia do Apostolado da Oração.
1872
Consagração de todas as províncias ao Coração de Jesus (1 de Jan.)
1880
Depois de várias tentativas desde 1846, o P. Carlos Rademaker restaura a Província Portuguesa (25 de Julho) com 120 membros e três Colégios.
1889
Morre Hopkins, um dos maiores poetas de língua inglesa.
1902
Lançamento da revista "Brotéria" (Portugal).
1910
Nova expulsão dos jesuítas de Portugal com a proclamação da República.
1927
Martírio do P. Miguel Pró (México).
1930
Teilhard de Chardin descobre o Sinantropo.
1940
Ao celebrar 400 anos de sua fundação, a Companhia tinha 26290 membros em 51 províncias e 8 assistências. Tinha sofrido 56 vezes o exílio e a expulsão de vários países (27 vezes desde 1814 !).
1965
Na 31ª Congregação Geral é eleito Geral o P. Pedro Arrupe (22 de Maio). O Papa Paulo VI confia à Companhia a missão de combater o ateísmo. Nessa altura a Companhia tem 36603 membros dos quais 6993 em 44 missões.
1974
32ª Congregação Geral: a Companhia faz a opção preferencial pelos pobres (Decreto 4).
1983
Eleito 29º Superior Geral da Companhia de Jesus o P. Peter-Hans Kolvenbach (13 de Setembro) durante a 33ª Congregação Geral.
1989
24618 membros em 86 províncias e 11 assistências.
1995
34ª Congregação Geral (de 5 de Janeiro a 22 de Março).
2008
35ª Congregação Geral e eleição do P. Adolfo Nicolás como novo Superior Geral.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Domingo XXIV



A Festa da Exaltação da Santa Cruz que celebramos não deixa de trazer ao de cima contradição do mesmo sinal, sinal da cruz. Por um lado, um sinal sem encanto; sinal de castigo e tortura aplicado aos judeus condenados, desde o século V antes de Cristo, e que mesmo depois de Cristo, durante 4 séculos, os cristãos tiveram resistências em reconhecer a grande e alcance deste sinal, mas que o próprio Jesus diz: " Todo aquele que quiser Seguir-me, tome a sua Cruz…"

O Mistério do Amor de Deus passa pela Cruz. Jesus abraçou a cruz num amor, liberdade, autenticidade incondicional. Os cristãos, a partir do século IV, passaram assim a entendê-lo, primeiro em Jerusalém, depois em todo o oriente, mais tarde no Ocidente e hoje até aqui na Covilhã. Não pretendo explicar, o mistério não se explica, escapa-nos sempre alguma coisa nas nossas categorias mentais. Trata-se do mistério do amor, este não se explica mas sim, vive-se, dá-se, é entrega.

De facto, para descobrir o Amor de Deus que passa pela Cruz, é necessário a cada um de nós vive uma vida de unidade, verdade, autenticidade. É inevitável aceitar as circunstâncias muitas vezes adversas mas que fortalecem o nosso desejo de caminhar.

Há momentos em que a bondade dói, se é verdadeira… O Amor autêntico dói se é autentico… se não é autêntico, nem é verdade, nem é amor, é ilusão, anestesia.

Viver uma vida de fidelidade tem os seus custos, mas isso pode custar mesmo, e não resulta "dar uns cortes na nossa cruz".

Ao abraçar a vida, na sua verdade autêntica, mesmo sofrendo, pode ser uma oportunidade de treino, de exercício; significa, depois de tudo fazermos, tanto quanto de cada um de nós depende, entregar, confiar a Deus numa autêntica unidade de vida. O Mistério de Amor da Cruz, prepara-nos para tudo o que a vida nos reserva… Não isolados ou sozinhos, mas com a graça de Deus, a ajuda fraterna, em Comunidade, em Igreja, em família.

Este é o convite ao abraço do amor de Deus na nossa vida, não como quem passa pela vida anestesiado, mas olhando sempre mais longe, na grande Verdade que é Jesus Cristo, fonte de vida plena.

Peçamos ao Senhor esta graça, como Cristãos, como Família, como Comunidade, como Igreja.

(Notas tiradas da Homilia do Padre Francisco Rodrigues, sj)

DESEJAMOS A TODOS UMA BOA SEMANA



Catequese

Recorda-se que estão abertas as inscrições para a catequese. A inscrição é obrigatória para todos. Os catequizandos que já frequentam a catequese, e os que vierem a frequentar no próximo ano lectivo, devem fazer a inscrição na secretaria desta comunidade paroquial.

Recorda-se o horário de expediente da secretaria: de terça a sexta; das 9:00 às 12:00; e das 15:30 às 18:00.

Todos os assuntos de secretaria devem ser tratados na secretaria e no respectivo horário.


domingo, 14 de setembro de 2008

O Astrónomo e a brisa da noite

“Eu sei que Tu estás aí!” - Gritou de novo o astrónomo, sozinho, no meio da noite. O frio entrava-lhe pelas mangas, o pescoço doía-lhe de tanto olhar para o céu. “Deus, eu sei que Tu estás aí. Dá-me um sinal da Tua presença”. Mas mais uma vez ninguém respondeu.

- Sei que Tu estás aí, Deus Antigo, Deus Imenso - sussurrou o astrónomo. Sei que Te moves devagarinho enquanto as estrelas avançam, lentamente, pela noite. Sei que estendes os Teus braços por milhões de anos-luz até às galáxias distantes. Sei que és muito grande e que brincas com Saturno quando o escondes no horizonte. Sei que no Teu jardim plantas constelações feitas de estrelas. Sei da lágrima que choras em cada estrela cadente. Sei que Tu és Antigo, mais Antigo que a própria Terra. Mais Antigo que esta terra que piso e em que um dia hei-de morrer. Eu sei, mas dá-me um sinal da Tua presença.

Esperou. Mas mais uma vez ninguém respondeu. Durante cem noites o astrónomo subira a esta colina. Durante cem noites esperara ansiosamente um sinal, um sinal por mais pequeno que fosse de que estava certo e de que os seus colegas estavam errados. De que ele estava certo quando dizia haver um Deus maior que tudo. Que eles estavam errados quando diziam que era tudo fantasia sua. Que ele estava certo quando dizia que havia um Criador. Que eles estavam errados quando lhe respondiam com fórmulas matemáticas e com teorias de uma explosão inicial que tudo explicaria. E quando se riam na sua cara. E quando o tratavam como cientista de segunda. Agora, pela última vez, voltava-se para cima e pedia um sinal. Nem pedia um sinal para eles. Pedia apenas um sinal para si, um sinal que lhe permitisse dormir em paz, apesar das gargalhadas dos outros. Mas passaram-se cem dias e cem noites e o sinal não veio. Desistiu. Abandonou-se à brisa, a mesma brisa suave e fria que soprava desde a primeira noite e que tantas vezes o irritara por não o deixar concentrar-se.

- Olá -disse uma voz jovem e descontraída.

Boa noite. - Disse o astrónomo surpreendido. - Não te vi. Como chegaste aqui sem que te sentisse? Perdeste alguma ovelha?

- Estava a ver é que te perdia a ti. -Respondeu a voz, a sorrir. -Cem vezes pediste um sinal. Cem vezes te toquei com a minha brisa. Creio que hoje te preparavas para não voltar. - Senhor, Meu Deus! Sois Vós? O Altíssimo? O Deus Antigo? O Deus Imenso? - Bem, se me preferes chamar assim...

- Senhor, Altíssimo, Tu não devias estar lá em cima nos céus? Não é lá que Tu moras? O que estás a fazer aqui?

- Onde eu moro não brilham estrelas, a não ser quando o coração de algum homem se converte ao amor. Nem há constelações, a não ser quando dois ou mais se reúnem em Meu nome. Moro onde tu moras. Compreendes?

-Tu moras onde eu moro?! Eu moro numa casa tão pequena e Tu és tão grande!

- Só é grande quem de encaixa no pequeno por amor.

- Sempre pensei que moravas no céu e que por isso o céu era tão grande. Sabes, às vezes ficava horas e horas sem fim a olhar a imensidão das estrelas e a pensar em Ti. - Eu sei. Eu vi-te quando te comoveste, encostado à figueira, a olhar o céu. Fiquei com vontade de te contar tudo, sobretudo de te dizer isto: O universo não é a minha casa. É a tua. É a casa que Eu criei para ti e para todos os homens. Sabes, às vezes os pais montam casas para os filhos...

- Mas então porque é tão grande o universo? A nós chegavam-nos umas quantas montanhas e outras tantas planícies...

-Sim, se calhar tens razão. Talvez tenha exagerado. Sabes como é, uma pessoa quando é Deus pensa nos homens e entusiasma-se... Pegamos em papel e lápis e desenhamos o Sol e a Terra, um à frente do outro. “Terão a Terra para habitar e o Sol para os aquecer”, pensamos. Fica bem, mas ainda está tudo muito parado. Pensamos então em pôr a Terra a rodar à volta do Sol para haver anos e darem pelo tempo passar. E pomo-la a rodar sobre si mesma para haver dias e noites e poderem recomeçar a vida de novo cada manhã. E já agora inclinamos um pouco o eixo para poder haver estações, e sementeiras e colheitas no tempo certo, e festas. A Terra até fica bem assim -um belo planeta para os homens! - e resolvemos então pôr mais planetas à volta do Sol. Todos diferentes, uns maiores, outros mais pequenos, um com anéis, outro com satélites. Quando damos por ela já vai em nove e resolvemos que chega. De facto de dia chega, mas de noite achamos tudo bastante escuro. Os homens, de noite, morrerão de tédio, pensamos. Começamos então a desenhar estrelas e mais estrelas. Primeiro uma pessoa pensa em pô-las todas alinhadas. Depois começa-se a desarrumar tudo e a fazer constelações. Será bem mais divertido para os homens olhar um céu assim... Começamos com uma constelação, e já agora outra ali mais ao lado, e quando damos por ela já vamos em milhões de galáxias a milhões de milhões de anos-luz. E já agora umas nebulosas, e já agora uns cometas de vez em quando para que fique tudo mais emocionante, e já agora a Lua, para que o mar tenha marés-cheias e marés vazias e eles tenham semanas e ao sábado se possam apaixonar.

-Tenho uma pergunta, Senhor. É uma pergunta um pouco embaraçosa. Os meus colegas dizem que Tu não criaste nada. Que tudo aconteceu numa grande explosão, há muitos milhões de milhões de milhões de anos.

- Bem, imagina que Eu decidi criar através de uma explosão...? Não posso criar da maneira que achar melhor? Também as árvores nascem devagarinho das sementes, isso eles entendem. Entendem que a árvore já lá está toda naquela semente pequena que o tempo irá regar. Eu é que não entendo os teus colegas. Se houve uma explosão, alguma coisa tinha de existir primeiro para que depois houvesse explosão, não é? Os homens, quando descobrem as leis do universo, sentem-se tão contentes que se esquecem de que para haver leis foi preciso que eu inventasse essas leis. Esquecem-se de que para que alguém possa descobrir, alguém antes teve de criar.

- Desculpa-me o atrevimento, Senhor, de Te fazer tantas perguntas, agora que Te tenho aqui à mão... Mas então a Bíblia? Não diz que Tu fizeste tudo em sete dias? Eles dizem que um universo assim nem em sete milhões de anos.

- Os homens esqueceram a poesia. E sem poesia não entendem quando Eu falo. Esqueceram que sete quer dizer plenitude. A plenitude do Meu amor. É isso. É só isso que precisam de saber, para depois poderem olhar pelos telescópios e não se perderem. A Bíblia não diz como criei, diz que criei tudo para vocês, por amor. E explica como é que podem usar de tudo com amor e serem felizes. A Bíblia não é um manual de fabrico, é uma espécie de manual de instruções, percebes?

- Mas então Tu não te importas que nós olhemos o céu com telescópios? E que depois vamos para casa fazer contas e escrever livros de ciência? E depois, se calhar, que nos metamos numas naves para ir ver mais de perto...

- Quero que amem a casa que vos dei. Quero que a contemplem e conheçam. Há nela recantos que ainda nem sonham que existem. Quero que usem a inteligência que vos dei e que os vossos filhos saibam mais que vocês, e que os filhos deles saibam mais que eles. Só tenho pena é que ainda saibam tão pouco.

- Não são segredos a mais? Por que é que não dizes logo tudo de uma vez? Poupavas-nos tanto tempo!

- Sim, Eu podia dizer tudo de uma vez. Podia até escrever uma legenda no céu com letras de raios laser a dizer que o autor sou Eu e que escusassem de pensar mais. Poupava-vos muito trabalho e conseguiria que todos me adorassem. Mas tirava-vos a liberdade e sem liberdade não há amor. Prefiro que me descubram pelo amor. Detestaria que me adorassem à força. Percebes isto?

- Mas, Senhor, assim há sempre quem se esqueça de Ti.

Como é que Tu, sendo tão grande, Te sujeitas a isso?

- Maior grandeza é não se impor. Amar somente, escondido no brilho dos astros, na escuridão da noite, no soprar da brisa. Chamar sem forçar. Falar ao coração daquele que olha o universo, como quem sussurra, e esperar que me deseje. Como tu, nestes cem dias, nestas cem noites em que me abriste o teu coração e eu te desejei e tu me desejaste até quase não poderes mais.

“Deixei-Te até quase não poder mais”, concordou o astrónomo, no cimo da colina. Quando abriu os olhos não viu ninguém. Sentiu apenas a brisa da noite que lhe tocava a cara. Mas agora já não tinha frio.

“O Príncipe e a Lavadeira” (Pe. Nuno Tovar Lemos SJ.)